Ainda não são seis horas da manhã e cá estou sentada em frente ao computador, infelizmente com a janela fechada, sem poder apreciar o meu jardim, pois a grade ainda não ficou pronta, mas ainda assim, podendo imaginá-lo através do som dos pássaros que como ocorre a cada manhã, com ladrão ou não, aparecem para me inspirar a escrever e para não me deixar esquecer que viver é bem mais que as migalhas nem sempre doces e apetitosas que o cotidiano sistêmico nos oferece.
E aí, pensando nisto, lembro-me de Tom Jobim que, afinal, sempre foi uma referência poética de vida para mim e, é claro, também para milhares de outras criaturas. Se bem que nem todos tiveram o privilégio de ser seus vizinhos, assim como muitos que o foram, ao invés de apreciar suas músicas, o praguejavam, pois dia e noite seu piano não se calava, deixando seus acordes divinos transpassarem paredes, bailando na cadência das brisas marinhas do mar de Ipanema, para encantar uma garotinha esperta que sentada ou de pé no quintal da casa da avó, aguçava os ouvidos e a imaginação, fantasiando a vida, pincelando-a de cores suaves, tão carinhosamente como os acordes daquele também ainda jovem, mas certamente um mago para quem o mundo, mais adiante, se curvou.
Pois é, que privilégio, não é mesmo?
E aí, penso que para alguém que nasceu e se criou em um lugar tão mágico como a Ipanema dos anos cinquenta e sessenta, podendo também ver nascer e crescer talentos como Jobim, Edú Lõbo, Chico Buarque, Marcos Vale e tantos outros, não pode, porque simplesmente não tem o direito de perder o viço da vida, somente porque não pode abrir a janela, por medo e precaução .
Faço então dos sons dos pássaros meus voos de vida e liberdade, também atravessando as grossas paredes do concreto óbvio, com minha destemida imaginação, e como um cisne singrando em plácidas águas, percorro as possibilidades, descartando os impossíveis, conquistando o real e fazendo com ele tudo parecer possível, crendo por todo o tempo estar como os pássaros, a céu aberto, batendo minhas asas até quando aguentarem.
E neste instante, uma lágrima escorre sobre o rosto desta apaixonada e sonhadora senhorinha.
Bom dia à todos e que este domingo seja para cada um de vocês águas plácidas, translúcidas, com os reflexos prateados da certeza absoluta que para sermos e nos sentirmos livres, seja lá do que for, só precisamos da certeza, também absoluta, de que somos o máximo e que podemos tudo.
domingo, 29 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
SEGURANÇA PÚBLICA E A BANALIZAÇÃO
Sra. Maria Cecília, Sra. Dinah Lobo, Sr. Edson José, Sra. Lenise Andrade, Sr. Adelmo Pereira, Sra. Eloysa Cabral, Sr. Marlúcio Pereira, Sra. eliana Brito,Sr. God, Mj PM Moraes Filho, Del. Dr. Lúcio
Hoje,o dia foi excepcional em todos os sentidos, pois encontrei pessoas que não via há algum tempo e outras, queridas, com as quais estou sempre convivendo nesta luta diária em prol de uma real melhoria para a nossa Ilha como um todo.
Fomos todos convidados a mais uma reunião da Comissão Municipal de Segurança Pública, no caso específico de Vera Cruz, e na qualidade de representantes da imprensa local, sentimo-nos honrados em sermos convidados a nos tornar membros efetivos da comissão fiscalizadora.
O grupo é pequeno, mas absolutamente solidário no próposito de ter sempre um tempo especial para discutir as necessidades prioritárias da cidade e, é claro, cada qual em seu setor profissional, ir buscar meios de solucionar ou amenizar problemas relativos a esta área, muitas vezes se expondo, infelizmente, às vezes não sendo bem interpretados pelos gestores e seus secretários, enfim, em uma tarefa para poucos que decidiram ser fiéis a seus ideais de manter ou estabelecer uma realidade menos cruel, mais harmoniosa da convivência entre os cidadãos deste que talvez seja um dos lugares mais lindos deste mundo, mas que tal como o restante do país, sofre e se desmantela através da instituição desrregrada da miséria, da corrupção e das drogas, motivadores constantes e impiedosos, promovidos pelo descaso público, que ao longo do tempo vem permitindo a banalização de regras comportamentais e, portanto, valores posturais de fundamental importância que, certamente, representavam limites à violência que se tornou evidente e assustadora à todos sem distinção.
Estiveram presentes o Delegado Dr. Lúcio, que está a frente da Delegacia de Vera Cruz, e o Ilustríssimo Sr. Comandante da 5² CIPM da Ilha de Itaparica, Major Moraes, que, aliás, solicitou que a mesma fosse realizada, pois reconhece a necessidade da participação de representantes das comunidades a fim de, através desta saudável união, encontrar-se caminhos menos traumáticos, mais eficientes de se conter a crescente violência.
Pessoalmente, até então participando anos a fio, tão somente como jornalista e
observadora, constatei desolada que muito deixou-se de realizar, justo porque o poder público, nas figuras dos vereadores e gestores, jamais verdadeiramente se integraram, formando assim uma dura barreira que infelizmente tem servido de parada obrigatória a toda e qualquer iniciativa que deles dependam. E educação, saúde e amparo social, mazelas promotoras da decadência física e emocional das criaturas humanas, só podem ser combatidas através dos recursos oriundos dos governos municipal, estadual e federal, com um apoio comprometido da justiça e da polícia.
observadora, constatei desolada que muito deixou-se de realizar, justo porque o poder público, nas figuras dos vereadores e gestores, jamais verdadeiramente se integraram, formando assim uma dura barreira que infelizmente tem servido de parada obrigatória a toda e qualquer iniciativa que deles dependam. E educação, saúde e amparo social, mazelas promotoras da decadência física e emocional das criaturas humanas, só podem ser combatidas através dos recursos oriundos dos governos municipal, estadual e federal, com um apoio comprometido da justiça e da polícia.
E aí, inevitavelmente, enquanto meus amigos expunham suas ideias e opiniões, não pude evitar uma volta ao passado, lembrando-me do quanto era sutilmente tranquilizador a convivência social das autoridades de uma localidade, onde se formava uma espécie de cinturão do poder que, efetivamente, dirigia e gestava, média e pequenas cidades como a nossa querida Ilha de Itaparica.
