São lindos ou não são? Digaê!!! Nossos pais Luiz Carvalho orgulho puro!!!
terça-feira, 23 de junho de 2015
"ESPERANÇA"
Estou aqui
pensando, como no discurso tudo é possível, até mesmo o mundo das ideias, onde é
possível devanear, fazendo ilações sobre isto ou aquilo, afinal, não há um
compromisso real consciente de quem o faz ou de quem escuta, restando um efeito
de impacto que a depender do grau de convencimento de quem o faz, transforma-se
em verdade suprema a ser atingida, vindo a decepcionar no decorrer do tempo frente à não concretização das promessas, no seu todo ou em parte.
Tem sido
assim, caso contrário seríamos uma nação exemplo para o restante do mundo, já
que seríamos um povo sério, ético, educado e jamais dado a qualquer ato que
pudesse colocar em risco o bem comum.
Seríamos, na
grande maioria, cidadãos ansiosos no conservadorismo dos ganhos sociais e, acima
de tudo, cercados do amparo da clareza de propósitos em qualquer área que nos
encontrássemos da convivência humana.
Na realidade,
somos uma plateia viciada a escutar promessas e absolutamente dependentes de
sonhos e ilusões que nos pareçam mais próximos de nossos interesses pessoais.
Somos
derradeiramente escravos do poder que exercem sobre nós, os mais vivos e astutos
ao sacudirem seus sacos de areia dourada, e nós nos induzimos por total preguiça racional a
acreditar tratar-se de pó de ouro.
E com o
velho e costumeiro ouro de tolo com o qual vivemos é que também acreditamos
que com o próximo será melhor, e a esta motivação psicoemocional, chamamos de “esperança”,
desde 1500, quando a terra bendita foi descoberta.
Foi mesmo nessa
data?
Há quem
garanta que Colombo veio antes.
Falta-me
otimismo?
Não, apenas descrença e, provavelmente, muito cansaço de ouvir a mesma ladainha a cada
quatro anos, e que agora virou novamente cinco, quase nada de realmente
transformador enxergar acontecendo.
Talvez,
enjoo de constatar com muito pesar a quase total falta de reconhecimento por
parte das pessoas, do belo, do simples e do real, que existem também em qualquer
local, produzidos também por pessoas verdadeiramente, simples, belas e reais, mas
que a ignorância, a inveja e a pobreza de propósitos não consegue enxergar.
Em minha
imensa ignorância existencial, arrisco-me a começar a acreditar porque PLATÃO optou pelo mundo das ideias.
Afinal,
existem ângulos mais cômodos para se focar os olhos, a mente e a alma.
Neste exato
instante, foco nos pássaros, no farfalhar dos coqueiros, induzindo-me a
acreditar que viver é simples, belo, afugentando o real, justo porque é mais
cômodo fechar os olhos para o tudo devastador e nada realmente humano com o qual convivo e finjo, então, não ser responsável.
domingo, 21 de junho de 2015
UM SEMPRE APRENDIZADO
Quando percebemos
que somos capazes de uma auto avaliação, logo percebemo-nos também frágeis
quanto a resistência que existe sobre a batuta dos velhos hábitos e, por mais
que venhamos a acredita que já evoluímos de forma considerável, lá vem ela,
astuta, e perigosamente sutil vaidade, mostrar-se de forma despudorada, jogando
por terra de forma impiedosa, toda a nossa arrogância de nos crermos imunes.
Como é
difícil a constatação do imperfeito em nós. Como é dilacerante, o confronto com
o inadequado que por mais que o vigiemos, lá está ele, espreitando
sorrateiramente, sempre pronto à uma nova investida.
Basta um
ínfimo descuido, apenas uma pequena brecha e toda a força de nossa visão
pequena de nós mesmos se reflete em nossas posturas físicas e emocionais, como
uma poderosa pororoca que incontrolável, arrasta consigo anos e anos de
esforços regenerativos.
“Choraste?! –
E a face mimosa, perdeu as cores da rosa e o seio todo tremeu?!” Casimiro de
Abreu, As Primaveras
E de um
ínfimo instante ao outro, perplexos constatamos que por mais que nos esforcemos
para nos tornarmos pessoas melhores, ainda nada mais somos que eternos aprendizes,
na feitura contínua de um reparo pessoal.
Parece uma louca filosofia, afinal, buscar sair do insano ciclo das aparências em meio a uma humanidade que fez dela o seu antídoto para a dor de perceber-se absolutamente, só?
Talvez...
quinta-feira, 18 de junho de 2015
EU TINHA ORGULHO
O dia sequer
tinha amanhecido e eu já estava a todo vapor pensando no quanto talvez seja
saudosista ou, quem sabe, apenas inconformada com o que venho testemunhando ao
longo de minha vida em relação ao meu país.
De repente,
respiro fundo e lembro dos meus tempos de aluna do ginasial do Colégio Maria
Raythe, e do orgulho que tinha em representa-lo no Maracanãzinho, por ocasião
dos jogos da primavera ou nos Sete de Setembro no centro do Rio de Janeiro.
Lembro-me
com exatidão de detalhes da acirrada disputa há cada ano de quem iria carregar
as bandeiras, fosse do colégio, da cidade ou do Brasil.
