segunda-feira, 23 de agosto de 2010

OBRIGADO, por ser roubada...

Na terça feira passada, quando escrevi meu último texto para este blog, confesso que estava muito sismemática.
Nossa!
Será que existe esta expressão no nosso vocabulário?
Consultei o Aurélio e não encontrei. Invenções de Dona Regina, gosto de pensar que sou letrada e que posso tudo, até adicionar novas palavras ao vocabulário, se bem que esta eu já ouvia desde os tempos de garota, lá na minha terra.
Isto a trocentos anos atrás.
Essa conversa toda é só para disfarçar, afinal, ter a casa invadida por dois bandidos, ser aterrorizada por cerca de quarenta minutos, não é mole não.
De um momento para o outro, percebemos ao vivo e a cores o quanto somos vulneráveis em nossas rotinas, sejam suburbanas ou urbanas e nos ajoelhamos rogando por nossas vidas, pois naqueles instantes, por mais arrogantes que sejamos, percebemos com a loucura dos desesperados ser o nosso bem mais precioso.
E aí, depois do caso passado, damos graças a Deus por termos passado por tão horrorosa experiência e ainda estarmos vivos, e no meu caso em particular, ficar mentalmente repetindo, OBRIGADO, OBRIGADO, abraçada ao meu marido, ainda amarrado no banheiro da suite, como se o nosso mundo à aqueles cinco metros quadrados se resumisse.
E se resumiu, transformando-se no ideal de segurança que, infelizmente, a insegurança provocada pelo descaso e pelo abondono de nossa polícia itaparicana nos reservou.
E eu ainda vou me preocupar se esta ou aquela palavra que brota de minha imaginação, existe!!!!!
Tudo que realmente importa é que estamos vivos, se bem que muito P....., pois os miseráveis me levaram mais um note-book e ainda nos deixaram sem os celulares. Aliás, neste ano, já somam quatro invasões.
De repente, isto até é um ponto a nosso favor, pois já levaram tudo que dava para carregar, agora só se forem motorizados e dispostos a carregar peso.
Será que os miseráveis delinquentes se habilitam a tanto sacrifício, ou baterão em outra freguesia?
Que coisa, heim!

Um comentário:

  1. Oi Regina, bem lembrada a palavra "sistemática". Também eu ouvia muito de meu pai, avós, e ainda uma irmã usa este termo definir outra irmã.apenas não sabia que não existia no Aurélio. Gostei! Quanto aos delinqüentes, espero que não se lembrem da minha. Já faz um tempo que não nos visitam. Abraço

    ResponderExcluir

Cultura Itaparicana

Figura da Cultura Itaparicana, jogada às traças da indiferença e o local que deveria ser um ponto de reconhecimento de vida, só foi devidame...