Em qualquer reunião em que o assunto fosse o bem público, lá estavam o delegado, o chefe da polícia, o Juiz, o promotor, os vereadores, os líderes comunitários, o padre e, é claro, o prefeito. Sim, porque, não pode haver nada mais importante na agenda de tão ilustre figura que os interesses dos cidadãos que o elegeram.
Não é verdade?
Entretanto, ano após ano, esta estrutura foi se rompendo, abrindo brechas por onde foram se infriltrando outras forças que, não menos poderosas, foram ocupando espaços nas instituições sem qualquer distinção e minando as sociedades médias e pequenas, com valores menos sociáveis, que como rastilho de pólvora vem destruindo sem dó e sem piedade o direito maior de cada ser humano que é justo o de viver o seu ir e vir com segurança, sendo respeitado no seu direito de existir com dignidade.
Em algum momento, que não se sabe exatamente quando ocorreu, cada qual revestiu-se da roupagem alegórica de AUTORIDADE, fechando as portas de seus gabinetes, perdendo assim a humanização, impulsionadora maior da não banalização de suas posturas profissionais em relação ao povo do qual representam.
Deixaram de ser autoridades gestoras de uma cidade para serem tão somente mantenedores de cargos, salários e muitas vezes vaidades em detrimento de um bem geral, promovendo silenciosamente a maior das violências, que é a BANALIZAÇÃO.
Com isto, fui percebendo que foi se perdendo a admiração e o respeito que o povo neles depositava e consequentemente a insegurança e a certeza da impunidade passaram a se fazer presente, como uma espada afiada, ceifando ideais que muito poucos, como aqueles l2, presentes à reunião, lutam diariamente com suas próprias sofridas realidades para não perderem.
Agradecemos à querida Dona Cecília, representante ilustre da localidade de Cacha Prego, por mais umas vez nos receber em sua casa de praia e nos oferecer a oportunidade em não deixar que morra em nós a esperança de vermos através de nossas amorosas lutas solitárias, as benditas inspirações que o universo nos ofereçe em forma de vida a cada instante, para que, então, devolvamos em forma de responsabilidade ao bem público, seja ele qual for, em forma de direitos, mas acima de tudo em forma de responsabilidade que, afinal, deveria ser uma sistemática de todos nós.
Bom dia a todos.
--
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
OBRIGADO, por ser roubada...
Na terça feira passada, quando escrevi meu último texto para este blog, confesso que estava muito sismemática.
Nossa!
Será que existe esta expressão no nosso vocabulário?
Consultei o Aurélio e não encontrei. Invenções de Dona Regina, gosto de pensar que sou letrada e que posso tudo, até adicionar novas palavras ao vocabulário, se bem que esta eu já ouvia desde os tempos de garota, lá na minha terra.
Isto a trocentos anos atrás.
Essa conversa toda é só para disfarçar, afinal, ter a casa invadida por dois bandidos, ser aterrorizada por cerca de quarenta minutos, não é mole não.
De um momento para o outro, percebemos ao vivo e a cores o quanto somos vulneráveis em nossas rotinas, sejam suburbanas ou urbanas e nos ajoelhamos rogando por nossas vidas, pois naqueles instantes, por mais arrogantes que sejamos, percebemos com a loucura dos desesperados ser o nosso bem mais precioso.
E aí, depois do caso passado, damos graças a Deus por termos passado por tão horrorosa experiência e ainda estarmos vivos, e no meu caso em particular, ficar mentalmente repetindo, OBRIGADO, OBRIGADO, abraçada ao meu marido, ainda amarrado no banheiro da suite, como se o nosso mundo à aqueles cinco metros quadrados se resumisse.
E se resumiu, transformando-se no ideal de segurança que, infelizmente, a insegurança provocada pelo descaso e pelo abondono de nossa polícia itaparicana nos reservou.
E eu ainda vou me preocupar se esta ou aquela palavra que brota de minha imaginação, existe!!!!!
Tudo que realmente importa é que estamos vivos, se bem que muito P....., pois os miseráveis me levaram mais um note-book e ainda nos deixaram sem os celulares. Aliás, neste ano, já somam quatro invasões.
De repente, isto até é um ponto a nosso favor, pois já levaram tudo que dava para carregar, agora só se forem motorizados e dispostos a carregar peso.
Será que os miseráveis delinquentes se habilitam a tanto sacrifício, ou baterão em outra freguesia?
Que coisa, heim!
Nossa!
Será que existe esta expressão no nosso vocabulário?
Consultei o Aurélio e não encontrei. Invenções de Dona Regina, gosto de pensar que sou letrada e que posso tudo, até adicionar novas palavras ao vocabulário, se bem que esta eu já ouvia desde os tempos de garota, lá na minha terra.
Isto a trocentos anos atrás.
Essa conversa toda é só para disfarçar, afinal, ter a casa invadida por dois bandidos, ser aterrorizada por cerca de quarenta minutos, não é mole não.
De um momento para o outro, percebemos ao vivo e a cores o quanto somos vulneráveis em nossas rotinas, sejam suburbanas ou urbanas e nos ajoelhamos rogando por nossas vidas, pois naqueles instantes, por mais arrogantes que sejamos, percebemos com a loucura dos desesperados ser o nosso bem mais precioso.
E aí, depois do caso passado, damos graças a Deus por termos passado por tão horrorosa experiência e ainda estarmos vivos, e no meu caso em particular, ficar mentalmente repetindo, OBRIGADO, OBRIGADO, abraçada ao meu marido, ainda amarrado no banheiro da suite, como se o nosso mundo à aqueles cinco metros quadrados se resumisse.
E se resumiu, transformando-se no ideal de segurança que, infelizmente, a insegurança provocada pelo descaso e pelo abondono de nossa polícia itaparicana nos reservou.
E eu ainda vou me preocupar se esta ou aquela palavra que brota de minha imaginação, existe!!!!!
Tudo que realmente importa é que estamos vivos, se bem que muito P....., pois os miseráveis me levaram mais um note-book e ainda nos deixaram sem os celulares. Aliás, neste ano, já somam quatro invasões.
De repente, isto até é um ponto a nosso favor, pois já levaram tudo que dava para carregar, agora só se forem motorizados e dispostos a carregar peso.
