Penso
nisso e escrevo, pois só escrevo o que posso observar e pensar a respeito das
sensações que reconheço em mim, através de minhas posturas pessoais em relação
ao outro e esse mecanismo básico e, portanto, primário faz de mim, tão somente,
um pessoa em busca diária de aprendizado, crendo sem quaisquer dúvidas que o
poder de raciocínio interpretativo, precisa ser encarado como uma necessidade a
ser inserida nas escolas, onde as disciplinas básicas devem abrir espaço para o
senso necessário de aprender a aprender, através justo do conceito natural da
busca do pertencimento que antes de qualquer outra importância, garante o
despertar da lógica e da sobrevivência pessoal através do amparo coletivo
Dentre
todas as distorções que podem ser encontrados nos relacionamentos humanos,
provavelmente, a falta de observância ao devido e contínuo aprendizado em
qualquer área ou dimensão, seja o mais expressivo, pois possibilita o
surgimento de uma infinidade de posturas que são antecessoras de males sociais
que assolam comunidades e por consequência, cidades, formando verdadeiros
exércitos de criaturas atávicas, cujas vidas se estagnam, acompanhando no
sentido inverso, a progressão natural do desenvolvimento humano, partindo-se do
princípio que a criatura humana é dotada de uma lógica progressista que lhe
garante por toda a sua existência, um caminhar envolto na busca pessoal de
melhor se adaptar ao coletivo.
Daí,
dizer-se que a consciência coletiva, surge a partir da consciência individual e
para que esta se forme é necessário que exista um conjunto de informações que
independam de uma formação formal, mas que estejam inseridas na formação
cultural, através da educação chamada de doméstica ou inseridas como reeducação
existencial social, através de agentes formadores de conceitos coletivos,
através do realce de conceitos lógicos coletivos, baseados no conceito básico
de bem e mal, sem vínculo religioso de qualquer natureza, somente embasado no
reconhecimento sensitivo e lógico da criatura consigo mesmo e na sua relação com
o tudo mais, formando assim um sentido de pertencimento que induz ao sentido de
responsabilidade e estes ao sentido de proteção e alto-preservação,
manifestações absolutamente naturais.
Os
conhecimentos científicos e tecnológicos chegam a cada milionésimo de segundos,
ampliando o campo de exploração e consequente entendimento da vida e é preciso
que a criatura esteja consciente de seu papel neste processo, compreendendo a
responsabilidade da sua ocupação espacial, assim como no reconhecimento da
importância de sua existência não só para si mesmo, como para o conjunto de seu
universo comunitário social e ambos para o todo existencial.
Quanto
mais esclarecimento advir através do reconhecimento dos detalhes básicos da
observância do bem e do mal pessoal e coletivo, maior será a consciência
coletiva e maior será ampliada a sensação de pertencimento que propiciará um
equilíbrio harmonioso entre o ser e o ter entre o eu e você.
Esse
atropelo sistemático, possível de ser observado nos relacionamentos de todas as
ordens, expressa a desordem lógica e sensitiva em que as criaturas se encontram
inseridas, levando-as a conflitos em sua maioria desnecessários, uma vez que o
sentido de bem e do mal existe, através das leis e das normais estabelecidas
nas sociedades civilizadas e deveriam se sobrepor ao exclusivismo, assim como
os parâmetros hierárquicos se perderam em meio à profusão de multiplicidades de
modelos familiares, confundindo e retirando da criatura em seu período de
formação psicológica pessoal e social, todos ou quase todos os parâmetros de
norteamento em seus primeiros passos de convívio existencial também de qualquer
natureza, recaindo o peso deste desiquilíbrio ao professor e a escola que sem
dúvidas se encontram absolutamente despreparados para tão importante
atribuição, afinal, a criança precisaria ser conduzida em seu todo.
Levando-se
em consideração a ultrapassada fórmula de preparação profissional dos mesmos e
o reconhecido declínio de qualidade do sistema educacional, principalmente do
ensino público, acredito que somente a adição de um espaço dedicado a
recapacitação dos profissionais na própria unidade no qual ele se encontra
inserido, onde os problemas existentes, poderiam ser identificados e
discutidos, buscando-se soluções práticas e viáveis, inclusive, congregando-se
a comunidade nas discussões, pesquisas e amparos devidos é que poder-se-ia
sonhar-se com mudanças a médio e longo prazos, onde então, iria-se levar em
doses constantes, a indução lenta e gradativa do reconhecimento da necessidade
de se acreditar que através do individual, a criatura humana é capaz de
capacitar-se a unir-se aos demais e assim, proceder ao tão falado e tão pouco
exercido, bem comum.
Nunca
houve em tempo algum como do século passado até o dia de hoje, projetos e
estudos nas áreas educacionais e psicológicas, entretanto, em sua maioria se
perdem nas suas aplicabilidades, justo por não encontrarem a devida
qualificação dos profissionais envolvidos no processo, além de uma poderosa
burocracia que emperra movimentos espontâneos, tirando das gestões educacionais
a liberdade necessária que precisariam ter para exercitarem seus
desenvolvimentos intelectuais e até mesmo suas percepções de necessidades
detectadas em seus espaços operacionais, induzindo a acomodação, a banalização e
consequente estagnação dos profissionais que se reflete no conjunto de sua
atuação e nos resultados de um todo educacional.
Equilíbrio
coletivo só pode ser idealizado, a partir do entendimento cognitivo do
sujeito, como uma fração de um todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário