Se para agirmos com ética em qualquer instância pessoal ou em sociedade, precisamos fazer escolhas e estas devem vir na sequência de análises, discussões e possíveis revisões pessoais, pois estas determinarão nossos atos e consequentes reações, como exercermos tão arriscada inerência cotidiana sem que recebamos uma gama variada e rica de subsídios que nos forneçam parâmetros?
Como decidirmos genuinamente, quanto as nossas escolhas, se de pronto estamos tolidos por leis de fundamentação moral que enterram sem qualquer direito a apelações, os valores que até à pouco, formaram nossos caráteres e consequentes escolhas?
Estariam todos os conceitos errados e teríamos vivido de forma inconsequente e desastrosa por todos os tempos?
Como vivenciar os novos valores de forma ética, dentro de um equilíbrio razoável de convivência tanto no pessoal quanto na sociedade, se a cada instante, vemos fenecer toda a conjuntura de valores éticos que representaram a nossa sustentabilidade pessoal?
Penso que a evolução dos costumes sempre existiu e é inerente a capacidade da criatura humana em pensar, ponderar e produzir a continuidade deste mesmo raciocínio, tornando-o o mais próximo possível de uma lógica universal, portanto, cercear seu instinto natural quanto a preservação de seus recursos subsidiados em sua formação cognitiva, talvez seja a mais violenta das agressões sem qualquer resquício de ética.
O que venho observando nas últimas décadas é exatamente este conflito de conceitos éticos que além de confundirem, cerceiam os direitos individuais da livre escolha, em nome da defesa deste ou daquele segmento que acredita estar absolutamente certo em suas convicções ideológicas de cunho emocional, que entendem, serem sistêmicos e universais.
Afinal, o bom senso e o reconhecimento do direito individual quanto a própria escolha, não deveria necessitar de leis que a blindasse, quanto as avaliações alheias,tão somente que garantisse a ela amparo e, portanto,, o status de permanência.
Historicamente, a imposição comportamental, baseada em verdades de grupos minoritários, não só tiveram consequências desastrosas, como jamais, fizeram parte de um contexto saudável evolutivo, representando atrasos extremamente danosos a raça humana e ao planeta como um todo.
Os reais efeitos colaterais da globalização indutiva, chegam em sua maioria de mansinho, tal qual o uso contínuo de drogas medicamentosas, impossível de se detectar os seus efeitos colaterais sem que haja tempo, observações e discussões à respeito, podendo levar inclusive a sua suspensão como ocorreu com fatos históricos que marcaram de forma indelével o currículo da humanidade.
O que de forma particular venho percebendo cada vez com mais nitidez é que não escaparemos dos efeitos colaterais, pois alguns aspectos já começam a se tornar explícitos nas sociedades do mundo em geral, mas que a médio e longo prazos mostrarão suas chagas e então, muitos aditivos serão necessários para que seja possível uma sobrevivência, sem que seja possível deter-se o atraso que ocorrerá, pois a reconstrução do âmago social terá prioridade como ocorreu em outros tempos, onde o homem se perceberá em agonia social, quanto ao restauro de uma ética postural que seja universal, mas que tenha como fundamento maior, o bem estar da liberdade de todos, respeitando-se a individualidade na sua máxima quanto aos limites de seus direitos em relação ao outro.
Bom seria que nos fosse oferecido na infância ensinamentos de conduta existencial em conjunto com todos os demais aprendizados primários, como ter autonomia quanto a urinar e defecar.
Mas como seria possível, se sequer nos percebemos sendo unidades especiais, deste contexto fabuloso que é a vida?
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domingo, 26 de outubro de 2014
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