Em todas as vezes que assisto à aula de antropologia filosófica e etc e tal,deprimo-me ao constatar que alguns professores se fecham nos conceitos acadêmicos, não abrindo espaço para, pelo menos reconhecer que existem, se não grandes pensadores como Sócrates, Platão e tantos mais, outros humanos que dedicam suas vidas a encontrarem respostas para aspectos já pensados, mas que evoluíram tal qual a humanidade em seus sistemas sociais.
Percebo uma arrogância limitadora que me assusta. Um preconceito sem noção de existir, ainda mais dentro de um centro que se propõe a formar professores que a Priore, darão aulas para adolescentes e que, portanto, devem desenvolver suas habilidades educadoras no sentido de estimular os mesmos a buscar o criativo prazer de pensar, para saírem ou não entrarem nas mesmices sistêmicas, onde Kant, certamente pouco fará sentido em suas mentes se a ele não for adicionado o gosto da observação contestadora frente a um novo foco que possam vir a se defrontar.
Estimular o livre pensar, leva as pessoas a se interessar pela leitura e consequente escrita, fortalecendo a mente em seus raciocínios que aí sim existirão, permitindo que esta, deixe fluir toda a sua capacidade de inovar, o que vê , ouve ou sente.
Conversando com colegas de curso na hora do RECREIO, ficamos unânimes em nossas decepções, lamentando profundamente que ainda exista a cegueira existencial em um meio que naturalmente deveria existir, uma luz nas trevas.
Viva, portanto, Professores Darci Ribeiro, Ernesto Carneiro Ribeiro, Paulo Freire e uma infinidade de pensadores contemporâneos que transformaram a filosofia em uma ciência prática, direta e eficaz em benefício dos seres humanos no esforço que só os dedicados e apaixonados são capazes, desejosos em criar gerações mais centradas na responsabilidade em ser seres estimulados à cuidar de si e do tudo do todo, no qual se encontram inseridos.
Seus saberes , buscaram e muitos ainda buscam e certamente outros virão buscar a essência de cada coisa com a qual a criança e o adolescente precisam lidar, justo para se estruturarem, garantindo assim um desabrochar de adulto ético, com a vida que, aí sim, será capaz de reconhecer, entendendo, e acima de tudo, compreendendo sua infinita grandeza.
Se isto é um sofisma, viva então os maravilhosos sofistas que com suas falas , escritas e pensamentos, traduziram, reescreveram e finalmente criaram, saberes que se tivessem sido respeitados em uma democracia de verdade, se a tivéssemos, com certeza, a falência, a evasão e o baixo nível educacional, provavelmente estariam bem menor, assim como todos as mazelas que, galopantemente invadem tudo que nos envolve.
Todavia, ao invés disto, são alguns citados sem qualquer maior envolvimento, cedendo lugar, tão somente aos pré-concebidos que cá pra nós, não fazem e jamais farão sentido em sua totalidade em mentes ainda em formação, com o agravante da ainda fome, fraqueza física e da ignorância de letramento na qual, cada vez mais estão inseridos. Bom seria, que os senhores mestrados e doutorados, saíssem de seus postulados seguros e visitassem com suas devoções de estudiosos da filosofia e o coração de benevolentes, as escolas públicas de nosso país, principalmente as das cidades pobres do norte e nordeste, para então poderem in loco constatarem o absurdo de uma formação totalmente utópica, inútil e abestalhada que serve tão somente para alimentar a vaidade daqueles que não conseguem pensar objetivamente no bem comum.
Para um bacharelado, tudo bem, creio ser o caminho ideal, mas para a formação de futuros professores brasileiros, me poupem...
Mas quem sou eu, não é mesmo?
Ainda mais, frente a Sócrates, Platão, Kant e fugindo um pouco e estendendo a outro contesto; Moisés e a tábua dos 10 mandamentos...
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