Penso que se
não estou satisfeita, cabe-me buscar mudanças e que estas devem começar
exatamente por mim, trocando a mesmice de só reclamar, pela ação direta da
participação para que eu me sinta fortalecida para então buscar novas soluções.
E o primeiro
passo, creio eu, é exatamente o de ir votar e, em seguida, ir conseguindo
adeptos para que, juntos, possamos ir em busca de uma renovação que represente,
antes de tudo, uma mudança de postura social que certamente nos encaminhará na
direção de reais alterações nas políticas e nos políticos que nos governam,
pois para se sentir forte suficiente para operar diferenças em prol do bem
comum, torna-se necessário que a seu lado estejam outros não menos fortes,
buscando os mesmos objetivos.
E sair da
inércia, com certeza é o primeiro passo e dos seguintes destaco as conversas
fiadas e sem conteúdo de qualquer nível que tão somente servem para preencher
muitas vezes o vazio dos encontros sociais nos bares e esquinas do cotidiano,
tão somente para camuflar a dolorosa certeza que mantemos em nossas mentes que
é justo o despeito de não estarmos lá, no poder, levando também alguma vantagem
deste bolo fofo e saboroso, chamado erário público.
Nossa,
peguei pesado na revelação do que pensamos, mas disfarçamos com nomes variados,
porque afinal, não é politicamente correto, a não ser que fossemos políticos,
donde ser chamado de corrupto passou a ser chique, fazendo do elogiado um símbolo
de inteligência, tipo alguém que conseguiu adentrar no patamar dos que estão
acima do bem e do mal.
Gente... Isso
é loucura de país sem recursos educacionais, sem princípios humanos de
respeitabilidade social.
Somos
maiores em quase tudo, principalmente na ignorância de nossas obrigações e,
portanto, como esperar direitos, se sequer somos capaz de estabelecê-los na
garantia da qualidade de nossas próprias vidas.
Por não
desejar mais me sentir como uma unidade inútil em um país repleto de miséria e injustiças,
darei daqui a pouco o primeiro passo de uma longa jornada, onde espero
sinceramente no caminho poder associar-me a outros para que, no futuro,
Itaparica deixe de ser um feudalismo cruel com vestimenta de protecionismo para
se tornar o que verdadeiramente ela merece ser: uma cidade linda, rica e com um povo que seguiu a tradição de seus antepassados,
lutando incessantemente para que se mantenha livre, na plenitude de sua
liberdade para que se reverta em benécias para o seu povo guerreiro que
substituiu o facão e a garrucha pela bendita democracia de posturas e
intenções.
Dirão
alguns:
- Por que ir
votar em um domingo como este, ensolarado, se não é obrigatório, se sequer em
algum dia de minha vida, preocupei-me com este tal Conselho Tutelar?
Provavelmente,
por que dentre tantas mazelas oriundas de nossa inércia e que nos assola indiretamente,
esta seja a mais ofensiva, pois sem um mínimo de amparo social, cada um de nós,
cidadãos metidos a entendidos e descolados, estejamos tirando a chance de uma
vida menos miserável de crianças e adolescentes que amanhã estarão adentrando
em nossas vidas, carregando consigo o asco e o desprezo por uma sociedade
estúpida que sequer sabe cuidar de seus pequenos, abandonando-os ao caos do
abuso e da indiferença destruidora, bem próprias dos inconsequentes sociais.
E aí, penso
nas campanhas políticas, nos inúmeros partidos e seus afiliados, nos políticos
e suas votações expressivas e na tão pouca noção do sentido de democracia que
envolve todo este processo que, ao longo da história, foi escrevendo na mente
de cada cidadão brasileiro, a instantaneidade e a quase nenhuma noção de
cidadania que, afinal, além de existir deveria se manter acima da
obrigatoriedade de se ir votar à cada quatro
anos.
Deveríamos
ser educados a nos unir por propósitos sociais que amparassem os bens comuns e
não a siglas e propósitos exclusivistas que, na realidade, protege beneficiando
grupos e não o todo.
Concordo com você e ressalto essas suas palavras..."Penso que se não estou satisfeita, cabe-me buscar mudanças e que estas devem começar exatamente por mim, trocando a mesmice de só reclamar, pela ação direta da participação para que eu me sinta fortalecida para então buscar novas soluções.
ResponderExcluirE o primeiro passo, creio eu, é exatamente o de ir votar e, em seguida, ir conseguindo adeptos para que, juntos, possamos ir em busca de uma renovação que represente, antes de tudo, uma mudança de postura social que certamente nos encaminhará na direção de reais alterações nas políticas e nos políticos que nos governam, pois para se sentir forte suficiente para operar diferenças em prol do bem comum, torna-se necessário que a seu lado estejam outros não menos fortes, buscando os mesmos objetivos.
E sair da inércia, com certeza é o primeiro passo..."
Saudações