Se antes eu
apreciava o nascer de cada dia através da janela da sala, frente ao computador,
quis Deus que eu fosse mais além e por pequenos minutos agora posso admirar
esta grandeza da natureza, ainda deitada, num despertar simplesmente divino.
E aí, como um
filme, minhas lembranças me remetem à infância e aos meus anoiteceres e
amanheceres no verão carioca e do hábito familiar de dormir no amplo terraço do
apartamento, contando estrelas, para dormir mais rápido, dizia minha mãe, e
deixando a brisa marinha refrescar nossos corpos, assim como despertando com os
primeiros raios do sol.
“Ah! Que saudades que eu tenho da
aurora de minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais”, Casimiro de Abreu registrou em
versos esta maravilha e certamente o universo, generoso com quem o admira, reprisa
a cada manhã, para que não seja esquecido por ninguém a maior riqueza que um
ser vivo pode ter.
E entre a
contemplação e as recordações, penso no sentido maior de se vivenciar a Semana
Santa, que a meu ver, deveria ser a cada dia de todos os dias de nossas vidas,
sem maiores restrições, comidas especiais ou orações pontuais, mas tão somente,
com o respeito e a fraternidade, mensagem maior de Jesus, infelizmente, quase
sempre esquecida.
Que nestes
dias de desfrutes e orações, tudo que é especial e que verdadeiramente importa
em nossas vidas, seja absorvido pelas nossas mentes que, genuinamente sábias,
levarão às nossas almas, para que o restante de nossas vidas seja um fardo leve,
agradável de ser vivenciado...
Um beijinho
doce no coração de cada um de vocês, parceiros importantes e queridos, desta
forma contemporânea de comunicação.
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