Será que os miseráveis delinquentes se habilitam a tanto sacrifício, ou baterão em outra freguesia?
Que coisa, heim!
sábado, 21 de agosto de 2010
LNHA DIVISÓRIA
Interessante como as pessoas se apegam aos comportamentos pré-estabelecidos e não deixam espaço para as alternativas, que podem ser tão ou melhores que as tradicionais.
Pensar e agir limitado, como se a vida girasse em torno do pequeno e aparentemente seguro mundinho no qual se está inserido, onde nele pensa-se ser o "tal", por se sentir protegido, é no mínimo falta de imaginação.
Colocar os pés um milímetro que seja para fora da linha divisória, onde não existem garantias, pode ser aterrorizador, mas também muito excitante.
Afinal, o que é a vida se não um sucessivo acúmulo de bagagens vivenciais de aprendizado e de prazeres.
Pensar e agir limitado, como se a vida girasse em torno do pequeno e aparentemente seguro mundinho no qual se está inserido, onde nele pensa-se ser o "tal", por se sentir protegido, é no mínimo falta de imaginação.
Colocar os pés um milímetro que seja para fora da linha divisória, onde não existem garantias, pode ser aterrorizador, mas também muito excitante.
Afinal, o que é a vida se não um sucessivo acúmulo de bagagens vivenciais de aprendizado e de prazeres.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
CÁ COM OS MEUS BOTÕES...
Faz hoje quatro dias que não escrevo uma única palavra, e o interessante é que tendo muitas inspirações, além de não ter faltado o tempo necessário para o que para mim sempre foi a prioridade maior.
Penso, então, que preciso analisar o por quê desta incapacidade momentânea que altera todo o meu funcionamento físico e emocional, tirando-me o que acredito ser meu melhor desempenho, que é justo a alegria de agrupar letrinhas e com elas refletir-me.
Quando escrevo diretamente para alguém, aguardo ansiosa sua resposta, pois, através dela, posso mergulhar exatamente naquilo que ela não revelou por descuido ou por necessidade de se preservar.
Também adoro escrever sobre o tudo que vivencio, mas preciso reconhecer que, ultimamente, tenho tido pouco entusiasmo, afinal também tenho tido certas experiências observatórias nada estimulantes, e aí, questiono-me se tudo isto é novidade ou agora é que eu estou verdadeiramente enxergando a realidade, sem colocar aromas e cores para enfeitar uma realidade que eu me negava a aceitar que existisse.
Por qual razão?
Talvez porque por defesa pessoal somos resistentes a aceitar o fato de que fizemos uma avaliação positiva disto ou daquilo que infelizmente não era real.
Creio que é por aí mesmo a dura constatação do lêdo engano.
Olá Regina, do que é mesmo que você está falando?
Sei lá... acho que um pouco de tudo que venho vivendo. É claro que algumas coisas tenho bem claras em minha mente, como, por exemplo, a minha tristeza ao constatar o quanto os nossos jovens daqui, com raras exceções, estão sem qualquer perspectiva, atavicamente presos a um ciclo comportamental doentiamente repetitivo, sem que haja qualquer sinal indicador de que esta realidade cruel possa se alterar.
Em minhas andanças diárias, convivo com uma gama expressiva de criaturas, algumas ainda muito crianças e percebo que algo urgente precisa ser feito.
Mas quem?
Ainda não consegui vislumbrar uma única criatura que verdadeiramente queira mudar esta dolorosa realidade, até porque aquelas que talvez pudessem são originárias do mesmo ciclo e por mais que enxerguem o absurdo que se apresenta, ainda assim não conseguem mensurar a sua extensão se medida for as suas próprias intenções de encontrarem seu bem pessoal, único idealismo encontrado frente ao abandono de todos os níveis em que também estiveram expostas, permanecendo então como eternos emergentes, persistentemente lutando contra as suas marés atávicas.
E aí, em meio a tudo isto, insisto em editar o Variedades, e feliz por mais uma edição, adentro no prédio do Fórum e qual a minha surpresa, logo na primeira sala, deparo-me com um jovem senhor que abruptamente descarta o meu oferecimento, jogando o jornal sob o balcão, e sem sequer olhá-lo diz:
- Já estou farto de política!
Surpresa com tamanha grosseria, justo na casa da bendita justiça, onde sempre fui muito bem recebida, assim como mensalmente ao longo dos últimos quase sete anos o Variedades é recebido, continuei o meu trabalho, não sem estar consternada, pois creio não ser dado o direito de tamanha ignorância a quem quer que seja, muito menos a um servidor público de tão honrada casa.
O que este lamentável episódio tem a haver com o que eu inicialmente estava escrevendo?
Acho que tudo, porque, afinal, o que é a grosseria senão a ignorância, fruto do
atavismo na pior demonstração expressiva de uma intelectualidade engessada ou nunca despertada.
Que coisa, heim!
Penso, então, que preciso analisar o por quê desta incapacidade momentânea que altera todo o meu funcionamento físico e emocional, tirando-me o que acredito ser meu melhor desempenho, que é justo a alegria de agrupar letrinhas e com elas refletir-me.
Quando escrevo diretamente para alguém, aguardo ansiosa sua resposta, pois, através dela, posso mergulhar exatamente naquilo que ela não revelou por descuido ou por necessidade de se preservar.
Também adoro escrever sobre o tudo que vivencio, mas preciso reconhecer que, ultimamente, tenho tido pouco entusiasmo, afinal também tenho tido certas experiências observatórias nada estimulantes, e aí, questiono-me se tudo isto é novidade ou agora é que eu estou verdadeiramente enxergando a realidade, sem colocar aromas e cores para enfeitar uma realidade que eu me negava a aceitar que existisse.
Por qual razão?
Talvez porque por defesa pessoal somos resistentes a aceitar o fato de que fizemos uma avaliação positiva disto ou daquilo que infelizmente não era real.
Creio que é por aí mesmo a dura constatação do lêdo engano.
Olá Regina, do que é mesmo que você está falando?
Sei lá... acho que um pouco de tudo que venho vivendo. É claro que algumas coisas tenho bem claras em minha mente, como, por exemplo, a minha tristeza ao constatar o quanto os nossos jovens daqui, com raras exceções, estão sem qualquer perspectiva, atavicamente presos a um ciclo comportamental doentiamente repetitivo, sem que haja qualquer sinal indicador de que esta realidade cruel possa se alterar.
