Na realidade, apesar de pouco conhecer das
movimentações políticas, sabia que a lógica sempre tem o seu lugar garantido,
portanto, se escolhêssemos uma ou duas e nelas concentrássemos nossos esforços,
teríamos mais chances de adentrar na Casa da Cidadania para, finalmente,
podermos romper este histórico comportamento cultural de não elegermos mulher.
Nesta eleição, acompanhando, mesmo à
distância, o forte trabalho da coligação da prof. Marlylda, acreditei que tivessem,
enfim, acordado para a necessidade de não pulverizar os votos e que
concentrariam esforços em uma ou duas candidatas, tendo inclusive o apoio
direto da candidata que teria seus propósitos acordados com o seu grupo que
convenhamos era coeso e apaixonado e, portanto, certamente seguiria sua mentora
sem objeções.
Contudo, nada foi pensado neste
sentido, e penso então, sozinha com os meus botões, que novamente a mulher
ficou de fora, pois não querendo dividir, todas perderam e desperdiçaram 5000
votos, coisa rara de se ver acontecer em uma cidade onde o machismo ainda
impera e a falta de uma união consciente em sua totalidade também.
E aí, neste volume todo de poderosos
votos, não foram capazes de separar 400 votos para eleger uma candidata, o que
vem provar que algo falhou, creio eu.
Ora veja: Se era a vez da mulher e
tudo indicava ser, por que, então, não se pensou no amparo que se deveria ter na
Câmara para uma governabilidade mais segura, tendo como parceira, no mínimo uma
outra mulher?
Pois é... Lá estão eles, os poderosos
homens, enquanto nós mulheres, apesar de maioria, permanecemos de fora, sem uma
voz que nos represente. O mesmo raciocínio não se pode empregar na coligação
vencedora, afinal, no clube do bolinha, Luluzinha só entra da cozinha até no
quarto, pois são meninos assumidos , dominando a sala de estar e de jantar...kkkkk!
Brincadeirinha de mulherzinha
palpiteira, fofoqueira e quase burra.
Não é assim que muitos deles, ainda nos
veem?
Que coisa, heim!...
Quem sabe, um dia aprendamos a
confiar mais umas nas outras, não é mesmo?
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