As redes
sociais deveriam pela lógica ser veículos instantâneos de comunicação, onde as
pessoas pudessem ampliar seus círculos de amizades, além de serem mecanismos de
interação e integração de conhecimentos, onde as opiniões diversificadas
serviriam de parâmetros, possibilitando um enriquecimento pessoal sem limites,
quanto à apreciação das infinitas visões interpretativas, fazendo dos
contraditórios oportunidades preciosas para o exercício da tolerância e da reflexão.
Infelizmente,
não tem sido estes os resultados possíveis de serem observados, ficando no
máximo como um aglomerado de pessoas cujas visões em relação a determinados
assuntos são absolutamente concordantes, não abrindo espaço para a bendita
troca de visões, o que limita enormemente tirando a autenticidade dos
relacionamentos, na medida em que se fecha neste ou naquele aspecto e,
portanto, descaracterizando o propósito básico da troca saudável de
experiências.
Essa
distorção sorrateira, mas absurdamente destrutiva, se realça em épocas
eleitorais, com trocas de insultos e agressões continuadas, quando existe
alguma discordância religiosa, ou como tela da vaidade, onde a hipocrisia das
curtições e comentários, são cruéis no explícito: “ME ENGANA QUE EU GOSTO”.
Lamentável
que uma ferramenta desta natureza, fique absolutamente relegada a um patamar de
mediocridade quase que absoluta.
Afinal, quem
disse que discordar é sinônimo de brigar?
Quem disse
que deveríamos banalizar as ofensas, dando beijinho no ombro e seguindo em
frente?
Quem disse
que colocar a cara no sol é o mesmo que defender ou atacar sem qualquer embasamento?
Quem disse
que precisamos ser reféns do quase nada, tão somente pela insegurança de nos
sentirmos perdidos em meio a uma globalização sem limites?
Quem disse
que somos apenas um número estatístico, sem alma, inteligência e senso comum,
precisando de aplausos por todo o tempo para nos sentirmos existindo?
Pense
nisto..., afinal, pensar ainda é de graça e só depende de nós mesmos.
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