Em minhas andanças diárias, convivo com uma gama expressiva de criaturas, algumas ainda muito crianças e percebo que algo urgente precisa ser feito.
Mas quem?
Ainda não consegui vislumbrar uma única criatura que verdadeiramente queira mudar esta dolorosa realidade, até porque aquelas que talvez pudessem são originárias do mesmo ciclo e por mais que enxerguem o absurdo que se apresenta, ainda assim não conseguem mensurar a sua extensão se medida for as suas próprias intenções de encontrarem seu bem pessoal, único idealismo encontrado frente ao abandono de todos os níveis em que também estiveram expostas, permanecendo então como eternos emergentes, persistentemente lutando contra as suas marés atávicas.
E aí, em meio a tudo isto, insisto em editar o Variedades, e feliz por mais uma edição, adentro no prédio do Fórum e qual a minha surpresa, logo na primeira sala, deparo-me com um jovem senhor que abruptamente descarta o meu oferecimento, jogando o jornal sob o balcão, e sem sequer olhá-lo diz:
- Já estou farto de política!
Surpresa com tamanha grosseria, justo na casa da bendita justiça, onde sempre fui muito bem recebida, assim como mensalmente ao longo dos últimos quase sete anos o Variedades é recebido, continuei o meu trabalho, não sem estar consternada, pois creio não ser dado o direito de tamanha ignorância a quem quer que seja, muito menos a um servidor público de tão honrada casa.
O que este lamentável episódio tem a haver com o que eu inicialmente estava escrevendo?
Acho que tudo, porque, afinal, o que é a grosseria senão a ignorância, fruto do
atavismo na pior demonstração expressiva de uma intelectualidade engessada ou nunca despertada.
Que coisa, heim!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
HORROR PERANTE AOS CÉUS
Hoje é sexta-feira, l3 de agosto, e para quem acredita é também o dia do azar.
Como sou meio bruxa, dou de ombros me espreguiçando e dando mentalmente graças a Deus por estar acordando e, portanto, viva, e nada mais importa, ficando todo o restante como apenas detalhes vivenciais.
E por falar em vivência, penso imediatamente em minha filha que chegou ontem em casa, depois de um dia de trabalho, visivelmente transtornada com o horror que presenciou de miséria de todos os níveis em determinada localidade do município de Vera Cruz.
Arremedos de seres humanos, absolutamente abandonados à própria sorte, vivendo e convivendo com a falta de tudo que lhes permitiria se sentirem pessoas pertencentes à uma vivência digna e que, no entanto, desoladamente abandonadas, seguem como zumbis suas existências sem qualquer noção de si mesmas e daqueles que instintivamente dão vida através de cópulas inconsequentes.
Quantos horrores perante a um Deus tão louvado nas igrejas e tão esquecido pelas corjas que compõem os poderes públicos que convenientemente cegos e surdos, alimentam o caos que verdadeiramente representam a vergonha com a qual somos todos obrigados a conviver, sem quase nada podermos fazer, além de oferecer migalhas de pseuda-caridade, muito mais na verdade para sufocar a vergonha de sermos todos cúmplices silenciosos deste crime premeditado contra grande parte da humanidade.
Criaturas humanas que sequer sabem com exatidão suas idades, o nome de seus filhos, pois são tantos que suas identificações se perderam na desnecessariedade em tê-las em meio à urgência que a fome apresenta a cada momento.
Lama, sujeira, fome, doenças, ignorância de todos os níveis, não se enganem, está logo alí, pertinho de todos nós.
A Africa que nos comove é só um estereótipo, uma referência mais longínqua, para que não enlouqueçamos ou nos contaminemos com a pior de todas as culpas por sermos carrascos sociais, ceifando direitos e deveres e que por consequência se tornam chagas impiedosas e que inexoravelmente vão se chegando até nós em forma de violência tão explícita quanto a nossa indiferença.
Perdão, meu Deus, perdão por tanto horror perante aos céus.
Como sou meio bruxa, dou de ombros me espreguiçando e dando mentalmente graças a Deus por estar acordando e, portanto, viva, e nada mais importa, ficando todo o restante como apenas detalhes vivenciais.
E por falar em vivência, penso imediatamente em minha filha que chegou ontem em casa, depois de um dia de trabalho, visivelmente transtornada com o horror que presenciou de miséria de todos os níveis em determinada localidade do município de Vera Cruz.
Arremedos de seres humanos, absolutamente abandonados à própria sorte, vivendo e convivendo com a falta de tudo que lhes permitiria se sentirem pessoas pertencentes à uma vivência digna e que, no entanto, desoladamente abandonadas, seguem como zumbis suas existências sem qualquer noção de si mesmas e daqueles que instintivamente dão vida através de cópulas inconsequentes.
Quantos horrores perante a um Deus tão louvado nas igrejas e tão esquecido pelas corjas que compõem os poderes públicos que convenientemente cegos e surdos, alimentam o caos que verdadeiramente representam a vergonha com a qual somos todos obrigados a conviver, sem quase nada podermos fazer, além de oferecer migalhas de pseuda-caridade, muito mais na verdade para sufocar a vergonha de sermos todos cúmplices silenciosos deste crime premeditado contra grande parte da humanidade.
Criaturas humanas que sequer sabem com exatidão suas idades, o nome de seus filhos, pois são tantos que suas identificações se perderam na desnecessariedade em tê-las em meio à urgência que a fome apresenta a cada momento.
Lama, sujeira, fome, doenças, ignorância de todos os níveis, não se enganem, está logo alí, pertinho de todos nós.
A Africa que nos comove é só um estereótipo, uma referência mais longínqua, para que não enlouqueçamos ou nos contaminemos com a pior de todas as culpas por sermos carrascos sociais, ceifando direitos e deveres e que por consequência se tornam chagas impiedosas e que inexoravelmente vão se chegando até nós em forma de violência tão explícita quanto a nossa indiferença.
Perdão, meu Deus, perdão por tanto horror perante aos céus.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
BRINDE COR DE ROSA
Quando ainda jovem, comecei a perceber que algo estranho acontecia comigo, pois por quase todo o tempo eu permanecia cercada de companheiros aparentemente imaginários, não me era possível prever que tantas décadas depois, ao invés de estar confusa e talvez meio louca, eu estaria tendo a oportunidade de levar todo o conhecimento que me foi ofertado à outros.
Que maravilha!
Como é gratificante ter o que oferecer e estar disposta a receber tantas vibrações amorosas.
Como é reconfortante ser porta voz de ensinamentos universais tão esclarecedores.
Até a pouco tempo atrás, perguntava-me o que havia feito de bom para merecer tamanha honraria.
Hoje já não questiono-me, apenas aceito, agradecida aos meus parceiros energéticos pela felicidade de, enquanto Regina, poder interagir com eles nesta jornada de luz e aprendizado.
Ontem, foi-me dada a oportunidade de mais uma vez estar em meio a pessoas que frequentam locais de oração onde verdadeiramente estão buscando um caminho mais suave para percorrerem sua vidas e, no domingo, pude também mais uma vez estar com jovens e adultos.
O mais inusitado destes encontros, a luz do entendimento de algumas criaturas que me acompanharam nestas duas visitas onde tive a oportunidade de falar sobre ética ,foi justo o fato dessas pessoas que me ouviram pertencerem a religiões distintas, evangélicas e espíritas.
E aí, em dado momento, fui questionada a respeito e tudo quanto pude pensar para responder foi que o equilíbrio pessoal, o respeito à vida e o amor ao tudo do todo que o meu mestre e inspirador, JESUS, ofereceu à humanidade, não tinha e não tem endereço fixo e tão pouco placa identificatória que não tenha sido a sua vontade voluntária em oferecer a si e aos demais, os entendimentos harmoniosos de vida e liberdade que ele foi descobrindo à cada passada de sua explendorosa existência terrena.
Jesus, jamais foi um separatista e tão pouco se colocou em qualquer posição determinantemente exclusivista, ao contrário, ele era do mundo, despojado e dependente tão somente da sua certeza absoluta de que a vida é um ciclo ininterrupto de vida, onde somos o que aparentamos e aparentamos o que somos.
Portanto, por não me pertencer tamanha luz de esclarecimentos, faço de mim tão somente uma ponte, por onde trafegam meus inestimáveis amigos universais com suas inteligências vibratórias, com um único intuito, que é justo semear com amor o meu próprio caminho de experiências vivenciais, agradecendo a cada instante estar aprendendo a compreender minhas próprias falhas e enxergando a cada milionésimo de segundo todas as maravilhas que me são oferecidas, como por exemplo:
- A minúscula, solitária e linda rosa de cor rosa e não menos perfumada que bravamente despontou como um botão de vida em meio a tantas chuvas ontem, logo bem cedinho, em meu jardim, só para encantar os meus olhos e perfumar ainda mais o meu dia que estava apenas começando.
E isto, não é motivo para se sentir feliz?
Poesia, filosofia, coisa de quem pouco tem para fazer?
Creio que não.
Apenas e tão somente sou alguem que permanece atenta aos brindes e prendas que a vida em todas as suas infinitas expressabilidades pode proporcionar de forma silenciosa e completa.
Bom ia à todos.
Que maravilha!
Como é gratificante ter o que oferecer e estar disposta a receber tantas vibrações amorosas.
Como é reconfortante ser porta voz de ensinamentos universais tão esclarecedores.
Até a pouco tempo atrás, perguntava-me o que havia feito de bom para merecer tamanha honraria.
Hoje já não questiono-me, apenas aceito, agradecida aos meus parceiros energéticos pela felicidade de, enquanto Regina, poder interagir com eles nesta jornada de luz e aprendizado.
Ontem, foi-me dada a oportunidade de mais uma vez estar em meio a pessoas que frequentam locais de oração onde verdadeiramente estão buscando um caminho mais suave para percorrerem sua vidas e, no domingo, pude também mais uma vez estar com jovens e adultos.
O mais inusitado destes encontros, a luz do entendimento de algumas criaturas que me acompanharam nestas duas visitas onde tive a oportunidade de falar sobre ética ,foi justo o fato dessas pessoas que me ouviram pertencerem a religiões distintas, evangélicas e espíritas.
E aí, em dado momento, fui questionada a respeito e tudo quanto pude pensar para responder foi que o equilíbrio pessoal, o respeito à vida e o amor ao tudo do todo que o meu mestre e inspirador, JESUS, ofereceu à humanidade, não tinha e não tem endereço fixo e tão pouco placa identificatória que não tenha sido a sua vontade voluntária em oferecer a si e aos demais, os entendimentos harmoniosos de vida e liberdade que ele foi descobrindo à cada passada de sua explendorosa existência terrena.
Jesus, jamais foi um separatista e tão pouco se colocou em qualquer posição determinantemente exclusivista, ao contrário, ele era do mundo, despojado e dependente tão somente da sua certeza absoluta de que a vida é um ciclo ininterrupto de vida, onde somos o que aparentamos e aparentamos o que somos.
Portanto, por não me pertencer tamanha luz de esclarecimentos, faço de mim tão somente uma ponte, por onde trafegam meus inestimáveis amigos universais com suas inteligências vibratórias, com um único intuito, que é justo semear com amor o meu próprio caminho de experiências vivenciais, agradecendo a cada instante estar aprendendo a compreender minhas próprias falhas e enxergando a cada milionésimo de segundo todas as maravilhas que me são oferecidas, como por exemplo:
- A minúscula, solitária e linda rosa de cor rosa e não menos perfumada que bravamente despontou como um botão de vida em meio a tantas chuvas ontem, logo bem cedinho, em meu jardim, só para encantar os meus olhos e perfumar ainda mais o meu dia que estava apenas começando.
E isto, não é motivo para se sentir feliz?
Poesia, filosofia, coisa de quem pouco tem para fazer?
Creio que não.
Apenas e tão somente sou alguem que permanece atenta aos brindes e prendas que a vida em todas as suas infinitas expressabilidades pode proporcionar de forma silenciosa e completa.
Bom ia à todos.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Ética sob a Visão Espírita
Na visão dos seguidores fiéis de Jesus Cristo, a visão da Doutrina Espírita não está limitada ao aspecto extremo dos fenômenos.
Ela toca em assuntos que não estão restritos aos redutos e domínios religiosos e filosóficos, porque ela é a busca do conhecimento da vida e de sua evolução.
Se distingue das demais religiões tradicionais, porque não se serve de rituais, dogmas, símbolos, superstições e cultos exteriores.
Reconhece, fundamentalmente, a ética cristã, trazendo uma base racional e um conselho ao indivíduo, como meio para escapar à estagnação evolutiva.
O caráter religioso ajuda ao homem à ajustar-se às leis naturais que asseguram a sua harmonia com o universo, ajudando-o, assim, na sua ligação com a inteligência Suprema ( DEUS ), causa primeira de todas as coisas que nele reside.
Os que negam o caráter religioso do Espiritismo, o fazem principalmente pela desatenção, confundindo-o através do dogmatismo de outras expressões religiosas.
Os evangelhos de Jesus Cristo são os melhores meios de dominação dos problemas da humanidade e os ensinamentos espíritas um meio coerente e eficaz de se atingir o objetivo da prática da ética vivencial, no tocante a convivência com o tudo do todo no qual o ser humano se encontra inserido.
Os tempos mudaram e é preciso que se fique atento à melhor linguagem que possa definir o que significa, na prática, a ética comportamental. E é justamente a compreensão clara e definitiva desta necessidade que o conhecimento da base científica e filosófica do espiritismo oferece de forma natural e absolutamente simples como a própria vida ininterrupta em seu ciclo evolutivo.
Allan Kardec, com muito bom senso, escreveu no capítulo 19 do Evangelho Segundo o Espiritismo:
"Não há fé inquebrantável senão aquela que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade. Sem a luz da razão,a fé se enfraquece."
O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta de suas mínimas ações.
Agir com os outros como gostaríamos que agissem conosco.
Portanto, a consciência do ser humano de sua participação interativa com a vida universal, torna-se o dispositivo natural que lhe permite concordar com o plano universal de equilíbrio e consequentemente evoluir de modo ordenado.
A consequência primeira e definitiva do espiritismo é conduzir através do equilíbrio da razão e do amor o homem a querer se tornar uma criatura humana mais harmoniosa e, portanto, vivenciando sua existência de forma mais suave.
Na prática do Espiritismo, não há lugar para propósitos lucrativos, ambições de poder que não sejam de progredir em sua própria evolução e de fazer progredir o seu próximo.
A ética Espírita, portanto, proclama a VIDA COM LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA com o livre exame em matéria de fé.
O Objetivo do Espiritismo, por si só, é somente o de procurar ajudar no progresso Moral e Intelectual das criaturas humanas.
Ela toca em assuntos que não estão restritos aos redutos e domínios religiosos e filosóficos, porque ela é a busca do conhecimento da vida e de sua evolução.
Se distingue das demais religiões tradicionais, porque não se serve de rituais, dogmas, símbolos, superstições e cultos exteriores.
Reconhece, fundamentalmente, a ética cristã, trazendo uma base racional e um conselho ao indivíduo, como meio para escapar à estagnação evolutiva.
O caráter religioso ajuda ao homem à ajustar-se às leis naturais que asseguram a sua harmonia com o universo, ajudando-o, assim, na sua ligação com a inteligência Suprema ( DEUS ), causa primeira de todas as coisas que nele reside.
Os que negam o caráter religioso do Espiritismo, o fazem principalmente pela desatenção, confundindo-o através do dogmatismo de outras expressões religiosas.
Os evangelhos de Jesus Cristo são os melhores meios de dominação dos problemas da humanidade e os ensinamentos espíritas um meio coerente e eficaz de se atingir o objetivo da prática da ética vivencial, no tocante a convivência com o tudo do todo no qual o ser humano se encontra inserido.
Os tempos mudaram e é preciso que se fique atento à melhor linguagem que possa definir o que significa, na prática, a ética comportamental. E é justamente a compreensão clara e definitiva desta necessidade que o conhecimento da base científica e filosófica do espiritismo oferece de forma natural e absolutamente simples como a própria vida ininterrupta em seu ciclo evolutivo.
Allan Kardec, com muito bom senso, escreveu no capítulo 19 do Evangelho Segundo o Espiritismo:
"Não há fé inquebrantável senão aquela que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade. Sem a luz da razão,a fé se enfraquece."
O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta de suas mínimas ações.
Agir com os outros como gostaríamos que agissem conosco.
Portanto, a consciência do ser humano de sua participação interativa com a vida universal, torna-se o dispositivo natural que lhe permite concordar com o plano universal de equilíbrio e consequentemente evoluir de modo ordenado.
A consequência primeira e definitiva do espiritismo é conduzir através do equilíbrio da razão e do amor o homem a querer se tornar uma criatura humana mais harmoniosa e, portanto, vivenciando sua existência de forma mais suave.
Na prática do Espiritismo, não há lugar para propósitos lucrativos, ambições de poder que não sejam de progredir em sua própria evolução e de fazer progredir o seu próximo.
A ética Espírita, portanto, proclama a VIDA COM LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA com o livre exame em matéria de fé.
O Objetivo do Espiritismo, por si só, é somente o de procurar ajudar no progresso Moral e Intelectual das criaturas humanas.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
FILOSOFIA PARTE III - SURPRESA
Quando a criatura adentra no campo germinado de si mesma e a cada instante não descuida dos cuidados que este necessita, certamente garante a si e ao tudo do todo uma parceria concreta de amor e liberdade que se traduz em um intercâmbio mais previsível quanto a qualidade empenhada.
Creio que não coabita qualquer surpresa vivencial na mente e nos sentidos da criatura que estiver privilegiando a vida que nela reside.
Dirás que uma vivência sem surpresas torna-se monótona.
Digo-te que preferível é a certeza de não ser a cada instante surpreendido com fatos que geram emoções que desenvolvem o medo.
Bendita é a monotonia que te permite excursionar em paz pela tua vida, permitindo-te criar emoções envolventes, respeitando os parâmetros alheios e colhendo as tuas afinidades universais.
Esta é sem dúvida uma certeza que a vida oferece através de sua permanente interação, pois haverá a cada instante presente uma resposta a ser oferecida e uma dúvida a ser compreendida.
Portanto, para que uma criatura necessitará da surpresa se a cada milionésimo de segundo apresenta-se fascinante em sua biodiversidade?
Abraçar serenamente as circunstâncias é não projetar no PROVÁVEL a perspectiva de uma alegria ou tristeza. Creio que do aparente banal é possível extrair-se o fantástico, porque, afinal, as intenções de quem os vivencia é que oferece o tom e o colorido aceitado, assim como perfeitamente acertado a cada criatura que o vivencia.
