domingo, 10 de março de 2019

“LICENÇA MORAL”



 Creio que desde sempre, cada um de nós, vez por outra, deixa aflorar este comportamento aparentemente inofensivo e por ser tão corriqueiro e inserido em nosso contexto sistêmico, sequer nos damos conta.
Crescemos ouvindo comentários clássicos, tipo:
“Ele rouba, mas faz.”
E aí, passamos a acreditar que atos benevolentes e subsequentes aos maus hábitos, são perdoáveis e nos justifica se agimos dessa forma, desde as atitudes mais ignóbeis as mais simples como expor as nossas arrogâncias, fraudar o IR, não devolver um troco que nos foi dado errado, apoiar e aplaudir políticos comprovadamente corruptos, só porque nos garante algum benefício pessoal e por aí, vai...
Na psicologia social, segundo a comentarista da revista Veja de 07 de março de 2018 Natália Cuminale, “Licença Moral” é o consentimento que autoriza as pessoas que praticam uma boa ação a compensá-la com o avesso ou seja: quando alguém está certo de ter feito o bem, com paixão e generosidade, pode sentir-se liberado para fazer o mal, com posturas egoístas, preconceituosas, antiéticas e corruptas.


Um comentário:

  1. Quase via de regra é isto. A proeminência não raro escapa da incoerência. Grato pela reflexão. Abraço

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