São cinco
horas da manhã e me deparo com a decisão sábia de minha amiga e candidata a
vereadora Débora Reis.
Sua decisão
veio de encontro às reflexões que fiz na tarde de ontem e que dividi com o meu
Roberto, onde, havia de minha parte o desejo de me afastar do Comando do show
da manhã na Rádio Tupinambá FM, até as eleições, num impulso absolutamente
apaixonado em protege-la da incapacidade dos incautos em reconhecer a
importância deste meio de comunicação nesta ou em qualquer cidade.
Argumentei
em relação aos riscos constantes em que me exponho e que, infelizmente, volte e
meia me vejo fisgada e agindo quase que exatamente igual aos ignorantes
existenciais que fazem da política, meios rápidos de enquadrarem suas medíocres
vidas num contexto de vantagens e estabilidade, além de sedimentarem suas
vaidades desmedidas.
Enxerguei-me
em dado momento vestindo as mangas da estupidez e da inconsequência e isto me
apavorou enormemente, pois minhas realidades emocional, racional e educacional,
não permitem tais posturas, indo de encontro a lógica de minha própria vida no
convívio com os meus demais.
Exercitei
por toda uma vida, com muitas derrapagens, confesso, a capacidade de tão
somente, valorizar as qualidades alheias, sem, no entanto, desconsiderar ou
fechar os olhos para as mazelas que, novamente afirmo, reside na alma de todo
ser humano.
Encarar os
próprios erros, fazendo minha culpa sem dramas ou humilhações, fez com que no
decorrer do tempo, meu todo se fortificasse, assim como como minhas atitudes e
meus escritos, ganhassem a credibilidade, não da verdade absoluta, mas da
sinceridade de meus propósitos.
A Rádio
Tupinambá FM nos últimos quase cinco anos, tem sido o meu trabalho profissional
que procuro honrar a cada instante, como fiz com o tudo mais que já realizei em
minha vida, portanto, protege-la da maldade, da inveja de quem jamais fez algo
valoroso pela cidade, pode em alguns momentos, me fazer esquecer o limite de
minhas ações.
Mais que um
trabalho, a Rádio é uma paixão que merece ser protegida por mim e por todos os cidadãos
conscientes desta cidade, pois é um meio livre de expressão do cidadão, meio
interativo e incentivador da cidadania e do senso bendito de pertencimento, tão
necessário para o equilíbrio das relações sociais.
Ao final de
meu desabafo, já não desejava me afastar, mas ressurgia naquele momento, uma
força estranha que reconheci ter sido sempre minha parceira, levando-me a pedir
desculpas a quem de direito, quando invadi suas searas, mas impulsionando-me
frente a todo e qualquer interesse menor eleitoreiro que ousar tentar calar a
voz da cidade com ameaças pequenas e mesquinhas, vitimando-se às custas da
realidade do sucesso desta Rádio.
Não estou
sozinha, nem sou principiante em meu ofício e tenho um belo e respeitável serviço
prestado à cidade em termos sociais e jornalístico, afinal, não caí de paraquedas
nas três eleições que vivenciei nesta cidade, portanto, seguirei o meu
trabalho, com o histórico que arduamente venho conquistando, tendo acima de
tudo, um grande Deus, que tudo vê e ampara.