Afinal, se cada criatura é única, assim também se dá a formatação de suas intenções, precisando tão somente que ela se dê conta do quanto pode fazer por si mesma ao invés de depositar no acaso da vida seus ideais ou a falta deles.
Compreendes?
Daí a importância deste entendimento ser inserido no aprendizado infantil. Certamente, criaturas mais responsáveis com suas vidas se desenvolveriam e os conflitos existenciais diminuiriam na proporção de um cotidiano mais harmonioso e parceiro da interatividade com o bendito tudo do todo no qual ela esteja inserida.
Texto extraído do livro "Complexo de Dor Social", de minha autoria.
Creio que não coabita qualquer surpresa vivencial na mente e nos sentidos da criatura que estiver privilegiando a vida que nela reside.
Dirás que uma vivência sem surpresas torna-se monótona.
Digo-te que preferível é a certeza de não ser a cada instante surpreendido com fatos que geram emoções que desenvolvem o medo.
Bendita é a monotonia que te permite excursionar em paz pela tua vida, permitindo-te criar emoções envolventes, respeitando os parâmetros alheios e colhendo as tuas afinidades universais.
Esta é sem dúvida uma certeza que a vida oferece através de sua permanente interação, pois haverá a cada instante presente uma resposta a ser oferecida e uma dúvida a ser compreendida.
Portanto, para que uma criatura necessitará da surpresa se a cada milionésimo de segundo apresenta-se fascinante em sua biodiversidade?
Abraçar serenamente as circunstâncias é não projetar no PROVÁVEL a perspectiva de uma alegria ou tristeza. Creio que do aparente banal é possível extrair-se o fantástico, porque, afinal, as intenções de quem os vivencia é que oferece o tom e o colorido aceitado, assim como perfeitamente acertado a cada criatura que o vivencia.
Afinal, se cada criatura é única, assim também se dá a formatação de suas intenções, precisando tão somente que ela se dê conta do quanto pode fazer por si mesma ao invés de depositar no acaso da vida seus ideais ou a falta deles.
Compreendes?
Daí a importância deste entendimento ser inserido no aprendizado infantil. Certamente, criaturas mais responsáveis com suas vidas se desenvolveriam e os conflitos existenciais diminuiriam na proporção de um cotidiano mais harmonioso e parceiro da interatividade com o bendito tudo do todo no qual ela esteja inserida.
Texto extraído do livro "Complexo de Dor Social", de minha autoria.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
FILOSOFIA -- PARTE II - CULPA
Começa na infância o desenvolvimento da mais séria e difícil de se curar que é a patologia da culpa.
Quem se lembra do xixi na cama ou na calça, da sujeira nas roupas, da verdura que não se quer comer, etc e etc...?
Se somos uma máquina perfeita e, portanto, uma ciência exata, por que não conseguimos criar, moldar, recriar e até mesmo encerrar este sentimento devastador?
Seria esta impertinência destrutiva um sinal de que ela, a mente racional, se vê sufocada pelo sistema social em que se encontra inserida?
Concluo que só podendo contar com o foco humano, o humano sofre da dor da culpa, justo pela falta de isenção.
Esta sequência de raciocínio, aparentemente segue uma linha lógica que me faz concluir que sim.
Entretanto, a minha busca tem como objetivo justamente esmiuçar cada detalhe da influência emocional coletiva humana e de seus efeitos sobre o humano, a fim de determinar como a criatura deva se colocar na sociedade se sentindo existindo e não tão somente como mais um ser sem características próprias, carregando o pesado fardo de estar vivo.
Afinal, como é possível a uma criatura humana reconhecer a vida que representa sem ter que pesá-la com a bagagem de sua própria vivência ou, o que é pior, com a bagagem alheia?
Reconheçendo o peso do acúmulo de cada instante de bagagens, denomino a patologia que daí nasce expontaneamente provocada pelas experiências vivenciais sem parâmetros harmoniosos de:
COMPLEXO DE DOR SOCIAL.
Como evitar que as crianças desenvolvam esta patologia?
Acredito que se colocarmos as crianças em permanente reconhecimento das diversidades de todas as ordens, levando-as ao reconhecimento sem, no entanto, induzí-la a observação julgadora de certo ou errado e, ao mesmo tempo, fazendo-a espelhar-se em uma tentativa de identificação pessoal, seremos capazes de criar seres humanos menos críticos e mais realistas em relação ao que lhe convém ou não.
Os aromas, assim como as cores, são os princípios básicos deste início de seleção de afinidades.
Na medida em que a criança percebe o que lhe pertence por afinidade, saberá fazer distinção do pertencente ao outro e desenvolverá uma aceitação benéfica ao ciclo da convivência, pois compreenderá o quanto é importante a escolha dos demais, baseada na impotância das suas.
Portanto, se compreende os fundamentos de suas escolhas, imediatamente compreenderá o direito dos demais em seus fundamentos, absolutamente pessoais, tendo como parâmetros os subsídios de informações recebidas.
A apresentação de aromas desagradáveis, desenvolverá uma imediata rejeição com, no entanto, a compreensão de serem reais e presentes no cotidiano vivencial, podendo, contudo, serem amenizados com criatividade pessoal ou de grupo, onde cada um deverá oferecer sugestões, reforçando, assim, o princípio básico de participação e de parceria em grupos.
A comunhão do reconhecimento do aroma com a aceitação papilar, reforçará os propósitos de definição dos afins, oferecendo um harmonioso ato de escolha que deverá ser respeitado pelos adultos inseridos no contexto existencial desta criança.
Uma vez que houve o toque de reconhecimento, a visão do esclarecimento, o aroma da integração e o gosto da aceitação, ter-se-á então uma escolha definitiva e certamente saudável que jamais abrigará qualquer indutor que leve a culpas por não ser absorvida.
Esta experiência reforçará todas as áreas de escolhas, pois criará na criança o hábito saudável da observação e seleção de suas reais necessidades, fazendo com que ela dificilmente seja induzida a isto ou aquilo, contrariando ou se enganando quanto ao seu verdadeiro necessitar.
Naturalmente que os pais ou responsáveis devem ser orientados a dar continuidade no cotidiano de seus lares, mantendo assim uma perfeita coerência postural entre a escola e o lar, e, para tanto, devem acompanhar o desenvolvimento diário das atividades oferecidas na escola.
