terça-feira, 9 de abril de 2013

A ETERNIDADE DE MEU SER


 Sinto-me como uma máquina perfeita, elaborada segundo uma ciência exata, cujos componentes químicos em um processo criativo de formação e desenvolvimento, permitem-me sistematicamente, permanecer viva, mas morrendo lenta e gradativamente, num óbvio assustador quando despertada a devida consciência, mas absolutamente aceitável quando a esta consciência adiciona-se o conhecimento do ciclo ininterrupto do processo evolutivo da vida.
Além do aspecto físico que posso tocar e sentir, sou bem mais, pois sou uma poderosa energia que, afinal, incessantemente mantem em funcionamento, toda esta máquina, inclusive, permitindo-me alterar sua original composição, através da forma pessoal de absorção e compreensão, dos elementos externos com os quais fui ao longo do tempo convivendo.
Percebo que todas as alterações, deixaram marcas significativas na carcaça que me abriga, mas não foram capazes de alterar as vibrações das energias que me conduzem, ao contrário, descortinam-me a cada instante, a mais gloriosa certeza de que meu corpo finda, enquanto, eu mesma me eternizo, na transcendência energética de minha própria consciência.
Agora mesmo me vejo interagindo com energias sobreviventes a corpos findos de inúmeras naturezas, cujas outras inteligências universais absorveram, formando assim de forma contínua e progressiva um elo de força e de continuidade de vida.
Esta afirmação, não parece óbvia e a psicologia poderá classificar como qualquer uma de suas conhecidas anomalias, mas para mim que já transcendo a finitude de meu corpo, adentrando no espaço maior do cosmo que me abriga, sentindo-me, apenas, um ponto de luz de um ínfimo átomo de suprema importância no contexto universal, onde vida gera e propicia a vida num constante, ininterrupto e inevitável ciclo de vida, independentemente da forma e do estilo da carcaça que a abriga.

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