Dizem que
recordar é viver e reviver momentos especiais e, gente, não é que é verdade...
Hoje por
exemplo, do nada, lembrei do dia em que minha mãe cedeu aos meus insistentes
pedidos e me levou numa sorveteria na orla de Copacabana para saborear o tão
sonhado e famoso lançamento que estava na moda e nos desejos juvenis: “banana split”.
Nem eu
sequer imaginava o que seria a tal da banana split, além de deduzir que seria
feito à base de bananas, mas a imaginação criara fantasias e sabores estupendos
e, de repente, quando finalmente a garçonete colocou a travessa diante de mim,
o silêncio da decepção foi tanto que só me lembro da gargalhada de minha mãe,
sempre muito palhaça e bem- humorada, dizendo:
- Mas é isso
que você queria? Por que não me explicou que eu teria feito lá em casa e bem
mais barato.
Pois é,
recordar esta decepção, não me faz esquecer das delícias da sorveteria de
frutas do Morais na Visconde de Pirajá, esquina com Garcia D’avila, em Ipanema
no Rio de Janeiro, onde saboreei incansavelmente o sorvete de milho verde mais
saboroso do mundo, assim como era possível encontrar o bendito cuscuz de
tapioca com coco, inigualável...
Os donos
eram portugueses, mas as almas com certeza eram baianas.
Faltam dois
dias para o ano terminar e tudo que me vem a cabeça são recordações
gastronômicas.
Que coisa,
hein!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário