Isso não é
real, todos nós estamos mais que preocupados, como independentemente de nossa
vontade consciente, estamos deixando aparecer nos nossos comportamentos
cotidianos, e pior, na nossa saúde física e mental, toda esta pressão silenciosa
que tem feito de nós criaturinhas reféns do medo e da incerteza em nosso ir e
vir diário, inclusive, tirando-nos o direito de nos sentir seguros em nossa
própria casa, único local onde após um dia de trabalho ou estudos deveríamos
poder relaxar.
Aparentemente,
estamos alheios, como se nada tivéssemos com tudo que acontece com os outros,
mas isto também não é real, pois sabemos de forma silenciosa, mas não menos
desastrosa, que a próxima vitima deste abandono social pode ser exatamente nós
ou alguém a quem amamos.
Quem não
está nem aí, é exatamente um conjunto de velhos e corroídos sistemas
governamentais, geridos por incautos ou espertalhões, que foram transformando
cada um de nós em meros instrumentos de garantia de poder e ganhos pessoais de
forma cruel e desumana, pois ao invés de campos de batalhas explícitas, nos mantem
em permanentes arenas de insegurança, minando e confundindo de forma
sistemática, pelo menos nos últimos 50 anos, ideias e ideais, e, indo mais
além, transformando-nos em sombras que se movimentam sem alma e sem perfil , numa busca de
sobrevivência a qualquer custo.
A corrupção,
seja ativa ou passiva, esfacela as instituições sociais, instalando o caos que
com seus tentáculos descaracteriza a realidade do que deveria ser a representatividade
do bem comum, fazendo-nos crer que a vida é assim mesmo e que nada, ou quase
nada, resta-nos a fazer, obrigando-nos através da coação e do medo a crer que
somos menores, sem forças e incapazes de fazer acontecer algo que nos resguarde.
Estamos
enlouquecendo silenciosamente, e esta loucura que não é reconhecida,
identificada e muito menos compreendida, se expressa através de nossa introspecção
induzida, que se manifesta em nossas atitudes diárias de aparente alienação,
surpreendente participação ou, o que é pior, em nossos físicos e nossas mentes
que estão em todos os instantes mais frágeis porque estão contaminadas.
Estamos
todos doentes e sequer nos apercebemos.
Tornamo-nos
alguma coisa que se distancia da racionalidade, porque a cada instante,
ajudamos a destruir com o nosso silêncio que é cumplice e parceiro, nosso
próprio equilíbrio que nos permite a identificação entre o certo e o errado,
entre o bem e o mal, que afinal, determina o senso comum e a qualidade lógica
de uma convivência sistêmica.
Fechamos os
olhos e nos tornamos, cegos. Tapamos os ouvidos e ficamos, surdos, só não
conseguimos inutilizar o nosso sentir e, então, estamos ficando loucos.
Somos o
vírus Mortal, que contamina a nós mesmos,
porque, sem saída e sem esperanças, bloqueamos a auto estima, o amor próprio e
vamos nos adaptando e nos consolando com coisas ou com a falta das coisas, afinal,
qualquer coisa, que nos garanta um pouco de uma pseuda segurança, compensação necessária
mesmo que imaginária.
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