domingo, 30 de dezembro de 2018

Banana Split


Dizem que recordar é viver e reviver momentos especiais e, gente, não é que é verdade...

Hoje por exemplo, do nada, lembrei do dia em que minha mãe cedeu aos meus insistentes pedidos e me levou numa sorveteria na orla de Copacabana para saborear o tão sonhado e famoso lançamento que estava na moda e nos desejos juvenis: “banana split”.

Nem eu sequer imaginava o que seria a tal da banana split, além de deduzir que seria feito à base de bananas, mas a imaginação criara fantasias e sabores estupendos e, de repente, quando finalmente a garçonete colocou a travessa diante de mim, o silêncio da decepção foi tanto que só me lembro da gargalhada de minha mãe, sempre muito palhaça e bem- humorada, dizendo:

- Mas é isso que você queria? Por que não me explicou que eu teria feito lá em casa e bem mais barato.

Pois é, recordar esta decepção, não me faz esquecer das delícias da sorveteria de frutas do Morais na Visconde de Pirajá, esquina com Garcia D’avila, em Ipanema no Rio de Janeiro, onde saboreei incansavelmente o sorvete de milho verde mais saboroso do mundo, assim como era possível encontrar o bendito cuscuz de tapioca com coco, inigualável...

Os donos eram portugueses, mas as almas com certeza eram baianas.

Faltam dois dias para o ano terminar e tudo que me vem a cabeça são recordações gastronômicas.

Que coisa, hein!...

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