Hoje,
fugindo a rotina diária, escrevo na parte da tarde e penso que talvez seja pelo
fato de eu estar absolutamente exausta em me fazer crer que seja possível,
despertar interesse da classe dominante em relação aos trabalhos anônimos e que
verdadeiramente oferecem sustentabilidade a todo aquele que se encontra as
margens do sistema.
“Oi, dai-me
forças pelo amor de Deus, meu pai, oi! dai-me forças aos trabalhos meus”...
Como é
difícil desenvolver trabalhos onde o brilho da vaidade, dos lucros e das
vantagens pessoais, não estejam disponíveis.
Onde a moeda
de troca seja apenas o prazer do ato de servir
Onde um
sorriso seja a recompensa almejada.
É tão
difícil que chega a doer
É tão
absurdo que nos faz sentir medo de estar vivo em meio a tanta indiferença.
Olho para o
espaço que chamamos de céu e aproveito que a tarde ainda não findou para tentar
enxergar neste restinho de sol, um brilho de esperança que estimule o meu
coração, como já ocorreu em inúmeras outras vezes, para que eu não desista de
continuar tentando, no quase insano desejo de um dia poder vivenciar uma
humanidade mais humana e mais consciente de suas prioridades e
responsabilidades existenciais.
Leio as
notícias vergonhosas que se apresentam e estremeço ao constatar que ainda
existam criaturas que mantém seus olhos fechados e suas almas trancafiadas nos
redutos dos partidarismos em detrimento das realidades que flagelam muito mais
que o nosso medíocre entendimento possa alcançar.
Oh, meu
pai... Dai-me forças para continuar batendo nas portas e mantenha as forças desta
legião de anônimos que insiste em manter acesa a chama do amor, através de suas
simples mas regeneradoras atividades.
Rogo
misericórdia a quem me lê para que não permita que a omissão, falta de tempo ou
mesmo o desconhecimento quanto a dor alheia, reforce o fechamento de obras
sociais como a que DEDEA FÊNIX ODALESSI dirige com desvelo.
“FUNDAÇÃO
SOCIO CULTURAL ALAFIÔ. http://alafia89.blogspot.com.br/
Que está
localizada no bairro Parque das Amoreiras em uma casa alugada, quando existem
várias outras abandonadas, só dependendo de uma ação efetiva da justiça,
através do departamento jurídico da Prefeitura que certamente, daria a elas,
finalidades mais justas.
E pensar que é tão pouco o que se necessita
para manter-se fora das ruas e da miséria humana, dezenas de crianças.
Doe
esperança à todo aquele que só espera de cada um de nós, um simples ato de
fraternidade.
“Oi dai-nos
forças pelo amor de Deus” para que consigamos manter abertas as portas da vida,
do amor e da certeza de que somos bem mais capazes.
Um beijo
carinhoso e uma noite de sexta-feira, regada de paz. E de quebra, ofereço uma
acerola do meu quintal, “docinha que nem mel”.
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