Eu sou filha
de meu pai, com certeza não posso negar, pois, a cada instante, me vejo como
reflexo sem tirar nem por qualquer
nuance de uma sempre irreverência de uma sempre alegria.
Tal qual meu
pai, amanheço brincando, fazendo graça do mais elementar fato que é estar
acordando e, assim como ele, não dispenso jamais, o pão com manteiga e o café
com leite.
Neste
instante, penso nele, me abraço e o sinto.
Tento
descrevê-lo e me intimido, pois falar sobre ele é quase o mesmo que falar de
mim.
E quem gosta
ou acha fácil, falar de si mesmo?
Arrisco
talvez, o perfeccionismo ou o prazer de ficar quietinho, detestando barulhos desnecessários,
apreciando o sossego da própria casa.
Quem pode
negar nossas semelhanças no aprecio de um belo cavalo de um dia radioso, ou um
exemplar de beleza, seja homem ou mulher.
E falando em
semelhanças, como posso negar também, o egoísmo de gostar de ficar sozinha, mas
tendo ao meu redor, num ciúme disfarçado, mas absolutamente passional, os
amores de minha vida.
Os defeitos
são os mesmos e as qualidades também e, como filha de meu pai, posso reconhecer
em meus filhos um pouco de nós dois.
Amo-te meu
pai, saudades Sr. Hilton
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