É
prerrogativa do chefe do executivo a escolha de seu estafe de secretários e
assessores diretos, indiretos e etc. e tal, todavia, não seria nada ruim se os
mesmos fossem oficialmente apresentados ao povo, quando de suas nomeações, onde
fosse possível os conhecimentos de suas qualificações, afinal, irão trabalhar
com o gestor, mas em função do bem público ou pelo menos é esta a “lógica da
coisa”, até porque, seus salários e salamaleques especiais serão pagos com o
erário público.
Quando de
suas dispensas, a mesma satisfação deveria ser oferecida ao povo, pelas mesmas
razões, acrescido do fato de que na realidade a não satisfação dos motivos da
dispensa cria uma espécie de amargor, pelo que parece ter sido um desperdício do
mesmo erário que tão caro custa ao povo brasileiro, especialmente, os das
cidades pequenas, cuja aproximação é inegável, criando uma outra sensação
desagradável de sentir-se lesado de alguma forma.
Estes
sentimentos danosos quando exteriorizados são através de uma raiva disfarçada
em indiferença ou falsa aceitação, mas que na realidade são energias que se
propagam como rastilho de pólvora, quando finalmente o povo decide dar um basta
aos hábitos velhos e sistemáticos.
Quem é quem,
ficam os cidadãos se perguntando pelas esquinas, bares e calçadas, num
murmurinho cujo som só é ouvido quando a reversão já se faz quase impossível,
levando-me a pensar o quanto é perigosa a ascensão ao poder de qualquer
natureza, pois nubla o senso avaliativo e deixa aflorar a vaidade de se sentir
em uma corte dourada, onde o brilho que emana é oriundo do ouro dos tolos, cegando
até mesmo a mais astuta das criaturas, se atenta ela não permanecer.
Moral da reflexão:
Enquanto o povo dormia ou se
anestesiava ao som dos trios elétricos e das partidas de futebol, tudo era
possível no quartel de Abrantes, mas quando o povo desperta do torpor que o
neutralizava é como o despertar de tigres e leões, impossível de se evitar o
seu bocejo.
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