Estou a alguns dias tentando escrever sobre o natal
e nada, absolutamente nada surge em minha mente. De repente tudo que vejo é um
imenso branco.
Talvez seja o fato de que preciso ser o mais fiel possível
as tradições religiosas e sinceramente, com estas, eu não tenho qualquer
afinidade.
Por mais que eu me esforce, jamais consegui enxergar Jesus
como a maioria e muito menos relacioná-lo a festas totalmente destoantes da
concepção que tracei deste homem fantástico que optou em tirar de si, todo e
qualquer hipocrisia fundamentalista e abrir-se para a vida que ainda muito
jovem percebeu existir intensamente em si.
Jesus que despertou para os sentidos, lembrando-nos do
quanto precisávamos direcioná-los na formação de nossas emoções e consequentes
sentimentos.
Jesus que traçou éticas a serem compreendidas e aplicadas no
cotidiano das pessoas, buscando-as no interior de si mesmo no relacionamento
com o tudo o mais a sua volta.
Jesus que conseguiu se despir das vaidades, por compreender
que estas eram geradoras de inúmeras mazelas físicas e emocionais que
interferiam no convívio social.
Jesus que revolucionou a alma e a forma de condução postural,
fornecendo caminhos evolutivos de desenvolvimento sustentável da criatura
humana.
Jesus, forte, resistente e absolutamente suave que soube
conduzir a maior e mais concreta das revoluções que este mundo terreno, já tomou conhecimento.
Jesus do perdão e do entendimento quanto as fraquezas humanas
Jesus da generosidade, do companheirismo, da fraternidade.
Jesus da visão universal de um todo completo, onde cada
elemento seja humano ou não, tem sua preciosa parcela de importância na manutenção da
grandiosidade e completude do sentido da vida.
Jesus, sentimentos, orientação e
amor que abrigo em meu interior e cujo nascimento comemoro à cada amanhecer em
que me vejo e me sinto vida, numa permanente liberdade de existir.
Jesus que conseguiu na simplicidade genuína de seu ser, nos deixar o seu legado, num único e precioso ensinamento que nós, 2000 anos depois, ainda resistimos em aprender; "AMAI AOS DEMAIS COMO A SI MESMO".
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