quarta-feira, 4 de agosto de 2010

FILOSOFIA PARTE III - SURPRESA

Quando a criatura adentra no campo germinado de si mesma e a cada instante não descuida dos cuidados que este necessita, certamente garante a si e ao tudo do todo uma parceria concreta de amor e liberdade que se traduz em um intercâmbio mais previsível quanto a qualidade empenhada.
Creio que não coabita qualquer surpresa vivencial na mente e nos sentidos da criatura que estiver privilegiando a vida que nela reside.
Dirás que uma vivência sem surpresas torna-se monótona.
Digo-te que preferível é a certeza de não ser a cada instante surpreendido com fatos que geram emoções que desenvolvem o medo.
Bendita é a monotonia que te permite excursionar em paz pela tua vida, permitindo-te criar emoções envolventes, respeitando os parâmetros alheios e colhendo as tuas afinidades universais.
Esta é sem dúvida uma certeza que a vida oferece através de sua permanente interação, pois haverá a cada instante presente uma resposta a ser oferecida e uma dúvida a ser compreendida.
Portanto, para que uma criatura necessitará da surpresa se a cada milionésimo de segundo apresenta-se fascinante em sua biodiversidade?
Abraçar serenamente as circunstâncias é não projetar no PROVÁVEL a perspectiva de uma alegria ou tristeza. Creio que do aparente banal é possível extrair-se o fantástico, porque, afinal, as intenções de quem os vivencia é que oferece o tom e o colorido aceitado, assim como perfeitamente acertado a cada criatura que o vivencia.
Afinal, se cada criatura é única, assim também se dá a formatação de suas intenções, precisando tão somente que ela se dê conta do quanto pode fazer por si mesma ao invés de depositar no acaso da vida seus ideais ou a falta deles.
Compreendes?
Daí a importância deste entendimento ser inserido no aprendizado infantil. Certamente, criaturas mais responsáveis com suas vidas se desenvolveriam e os conflitos existenciais diminuiriam na proporção de um cotidiano mais harmonioso e parceiro da interatividade com o bendito tudo do todo no qual ela esteja inserida.
Texto extraído do livro "Complexo de Dor Social", de minha autoria.

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