quarta-feira, 27 de novembro de 2013

AO MESTRE COM CARINHO


            Três botões de rosas que surgiram e desabrocharam praticamente ao mesmo tempo, como se houvesse um acordo pré-estabelecido para que, ao vê-los, minha surpresa fosse ainda maior.
            Assim é a vida que se apresenta dividida em três tempos: o nascer, o vivenciar e o morrer.
A base de todos os meus estudos tem como propósito levar a criatura humana a buscar o equilíbrio, na aceitação da morte para que esta compreensão, consiga induzi-lo a uma vivência mais plena quanto ao reconhecimento desta sua presença na vida e no quanto ela é vulnerável e finita.
Quanto maior é o entendimento e aceitação da finitude, maior é o respeito ao momento presente, aos instantes que o forma e o qualifica.
A criatura que consegue este grau de compreensão respeitosa de seu tempo, reconhecendo a certeza de seu fim, que pode ser em qualquer desses instantes, não se permite maculá-los, destruí-los em nome de absolutamente nada.
Além disto, a criatura se torna um ser mais forte, mais objetivo e, acima de tudo, incapaz de aceitar algo ou uma situação que possa estragar ou destruir o tempo que ainda lhe resta.
Ela simplesmente se torna amorosamente seletiva, não permitindo invasões que reconhece serem inúteis, tornando-se uma criatura mais coerente, mais sensata e muito mais respeitosa com os instantes dos demais, sejam humanos ou não.
Atualmente é possível observar-se os doutores da Educação formal, defenderem a tese de que os ensinamentos básicos da sustentabilidade do meio ambiente devem ser inseridos no curriculum escolar.
Penso que seria o ideal, mas creio que se não houver a inserção do fundamentalismo da vida como um todo a partir de si mesmo, em nada surtirá efeito, já que a criança precisa prioritariamente se reconhecer vida para, então, desenvolver a habilidade em conservá-la.
Independentemente de qualquer iniciativa que venha de encontro ao entendimento dos cuidados que se deva a ter com a melhora do convívio com o meio ambiente, torna-se necessário que a criança seja induzida a pensar em si como corpo e mente, parte energética de um todo no qual ela é tão somente uma fração, mas cuja importância no somatório é determinante.
A criança precisa ser orientada a pensar nas suas ações em função das reações que delas advirão.
Portanto, as rosas existem em meu quintal e, delas, faço o néctar destes meus instantes que não sei quando se findarão, mas que por enquanto são bonitos, muitos lindos e totalmente reais.
Nesses meus instantes presentes, penso em mim e na vida que represento, penso em você que me lê e penso nas rosas, afinal, conjunto perfeito de uma mesma grandeza.


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Neste amanhecer o tudo de bom está acontecendo e ao ler esta minha afirmativa, provavelmente alguns dirão que sou uma idiota da terceira ida...