terça-feira, 15 de março de 2016

PARA SE PENSAR...


As redes sociais deveriam pela lógica ser veículos instantâneos de comunicação, onde as pessoas pudessem ampliar seus círculos de amizades, além de serem mecanismos de interação e integração de conhecimentos, onde as opiniões diversificadas serviriam de parâmetros, possibilitando um enriquecimento pessoal sem limites, quanto à apreciação das infinitas visões interpretativas, fazendo dos contraditórios oportunidades preciosas para o exercício da tolerância e da reflexão.
Infelizmente, não tem sido estes os resultados possíveis de serem observados, ficando no máximo como um aglomerado de pessoas cujas visões em relação a determinados assuntos são absolutamente concordantes, não abrindo espaço para a bendita troca de visões, o que limita enormemente tirando a autenticidade dos relacionamentos, na medida em que se fecha neste ou naquele aspecto e, portanto, descaracterizando o propósito básico da troca saudável de experiências.
Essa distorção sorrateira, mas absurdamente destrutiva, se realça em épocas eleitorais, com trocas de insultos e agressões continuadas, quando existe alguma discordância religiosa, ou como tela da vaidade, onde a hipocrisia das curtições e comentários, são cruéis no explícito: “ME ENGANA QUE EU GOSTO”.
Lamentável que uma ferramenta desta natureza, fique absolutamente relegada a um patamar de mediocridade quase que absoluta.
Afinal, quem disse que discordar é sinônimo de brigar?
Quem disse que deveríamos banalizar as ofensas, dando beijinho no ombro e seguindo em frente?
Quem disse que colocar a cara no sol é o mesmo que defender ou atacar sem qualquer embasamento?
Quem disse que precisamos ser reféns do quase nada, tão somente pela insegurança de nos sentirmos perdidos em meio a uma globalização sem limites?
Quem disse que somos apenas um número estatístico, sem alma, inteligência e senso comum, precisando de aplausos por todo o tempo para nos sentirmos existindo?

Pense nisto..., afinal, pensar ainda é de graça e só depende de nós mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...