terça-feira, 26 de abril de 2011
APENAS SÓ
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Continuação - HAVIA TEMPO II
HAVIA TEMPO II
quarta-feira, 13 de abril de 2011
TOLERÂNCIA GENEROSA
Ontem, fui dormir muito tarde e enquanto rolava na cama, buscando o bendito sono que o meu vizinho insistia em afastar com o seu som alto, pensei no quanto pode ser difícil uma convivência.
No quanto se torna necessário buscar-se o equilíbrio interior, a razão consciente e o amor que a tolerância generosa faz crescer dentro de cada um de nós.
Alguns dirão:
- O que o amor tem a haver com a tolerância generosa?
Creio que tudo, afinal, quando desenvolvemos a tolerância, automaticamente estamos fazendo um exercício duplo de amor, primeiro a nós mesmos, e depois ao foco a ser tolerado, lançando, sobre ele, toda a nossa capacidade respeitosamente compreensiva, frente ao entendimento de que no mínimo estamos diante de um ser ignorante, incapaz de perceber a extensão de sua total inadequação.
Continuarão a dizer:
- Não seja ingênua, as pessoas sabem quando estão invadindo o direito alheio.
Concordo, entretanto, se ainda assim o fazem é porque não conseguem mensurar suas próprias inadequações em relação a si mesmas e, como idiotas existenciais, expõem-se muitas vezes por nada, correndo riscos desnecessários, já que no seu cotidiano, certamente, devem existir outros tão ignorantes quanto ele.
E aí, bem... tudo pode acontecer.
Não é mesmo?
Pois é, fiz o meu exercício de amor generoso ontem e, agora, aqui bem quietinha, pois a peça rara parece que ainda dorme, penso que talvez, em um rasgo de sorte, ele decida ler um livro, beijar na boca, ir a um barzinho, quem sabe sair com um novo bofe, se é que tem alguém que queira este traste e, quem sabe, me deixe dormir mais cedo nesta noite de quarta-feira.
Penso, ainda, que se nada disto acontecer e eu tiver que novamente rolar na cama, que pelo menos ele não me faça ouvir os tais arrochas da vida que ele parece adorar.
Que se inspire em algo melhor para exercitar sua ignorância sistêmica, seu apagão mental, sua abestalhação intelectual, porque afinal, generosa eu sou, mas meu ouvido não é pinico para ser depósito da merda alheia.
Que coisa, heim!
E eu ainda escrevo que viver é fácil!
Vai nessa, vai...
terça-feira, 12 de abril de 2011
HAVIA TEMPO
Havia tempo, não resta qualquer dúvida. A vida parecia mais lenta, mais próxima de cada pessoa e, portanto, era de certa forma mais visível, nem que fosse um tantinho mais, digamos, íntimo.
Na realidade, eu me sentia mais familiarizada com o que eu via ou sentia ou talvez, haja enganos de minha parte e tão somente por ser muito jovem, apenas absorvia dentro de um parâmetro mais poético e bem mais romântico do que a realidade se apresentava.
Não tenho condições de definir, neste instante, o tempo que havia em contraponto com o tempo que parece sempre faltar.
Tudo que sei é que as coisas boas, gostosas de serem vividas, simplesmente em sua maioria, foram ou estão sendo sistematicamente cortadas do cotidiano em nome da pressa, da falta de tempo ou apenas por pura banalidade de não fazerem mais sentido nos tempos modernos.
Olho nos olhos das pessoas, não importando aonde e as sinto tão solitárias...
E aí, lembro de minha Ipanema colorida, de prédios elegantes convivendo harmoniosamente com a favela Praia do Pinto, do Clube Caiçaras, da AABB, do Monte Líbano, lugares de convivência após as aulas.
Recordo do Cine Pax, da Igreja e Praça Nossa Senhora da Paz, da Lagoa Rodrigues de Freitas, do Posto Onze, aonde por 18 anos bronzeei minha pele e aprendi a amar o mar.
O tempo parecia se estender, pois dava tempo para fazer de tudo um pouco.
Dava até tempo para escrever poesias, compor músicas, pintar quadros, escolher, enfim, ser artista.
Dava tempo de ir à escola, freqüentar festinhas, fugir da policia nas passeatas e se tornar subversivo.
Dava tempo de amar no escurinho, escolher assistir um filme no Drive-in, tomar um sorvete no Morais, pedalar pela Rua Barão da Torre e escutar na vitrola um novo som chamado Bossa Nova. Atividades dos anos 60, onde o tempo parecia maior ou talvez fosse a vontade de muito viver que fazia daquela geração, uma exaltação à paixão.
Havia tempo para ler Carlos Drumond, Vinicius de Morais, RilKe e tantos mais que me ensinaram a gostar da formação que sempre é possível se dar às letrinhas para com elas expressar sentimentos.
Havia tempo para andar de ônibus, tirar onda com o carro alheio, ir aos bailes do Hotel Glória e assistir a querida Mangueira com seu verde e rosa brilhantes, desfilar na avenida.
Havia tempo para não fazer absolutamente nada ou quando muito olhar à toda volta, absorta com toda aquela maravilha que significava vida.
Havia tempo, para se dar o bom dia e boa tarde, e ambos se encontravam com o boa noite, fazendo assim amigos.
Havia tempo para se dar sorrisos que abriam portas e escancaravam corações, assim como nutria a alma, trazendo felicidade, produzindo silenciosamente lembranças, que resgato agora.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
RECORDANDO ATÉ O SABUGO
domingo, 10 de abril de 2011
O FALSO BOM SAMARITANO...
terça-feira, 5 de abril de 2011
DESANIMADOR
Em todas as vezes que assisto à aula de antropologia filosófica e etc e tal,deprimo-me ao constatar que alguns professores se fecham nos conceitos acadêmicos, não abrindo espaço para, pelo menos reconhecer que existem, se não grandes pensadores como Sócrates, Platão e tantos mais, outros humanos que dedicam suas vidas a encontrarem respostas para aspectos já pensados, mas que evoluíram tal qual a humanidade em seus sistemas sociais.
Percebo uma arrogância limitadora que me assusta. Um preconceito sem noção de existir, ainda mais dentro de um centro que se propõe a formar professores que a Priore, darão aulas para adolescentes e que, portanto, devem desenvolver suas habilidades educadoras no sentido de estimular os mesmos a buscar o criativo prazer de pensar, para saírem ou não entrarem nas mesmices sistêmicas, onde Kant, certamente pouco fará sentido em suas mentes se a ele não for adicionado o gosto da observação contestadora frente a um novo foco que possam vir a se defrontar.
Estimular o livre pensar, leva as pessoas a se interessar pela leitura e consequente escrita, fortalecendo a mente em seus raciocínios que aí sim existirão, permitindo que esta, deixe fluir toda a sua capacidade de inovar, o que vê , ouve ou sente.
Conversando com colegas de curso na hora do RECREIO, ficamos unânimes em nossas decepções, lamentando profundamente que ainda exista a cegueira existencial em um meio que naturalmente deveria existir, uma luz nas trevas.
Viva, portanto, Professores Darci Ribeiro, Ernesto Carneiro Ribeiro, Paulo Freire e uma infinidade de pensadores contemporâneos que transformaram a filosofia em uma ciência prática, direta e eficaz em benefício dos seres humanos no esforço que só os dedicados e apaixonados são capazes, desejosos em criar gerações mais centradas na responsabilidade em ser seres estimulados à cuidar de si e do tudo do todo, no qual se encontram inseridos.
Seus saberes , buscaram e muitos ainda buscam e certamente outros virão buscar a essência de cada coisa com a qual a criança e o adolescente precisam lidar, justo para se estruturarem, garantindo assim um desabrochar de adulto ético, com a vida que, aí sim, será capaz de reconhecer, entendendo, e acima de tudo, compreendendo sua infinita grandeza.
Se isto é um sofisma, viva então os maravilhosos sofistas que com suas falas , escritas e pensamentos, traduziram, reescreveram e finalmente criaram, saberes que se tivessem sido respeitados em uma democracia de verdade, se a tivéssemos, com certeza, a falência, a evasão e o baixo nível educacional, provavelmente estariam bem menor, assim como todos as mazelas que, galopantemente invadem tudo que nos envolve.
Todavia, ao invés disto, são alguns citados sem qualquer maior envolvimento, cedendo lugar, tão somente aos pré-concebidos que cá pra nós, não fazem e jamais farão sentido em sua totalidade em mentes ainda em formação, com o agravante da ainda fome, fraqueza física e da ignorância de letramento na qual, cada vez mais estão inseridos. Bom seria, que os senhores mestrados e doutorados, saíssem de seus postulados seguros e visitassem com suas devoções de estudiosos da filosofia e o coração de benevolentes, as escolas públicas de nosso país, principalmente as das cidades pobres do norte e nordeste, para então poderem in loco constatarem o absurdo de uma formação totalmente utópica, inútil e abestalhada que serve tão somente para alimentar a vaidade daqueles que não conseguem pensar objetivamente no bem comum.
Para um bacharelado, tudo bem, creio ser o caminho ideal, mas para a formação de futuros professores brasileiros, me poupem...
Mas quem sou eu, não é mesmo?
Ainda mais, frente a Sócrates, Platão, Kant e fugindo um pouco e estendendo a outro contesto; Moisés e a tábua dos 10 mandamentos...
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ESPLENDIDO GOZO
De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...
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Em respeito aos milhares de seguidores de minha página e especificamente das lives que posto no facebook, desde 19 de agosto de 2020, se...