terça-feira, 28 de julho de 2015

Meus escritos cotidianos


Inúmeras são as razões que me levam a escrever diariamente, afinal, o mundo é agitado e por todo o tempo, sou bombardeada com as passadas e os atropelos humanos e, assim, vou filtrando os excessos e condicionando minha mente a tão somente reter o que ela é capaz de compreender, mesmo que ao escrever, vez por outra, a mente insista na não compreensão.
Ao estabelecer em minha mente um tema, vou como uma cascata de aguas claras, deixando fluir todo o sentido, que sou capaz de vislumbrar, mesmo que muitas vezes, me seja totalmente sem sentido, o que analiso ou simplesmente narro, transformando num texto, as imagens que desfilam, buscando ordenamento.
O questionamento de minha devoção aos escritos, sempre está presente, querendo explicações, afinal, a ligação é tão forte com meus hábitos cotidianos, que sequer sou capaz de mensurar meus instantes presentes sem a leitura e a escrita, como se ambos fossem o combustível renovador do ar que me nutre.
Neste instante pensando nisto, volto ao passado, quando ainda era uma menina e penso na sensibilidade que se apossou de mim e que, apimentada através de uma curiosidade comedida, induziu-me a observar tudo ao meu redor, buscando e indo além do óbvio, querendo dissecar as intenções, bisbilhotando fundo, até as raízes dos propósitos.
E quais propósitos são possíveis de serem entendidos em meio a este caos que se descortina em meu país?
Sinto que a cada notícia, perco um pouco da inocência em acreditar que nascera num país onde tudo era mais bonito que nos demais.
Confesso que me sinto enojada ao constatar tanta desfaçatez, mentiras e roubalheiras que claramente justificam todas as mazelas, possíveis de serem encontradas, nos quatro cantos dos ouros e dos verdes, pendões do meu Brasil.



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