Tenho
reparado que de uns tempos para cá, esta expressão tão simples tem caído em
desuso e o mais inexplicável é que inclusive vem ocorrendo em cidades
consideradas pequenas, justo porquê, de um jeito ou de outro, as pessoas pela
proximidade acabam se conhecendo, mesmo que apenas de vista.
Esta
proximidade oferecia um diferencial em relação às cidades maiores, o que atraia
a atenção, fazendo delas recantos bucólicos e acolhedores, mas parece que a
globalização com seus tendões agregativos, não só trouxe uma infinita interatividade,
como também vem induzindo silenciosamente as criaturas destes locais a copiarem
posturas que nada condizem com a fraternidade existente nas culturas
interioranas, transformando-as gradativamente em arremedos, cópias mal
elaboradas que as despersonalizam, tirando seus encantos naturais.
O bom dia, o
boa tarde ou o boa noite, não podem desaparecer, assim como o por favor, o
desculpe, o obrigado. Enfim, pequenas atenções que aprendemos a reconhecer como
atos de cortesia que corroboravam para uma convivência menos agressiva.
Assusta-me
pensar em como conviverão as próximas gerações sem as deliciosas atenções que,
por exemplo, recebi nesta manhã de sábado de algumas pessoas desta minha
querida Itaparica.
Que bom que
tem sobrado espaço na alma de ainda muitos que insistem em serem corteses,
fruto de uma educação doméstica que lá vai se esvaindo neste furacão de
modismos, individualismos e profunda solidão.
Obrigado
então a todos com quem tive o prazer de estar nesta manhã ensolarada, pois
enriqueceram o meu dia, adoçando meus instantes presentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário