Senhor,
fazei de mim, um instrumento de sua paz.
Olho ao
redor e me pergunto de onde mais é possível tirar forças para este nado
interminável, na busca de uma praia que parece nunca chegar.
Praia de
areias finas e brancas, onde eu possa repousar o meu corpo cansado e de onde eu
possa sob o sol, fechar os olhos e finalmente, descansar na bendita paz que um
dia, acreditei poder alcançar.
Paz, mais
que uma palavra, um desejo ou uma afirmação, que seja um bálsamo que me acolha,
me estreite e me console.
Uma paz sem
luz, sem cor e sem aromas, paz sem qualquer atrativo, promessas ou encantos.
Tão somente,
paz.
E do olhar
ao redor, volto-me e foco os céus, num correr de olhos quase que aflito,
querendo encontrar um Deus que de tão infinito, esfacelou-se em estrelas,
querendo abraçar a vida, através das nuvens.
E por
instantes, deixo-me acreditar que tudo é apenas, um sonho ou uma brisa ligeira
que me confundiu ou talvez, viver seja nada mais que isto, um nado ininterrupto
para lugar nenhum.
Pensando
bem, nada faz sentido, se a ilusão da paz, não impulsionar o corpo, comandando a
mente, na busca da sempre longínqua praia.
Onde, então, dar-se-á o bendito encontro,
entre eu e a desejada paz.
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