Nesta ainda
madrugada, bisbilhotando o face, na compulsão gostosa de saber das novidades, e
etc e tal, revejo a foto que meu querido amigo Roberto Fialho Ribeiro postou,
assim como releio suas palavras de saudades e ao mesmo tempo de lamento, por
talvez não ter dito tudo quanto seu pai merecia escutar.
Dizer, por
exemplo, que o amava, comentar de sua elegância ou do quanto o admirava, sem
qualquer receio em estar sendo inoportuno, meloso ou coisa que o valha.
Pensando em
tudo isto, é claro que minha mente se volta imediatamente para os amores que se
foram de meu convívio, percebendo, tal qual o meu amigo Roberto, que mesmo espontânea,
brincalhona e naturalmente amorosa, eu poderia ter dito mais, abraçado mais,
sentido mais estas criaturas, que representaram a minha estruturação de pessoa
humana.
AH! O que eu
não daria para abraçar molecamente o meu sogro Tião Couto, minha sogra Zizita,
meu pai e minha mãe, meus amigos, alguns
como irmãos que foram companheiros fiéis de grande parte de minha jornada...
Todavia, o
que eu lamento, profundamente, foi a minha incapacidade em encontrar um só
caminho que pudesse ter rompido as barreiras da indiferença provocada pelos dez
anos que levei para nascer e que me distanciou de forma indelével, fazendo com
que eu não sentisse o carinho de meu único irmão, que poderia ter sido um
grande e inseparável amigo.
Lamento
jamais ter tido a oportunidade de dizer que ele era o meu ídolo e que eu queria
ser exatamente como ele, criativo, inteligente, honrado e lindo.
Talvez, por
esta razão, eu tenha tido o cuidado de não repetir o erro, e como sou exageradamente
amorosa em tudo que faço, me compensei emocionalmente, não poupando carinhos, palavras,
sorrisos, abraços, beijos, que dei e dou, de montão, que o diga o meu também
Roberto, que até quando dorme é abusado por mim!
Na realidade,
sempre somos capazes de expressar o nosso amor um pouco mais, basta que
fiquemos atentos, para não deixarmos este sistema maluco, nos confundir ou nos
atrasar no bendito exercício de dizer : Eu te amo.
Simples
assim ...
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