domingo, 15 de fevereiro de 2015

DONDE VIM...


São cinco horas da manhã, o dia ainda tímido em sua luminosidade, mas absolutamente desperto em seu cotidiano, já me presenteia com seus sons e aromas e, enquanto isto, delicio-me com a única certeza que me envolve e me move, que é a de me sentir viva, saudável e com um sentimento maior de gratidão, por poder estar neste exato momento, sentindo as brisas ainda frescas, tocarem o meu rosto, como se quisessem não me deixar esquecer de que a vida é sempre bonita  e que o todo restante, terá exatamente, a cor, os aromas e o ritmo que eu determinar.
Penso no ritmo, porque afinal, estamos no domingo de carnaval com o agravante de ser o carnaval da Bahia. Todavia, penso que ainda assim, o ritmo quem determina sou eu, seja aqui e agora ou em qualquer época de nossas vidas.
Enquanto escrevo, ouço a cantoria dos pássaros e penso imediatamente nas maritacas e nos abacates de meu sítio das montanhas de Minas, donde vim e que, neste instante, sinto doces saudades.
Fecho os olhos, respiro fundo e sinto o cheirinho da vegetação que sempre me abasteceu para eu não esqueça, que o  determina o hoje é a minha capacidade em não esquecer o ontem, fazendo dele, tão somente, um rico aprendizado, para que a cada instante, minhas passadas se tornem mais suaves e a carga dos anos vividos, assim, nem tão pesados.

Apaixonada, mas também saudosa, abraço a vida e a todos  vocês.

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