Como é bom
quando a gente ultrapassa a barreira do som social de obrigatoriamente estar
deste ou daquele lado, na escolha disso ou daquilo e pode com o coração leve,
tão somente atestar o visto e o tocável, assim como continuar sendo realista
quanto o que ainda é só uma esperança, um desejo ou um direito.
Eu cheguei
neste estágio e me sinto absolutamente livre como cidadã para atestar ou cobrar
sem que minha mente esteja vinculada a dogmas ou partidarismos de quaisquer
naturezas que não sejam aqueles que são capazes de fazer sorrir um único ser
humano.
E aí, como
não enxergar as obras que estão sendo feitas em Vera Cruz e Itaparica e que
tantos sorrisos de alegria tem feito brilhar os semblantes dos moradores
daquelas localidades que, por anos a fio, penaram entre as infinitas
dificuldades que só mesmo eles são capazes de mensurar?
Também
enxergo as infinitas obras que precisam ser realizadas e a última coisa que me
interessa é se os administradores são vaidosos, egocêntricos, se gostam ou não
de mim e etc., e tal. Afinal, eu os amarei sempre, enquanto me fizerem feliz
por estarem fazendo “pessoas” vivenciar seus dias com um pouco mais de
dignidade social.
Se sentir
livre politicamente é antes de tudo saber não depositar em nada e em ninguém
suas expectativas pessoais, e muito menos confundi-las com a lógica do
reconhecimento de direitos e deveres, nossos e dos gestores.
Não é nada fácil conduzir na
contramão a mente tendo a força do sistema em contínua pressão, mas com certeza
é possível.
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