Parece-me que foi ontem que tudo começou, mas que nada, lá se vão 8 anos, onde foram necessários um passinho atrás do outro, perseverança frente as naturais dificuldades possíveis de se encontrar em locais onde chegamos, como ilustres desconhecidos, otimismo que somente os sonhadores são capazes de produzir, mesmo tendo a incerteza e as poucas probabilidades, a coragem que é movida pelo amor pelo que se pretende fazer, enfim, uma jornada que começou na estrada certa e que mês a mês veio se consolidando em forma de respeito e apoio de nossos parceiros patrocinadores e de nossos féis e participativos leitores.
Falar mais o quê, que não tenhamos falado nestes anos que se
seguiram que possa ser mais expressivo que o nosso muito obrigado a todos desta
bendita ILHA DE ITAPARICA que nos acolheram e nos permitiram demonstrar a que
viemos.
Viemos em busca de paz e a encontramos, no amparo silencioso
da segurança, nas oportunidades e na consistência de uma bela comunidade.
O VARIEDADES, que nasceu em 04 de abril de 2004, teve e tem
como objetivos, além de ser um ganha pão digno e respeitoso, ser acima de tudo
um registro sério, verdadeiro e coerente com a história do cotidiano da Ilha
como um todo, criando interação, proporcionando
meios participativos, fazendo-se
por todo o tempo um veículo integrado,
sem cópias de modelos outros, mas apenas ele mesmo, com suas grandezas e
falhas, mas sempre transparente nas suas mensagens e registros, sejam sociais
ou políticos.
Quando estamos distribuindo o Variedades pessoalmente a cada
mês, nas ruas, nas lojas e nas esquinas , sentimo-nos abastecidos de um orgulho
saudável, primeiro porque somos maravilhosamente bem recebidos onde quer que
estejamos e, depois, porque cada exemplar é como um filho amado que queremos
ter a certeza de estar sendo conduzido corretamente, daí, não repassarmos a
ninguém esta tarefa que sempre nos parece única e, portanto, intrasferível.
Coisa de pessoas apaixonadas pelo que fazem e para quem
fazem. Babaquice de gente que não se importa de ser tal como é, agradecido,
leal, respeitoso e com uma visão passional da grandeza de poder estar vivendo
em um local como a Ilha de Itaparica, onde os rostos não são desconhecidos e a
sensação de solidão fica tão somente reservada “aos poucos poetas”, como Rainer Maria Rilke descreveu em Cartas a um jovem
poeta.
Gostaríamos de a cada ano poder oferecer uma festa de
agradecimento, mas como não podemos, então, optamos em oferecer mais e mais a
nossa dedicação, polindo dia a dia nossas posturas pessoais e profissionais.
Neste ano, somamos às nossas atividades a participação na
RÁDIO TUPINAMBÁ com o SHOW
DA MANHÃ, que vai ao ar de segunda a sexta –feira, das 9 às 11 horas,
por entendermos que independentemente de ideologias, partidarismos e
preferências pessoais, somos profissionais que não se furtam aos desafios que
surgem e que tenham em seus propósitos levar às outras pessoas alegria,
informação, resgate de cultura e parâmetros educacionais, por também
acreditarmos que somente através dos saberes e da participação cotidiana com o
próprio universo pessoal é que se torna
possível pensar-se e consequentemente alterar-se qualquer realidade que nos
pareça pouco justa neste ou naquele aspecto do contexto social.
Talvez, fosse mais cômodo e seguro e principalmente
lucrativo, tão somente ficarmos como sabonetes escorregadios, deslizando
suavemente pelos corpos que se apresentassem, mas não podemos, pois fomos um
dia que já vai longe, contaminados com a bactéria da ética, hoje em desuso e
fora da moda, e que persistente e incurável, infelizmente nos impede de ter o
último modelo disto ou daquilo, mas que nos torna poderosos e tudo podendo,
frente as portas da dignidade que jamais se fecham, fazendo de nós e do nosso
jornalzinho, um cartão mensal de respeito a vida e a todos que conosco
compartilha.
No mais, a partir desta edição de número 89, iniciamos mais
uma jornada através deste ano de 2012, esperando continuar merecendo o apoio
através de um trabalho sério, mas absolutamente sem “MEDO DE SER FELIZ”, mensagem
que utilizamos como refrão carinhoso, já que acreditamos que sem coragem,
determinação e alegria, torna-se impossível verdadeiramente nos sentirmos
integrados e capazes de sermos mais que apenas mais um, para nos tornarmos
unidades agregadoras em nossos universos pessoais.
Um beijo carinhoso.
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