A criança é um ser merecedor de respeito, assim como qualquer adulto, e deve ser aceito em suas preferências sem que lhe seja imputado a culpa por tais escolhas ou por posturas com as quais ela ainda não conseguiu identificar o controle em si, merecendo por todo o tempo atenção, amparo afetivo e subsídios educacionais.
O primeiro passo começa exatamente ainda no berço, permitindo-se que ela se expresse livremente, chorando sem que de imediato seja acolhida, formando a partir daí o primeiro ato camuflativo de chantagem emocional.
Estar no espaço físico de seu berço, após receber os cuidados dos quais merece e necessita é benéfico, pois estabelece o sentido de espaço pessoal, limites e segurança em si mesma, o que colaborará em sala de aula quando então terá o seu espaço determinado e sua professora em atenção também à outros. Reforçará seu entendimento quanto a divisão de atenções de seus pais em relação a outros irmãos e a direcionará a não atrair em demasia atenção sobre si mesma, esteja ela onde estiver. Além de colaborar para a não formação de posturas retraidas, tímidas, que na realidade denotam uma criança insegura.
MIMAR não é educar e muito menos demostração de amor.
Texto extraído do livro "Complexo de Dor Social", de minha autoria.
Quem se lembra do xixi na cama ou na calça, da sujeira nas roupas, da verdura que não se quer comer, etc e etc...?
Se somos uma máquina perfeita e, portanto, uma ciência exata, por que não conseguimos criar, moldar, recriar e até mesmo encerrar este sentimento devastador?
Seria esta impertinência destrutiva um sinal de que ela, a mente racional, se vê sufocada pelo sistema social em que se encontra inserida?
Concluo que só podendo contar com o foco humano, o humano sofre da dor da culpa, justo pela falta de isenção.
Esta sequência de raciocínio, aparentemente segue uma linha lógica que me faz concluir que sim.
Entretanto, a minha busca tem como objetivo justamente esmiuçar cada detalhe da influência emocional coletiva humana e de seus efeitos sobre o humano, a fim de determinar como a criatura deva se colocar na sociedade se sentindo existindo e não tão somente como mais um ser sem características próprias, carregando o pesado fardo de estar vivo.
Afinal, como é possível a uma criatura humana reconhecer a vida que representa sem ter que pesá-la com a bagagem de sua própria vivência ou, o que é pior, com a bagagem alheia?
Reconheçendo o peso do acúmulo de cada instante de bagagens, denomino a patologia que daí nasce expontaneamente provocada pelas experiências vivenciais sem parâmetros harmoniosos de:
COMPLEXO DE DOR SOCIAL.
Como evitar que as crianças desenvolvam esta patologia?
Acredito que se colocarmos as crianças em permanente reconhecimento das diversidades de todas as ordens, levando-as ao reconhecimento sem, no entanto, induzí-la a observação julgadora de certo ou errado e, ao mesmo tempo, fazendo-a espelhar-se em uma tentativa de identificação pessoal, seremos capazes de criar seres humanos menos críticos e mais realistas em relação ao que lhe convém ou não.
Os aromas, assim como as cores, são os princípios básicos deste início de seleção de afinidades.
Na medida em que a criança percebe o que lhe pertence por afinidade, saberá fazer distinção do pertencente ao outro e desenvolverá uma aceitação benéfica ao ciclo da convivência, pois compreenderá o quanto é importante a escolha dos demais, baseada na impotância das suas.
Portanto, se compreende os fundamentos de suas escolhas, imediatamente compreenderá o direito dos demais em seus fundamentos, absolutamente pessoais, tendo como parâmetros os subsídios de informações recebidas.
A apresentação de aromas desagradáveis, desenvolverá uma imediata rejeição com, no entanto, a compreensão de serem reais e presentes no cotidiano vivencial, podendo, contudo, serem amenizados com criatividade pessoal ou de grupo, onde cada um deverá oferecer sugestões, reforçando, assim, o princípio básico de participação e de parceria em grupos.
A comunhão do reconhecimento do aroma com a aceitação papilar, reforçará os propósitos de definição dos afins, oferecendo um harmonioso ato de escolha que deverá ser respeitado pelos adultos inseridos no contexto existencial desta criança.
Uma vez que houve o toque de reconhecimento, a visão do esclarecimento, o aroma da integração e o gosto da aceitação, ter-se-á então uma escolha definitiva e certamente saudável que jamais abrigará qualquer indutor que leve a culpas por não ser absorvida.
Esta experiência reforçará todas as áreas de escolhas, pois criará na criança o hábito saudável da observação e seleção de suas reais necessidades, fazendo com que ela dificilmente seja induzida a isto ou aquilo, contrariando ou se enganando quanto ao seu verdadeiro necessitar.
Naturalmente que os pais ou responsáveis devem ser orientados a dar continuidade no cotidiano de seus lares, mantendo assim uma perfeita coerência postural entre a escola e o lar, e, para tanto, devem acompanhar o desenvolvimento diário das atividades oferecidas na escola.
A criança é um ser merecedor de respeito, assim como qualquer adulto, e deve ser aceito em suas preferências sem que lhe seja imputado a culpa por tais escolhas ou por posturas com as quais ela ainda não conseguiu identificar o controle em si, merecendo por todo o tempo atenção, amparo afetivo e subsídios educacionais.
O primeiro passo começa exatamente ainda no berço, permitindo-se que ela se expresse livremente, chorando sem que de imediato seja acolhida, formando a partir daí o primeiro ato camuflativo de chantagem emocional.
Estar no espaço físico de seu berço, após receber os cuidados dos quais merece e necessita é benéfico, pois estabelece o sentido de espaço pessoal, limites e segurança em si mesma, o que colaborará em sala de aula quando então terá o seu espaço determinado e sua professora em atenção também à outros. Reforçará seu entendimento quanto a divisão de atenções de seus pais em relação a outros irmãos e a direcionará a não atrair em demasia atenção sobre si mesma, esteja ela onde estiver. Além de colaborar para a não formação de posturas retraidas, tímidas, que na realidade denotam uma criança insegura.
MIMAR não é educar e muito menos demostração de amor.
Texto extraído do livro "Complexo de Dor Social", de minha autoria.
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