Creio que desde sempre, cada um de nós, vez
por outra, deixa aflorar este comportamento aparentemente inofensivo e por ser
tão corriqueiro e inserido em nosso contexto sistêmico, sequer nos damos conta.
Crescemos
ouvindo comentários clássicos, tipo:
“Ele rouba,
mas faz.”
E aí,
passamos a acreditar que atos benevolentes e subsequentes aos maus hábitos, são
perdoáveis e nos justifica se agimos dessa forma, desde as atitudes mais
ignóbeis as mais simples como expor as nossas arrogâncias, fraudar o IR, não
devolver um troco que nos foi dado errado, apoiar e aplaudir políticos comprovadamente
corruptos, só porque nos garante algum benefício pessoal e por aí, vai...
Na psicologia
social, segundo a comentarista da revista Veja de 07 de março de 2018 Natália
Cuminale, “Licença Moral” é o consentimento que autoriza as pessoas que praticam
uma boa ação a compensá-la com o avesso ou seja: quando alguém está certo de
ter feito o bem, com paixão e generosidade, pode sentir-se liberado para fazer o
mal, com posturas egoístas,
preconceituosas, antiéticas e corruptas.
Quase via de regra é isto. A proeminência não raro escapa da incoerência. Grato pela reflexão. Abraço
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