E cá estamos
novamente em meio as disputas políticas, onde interesses diversos se mesclam,
abrindo passagem para um certo comportamento, tipo: “tudo é permitido” que
muitas vezes, grandes pensamentos, produtivos debates são sufocados, justo pela
intolerância de se conviver com o contraditório.
E nesse
estado de incapacidade de interlocução, fecham-se brechas de mil universos de
enriquecimento pessoal, assim como de um contínuo aprendizado, quanto aos
pensamentos ditos contrários.
Pessoalmente,
jamais consegui ser partidária na política ou em qualquer área da convivência
humana, afora minha paixão pela vida em sua universalidade e, então, só consigo
pensar no conjunto e nas suas peculiaridades e por elas, tentar aprender mais e
mais a cada dia.
Todavia, se
não encontrar parceiros com os quais eu possa externar meus pensamentos,
encontrando neles a benevolência de comigo dissecar um ponto de vista, como
poderei continuar a aprender crescendo nos meus entendimentos?
O fato de eu
escolher um lado, onde exponho minhas angústias pessoais em relação ao meu país
e a forma com a qual, os sucessivos e diferenciados governos tratam seus
cidadãos mais carentes não faz de mim uma seguidora cega às mazelas internas do
grupo e tão pouco, limita-me o reconhecimento das grandezas dos demais e finalmente
jamais me enfeitiçou a ponto de me tornar irascível, truculenta e desrespeitosa
seja com quem for.
Boazinha, politicamente correta?
Em hipótese
nenhuma, tão somente, sinto-me um ser que existe e pensa e com outras infinitas
benécias existenciais, portanto, no mínimo preciso aperfeiçoar por todo o tempo
minhas condutas pessoais para não fazer de minhas lógicas, facas afiadas e
instrumentos de discórdia.
Jamais fui
contra o PT, assim como a qualquer outro partido político, tão somente lamento
o enfraquecimento de seus propósitos de base, o desvirtuamento da própria trajetória,
enquanto, cria-se ser em prol do bem comum e esta premissa, para mim não pode
se resumir a assistencialismo desmedido em detrimento dos valores sociais de
amplitude universal.
Utopia?
Talvez seja
em meio a uma inversão de valores éticos, que confundem até mesmo o mais
centrados dos idealistas, como é fato, possível de ser comprovado nos últimos
30 anos, sejam eles de que partido forem.
Utopia ou
não, prefiro ficar com a pureza das respostas das crianças, esperando que
através delas um dia a democracia em meu país seja tão ampla quanto a sua
extensão territorial e mais sólida quanto o poder criativo de sua gente.
Que é bonita
é bonita e é bonita...
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