Quando
escrevo, não estou sozinha, pois sinto que energias mais letradas, mais
criativas, corroboram para que eu diante de um caderno ou computador, vá
agrupando letras, formando palavras e, finalmente, desenhando em expressões os meus
sentimentos, emoções ou simples observações.
Entretanto,
alguns escritos vão mais além, pois descrevem com fidelidade meus instantes
presentes, carregados de muitas emoções que, nem sempre, são mansas e
coloridas, perfis autênticos das mais variadas sensações.
Seja de que
forma se apresentem, meus ímpetos de escrevinhadora são sempre carregados de
uma vontade imensa de chegar a alguém, como se em cada leitor, eu pudesse com
meus escritos abraçar, trocando calores e aromas, num colóquio regado de muita verdade,
de muito estreitamento de almas.
E quando
deixo escoar alguma dor, confesso que estou sendo egoísta, pois ao descrevê-la,
reparto-a com todos que a leem, fragmentando-a e me aliviando.
Meus
escritos, são minhas terapias, caminho seguro e eficaz de não permanecer
fechada em mim mesma, sobrecarregando a minha mente, desgastando os meus
sentimentos, além de sorrateiramente me conduzir pouco a pouco, nas almas do
mundo.
Não escrevo sozinha...
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