- Ah! Que saudades
que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos
não trazem mais...
Olho através
da janela para a mangueira do quintal e por segundos transporto minha mente
para Guapimirim em um dia qualquer da minha também infância querida que o tempo
jamais conseguiu apagar.
Lembro-me do
riacho com suas pedras roladas e das samambaias gigantes que enfeitavam suas
margens, lembro-me das piabas mordiscando minhas pernas, naqueles dias
encantados que o tempo não apagou.
Vejo ainda,
as borboletas, todas elas encantadas que, destemidas, se aventuravam por entre
as folhagens e bailavam, oferecendo a mim magnífico espetáculo de força, leveza
e liberdade que, mais que emocionada, permitiu-me bailar a mente, através de
milhares de universos, onde os sonhos e
as fantasias mesclavam-se às paisagens em um cenário sem igual.
Bendita
infância que os anos não trazem mais, a não ser nas doces lembranças, nas
recordações queridas que me acompanharam vida à fora, como guias e como margens,
orientando e contendo, meu rio caudaloso de emoções.
Ah! Que vontade
que eu tenho de ver as crianças de hoje, curtindo com emoção, as borboletas
douradas, voando, voando com elas, fantasiando o imaginário com os contornos
das nuvens, bordando a mente com os frutos e com as folhas das samambaias e
pincelando o futuro com as cores do arco íris.
Hoje sinto
saudades da infância de outrora que não enxergo nos imaginários de nossas
crianças de agora.
Que neste
ensolarado sábado, as emoções da sua infância, aflorem em seu imaginário,
trazendo ao seu tudo pessoal, o sol da vida e da liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário