“Imparcial é um adjetivo de
dois gêneros que descreve uma pessoa ou entidade que não é parcial, significa alguém justo, reto, equitativo ou neutro.”
E aí, penso no quanto é difícil, quase impossível nós seres
humanos sermos imparciais em relação a quase tudo se ao mesmo tempo e por quase
todo o tempo, por mais que neguemos, somos movidos às emoções que são oriundas
em sua maioria pelas poderosas impressões que nos são oferecidas pelos nossos
sentidos.
E aí, seria lógico afirmarmos que somos capazes de
administrar a nossa imparcialidade, mas tê-la como produto natural de nossas ações
e reações, tenho minhas mais profundas dúvidas.
Os Juízes são experientes nessa administração, mas ainda
assim, se não fossem os códigos civil e penal, certamente suas formas de
interpretação na aplicação das leis em suas sentenças, seriam ainda bem mais
amplas.
E todo esse trelê-lhe é somente um preâmbulo para que eu
deixe escoar meu desejo íntimo em ver as pessoas dando suas opiniões sem o ranço
amargo e destrutivo atrelados a partidarismos de qualquer natureza, baseando-se
única e exclusivamente, no sentido prático do real, possível também de ser
detectado através dos sentidos e processados no vasto e rico cérebro,
disponível a todos.
A imparcialidade deveria ser o ponto de equilíbrio entre o
racional e o emocional, mas é tão forte a influência do emocional com suas variadas
versões como egocentrismo, vaidade, oportunismo como exemplos mais comuns, que
a contaminação se torna visível, nada confiável, mas ainda assim presente como
uma chaga que deforma, desfigurando objetivos e intenções.
São cinco horas da manhã, o sol começou a raiar e ao olhar
para o céu, foco-me no brilho que resplandece nas copas das árvores, fazendo
com que eu me sinta poderosamente viva e abusadamente questionadora.
Bom dia.
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