sábado, 20 de outubro de 2018

BABOZEIRAS FEMINISTAS



Quem foi que disse que mulher executiva, seja lá em qual profissão for, não pode também ser mãe, dona de casa, adorar cozinhar e ser ainda uma mulher cheirosa, boa de cama e feliz?
Por que temos que escolher ser isto ou aquilo quando podemos ser tudo, pois temos natureza para tal, sem precisarmos nos lamuriar pelas jornadas duplas, triplas, sendo simplesmente as protagonistas de nossa história de apenas mulher.
Incoerência geral é querer se casar, ter filhos, manter uma profissão promissora e ainda ficar lamentando as duras jornadas, se é previsível e sem qualquer surpresa as inerências que advém de tantos desejos e consequentes realizações.
Falo por experiência própria, pois trabalhei a vida inteira, eduquei dois filhos, cozinhei os mais saborosos quitutes, lavei pilhas imensas de fraldas de pano, quando o dinheiro era escasso, amei maravilhosamente bem.
Parece que é vergonhoso se mostrar feliz, fazendo tarefas comuns e corriqueiras, aliadas às profissões de destaque, numa cafonice triste e deformante, pois erradica o carinho e a imensa carga amorosamente emocional que, geralmente, nós lindas mulheres somos capazes de imprimir às nossas tarefas, sejam elas quais forem.
Agora, que é estafante e que muitas são as vezes que desejamos simplesmente desaparecer para apenas descansar, também não nego, mas, quando enxergamos um sorriso translúcido de um filho ou apreciamos nossa família comendo uma refeição que fizemos com apuro, tudo volta ao normal, tudo passa a valer a pena e a vida se renova, ficando o tudo mais como baboseiras feministas, de quem pouco entende de amor.
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