Mesmo que eu
vivesse o dobro do que já vivi, certamente ainda cometeria em dados momentos,
mesmo cada vez mais esporádicos, deslizes avaliativos, que me levariam a ser
fisgada pelo meu emocional apaixonado e absurdamente passional.
Que trabalheira
tem sido ao longo de minha vida o controle diário, senão momentâneo, desta
profusão de emoções que marcaram minha personalidade, fazendo de mim um ser em
permanente mutação, já que compreendi desde muito cedo que precisaria
acompanhar as evoluções constantes e ininterruptas da própria vida.
E como o ato
contínuo de viver cobra e exige de cada ser humano esta performance!
Adaptabilidade
sutil ou grosseira à alma de cada criatura, mas absolutamente presente em cada
decisão que se tenha de ter em relação a qualquer coisa, e aí, como incorporar
toda esta sucessão de contradições à um convívio consigo mesmo e com os demais,
se o emocional por mais influenciado que seja pelos sentimentos ou pelo sistema
social em si, também não cessa sua cobrança.
Perguntas e
mais perguntas que alguns com mais consciência da fragilidade e, ao mesmo
tempo, importância de sua existência faz também com constância às suas mentes
inquietas, obtendo respostas através da aspereza do cotidiano com a sua
aplicabilidade cruel de testes avaliativos que exigem destas mesmas mentes um
árduo e constante empenho em não se furtar a vivenciar os exercícios
avaliativos que lapidam e ensinam, fazendo da criatura humana eternos
aprendizes.
E é justo
nos momentos de profundo cansaço mental, em que a mente decide por exaustão
tirar um cochilo ou, simplesmente, relaxar, mesmo que seja de forma
inconsciente à vontade voluntária da criatura, que os deslizes acontecem,
fazendo de uma simples pausa, breves, mas algumas vezes desnecessários retrocessos
educacionais de convívio, afinal, esta ou aquela lição vista, revista e
respondida em infinitas ocasiões, se apresenta com uma aparente e inesperada
forma, fisgando com características absurdamente primárias mentes já
academicamente instruída.
Concluo assim
que, enquanto viver, serei aluna e o convívio com os demais, mas acima de tudo
comigo mesma, será meu tenaz professor.
Bom dia e que
este final de semana seja de buscas e conquistas, lições e aprendizados, mas
tudo com muitos sentimentos amorosos, lição absolutamente indispensável às
grandes, reais e poderosas necessidades individuais, únicos subsídios que nos
permitem sorrir, admitindo que a vida é bonita, é bonita e é bonita.
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