Lembranças
de tempos em que sentíamos orgulho de
nossos colégios, cidades e pátria, respaldados por um sentido irresistível de
pertencimento que nos fazia mais respeitosamente agregados a uma juventude que,
mesmo presa a certas tradições posturais que, provavelmente, podavam passos
mais arrojados, bem característicos dos jovens, certamente também nos
estruturava, abrindo um leque de outras tantas posturas que, de um modo geral,
preservavam o que de melhor a juventude podia produzir, e esta realidade, se
expressa através dos legados que a mesma foi deixando ao longo das décadas,
como pérolas que identificam um período de nossa história humana brasileira,
onde proliferou o autenticamente belo que as mentes dos jovens dos anos 60 e 70
foram capazes de produzir em todos os aspectos intelectuais e artísticos
Perdemos a
ingenuidade do idealismo, perdemos a certeza de nos sentirmos seguros, perdemos
os laços que enfeitavam os momentos de romantismo, perdemos a crença em quase
tudo.
Saudades de
uma juventude que lia Monteiro Lobato, Mário Quintana, Drumonnd, Rilke, Dostoievisk,
Neruda e que cantava Tom, Vinicius, Chico,
que nos faziam sonhar e do cavaleiro Zorro que
nos fazia acreditar que havia justiça nesta vida.
Lembranças
de uma Ipanema que mais parecia um principado elegante de gente bonita que
circulava livremente.
Saudades das
matinês nos cines Pax ou Leblom, com mocinhos e mocinhas que estimulavam os
sonhos.
Lembranças
dos beijos apaixonados, dos amassos suados, do frio na barriga, das
expectativas a cada encontro e da liberdade de ir e vir sem qualquer receio da
meia luz.
Saudades de
um tempo cercado de censuras, armas e repressões, mas que ainda sobrava espaço
para se ser jovem e feliz.
Saudade do meu Brasil que a tecnologia
engoliu.
Lembranças
do meu Brasil que me fazia sentir orgulho.
domingo, 14 de junho de 2015
O QUE QUER DIZER, MESMO?
Há cada
tempo que, diga-se de passagem, tem passado mais rápido, somos invadidos por
velhas palavras que retornam, geralmente, em diálogos entre astros de alguma
novela, tornando-se imediatamente atuais e sendo incorporadas ao nosso dia a dia
tupiniquim sem que, na maioria das vezes, saibamos exatamente o que significam.
O vocábulo
da vez, possível de ser ouvido por todo o tempo, nas entrevistas, nas assembleias,
nas salas de aula e até mesmo nas irradiações esportivas, é: REVERBERAR,
REVERBERANDO, e etc., e tal...
Você já
reverberou por estes dias?
Conhece
alguém capaz de reverberar suas ações, posturas e intenções?
Tem por
hábito refletir e se necessário corrigir suas posturas inadequadas, para que elas
não reverberem de forma negativa?
Ao se
expressar para outras pessoas, preocupa-se em não reverberar ideias que possam
vir prejudicar o sentido de bem comum?
Que tal,
neste domingo chuvoso em que, provavelmente, ficaremos quietinhos no aconchego
de nossas casas, possamos refletir sobre nós mesmos e o nosso “estar na vida”,
principalmente se estamos verdadeiramente nos deixando ser reverberados pelas
inutilidades que até podem nos oferecer algum prazer, mas que desaparecem tão
rapidamente como os vocábulos modernistas que adentam em nossos cotidianos
meteoricamente, e quando se vão, em sua maioria, nos deixam com aquela sensação
de vazio, justo pelo não entendimento.
Meu desejo
para hoje é que consigamos ser e escolher o melhor para nossas vidas, a fim de
que sejamos uma permanente luz de compreensão aos nossos próprios instantes
presentes, que, afinal, verdadeiramente é o que importa, estrutura e faz
brilhar, reverberando para o tudo do todo no qual estamos inseridos.
Um beijo no
coração e bom dia!!!!!
segunda-feira, 8 de junho de 2015
A ERA DA ESCULHAMBAÇÃO
Dentre os
acontecimentos mais marcantes dos últimos tempos, certamente foi a PARADA GAY no
domingo(07) de junho, que ultrapassando todos os seus direitos de expressão,
ofendeu todo um povo cristão e denegriu com certeza absoluta, os propósitos que
norteiam sua existência.
Não há um
grupo culpado por esta ideia e produção despropositada, por que, afinal, todos
que lá se encontravam, simpatizantes ou não, foram coniventes, aceitando e
desfilando e o que é pior se calando como fez com maestria toda a mídia
nacional, numa afronta sem precedentes a todos os cristãos e pessoas com um
mínimo senso de respeito aos demais.
Incoerência
abusiva que retrata exatamente os tempos em que estamos vivendo, onde cada
limite educacional que delineava o espaço pessoal, torna-se a cada instante,
atos de algum tipo de “bias”, tendo apoio incondicional dos meios inibitivos e
educativos, dando-nos a impressão de que se não concordarmos com os excessos,
seremos achocalhados e punidos, diante do silêncio dos demais.
Aí, lamentamos a violência que nos cerca a
cada instante e, em qualquer lugar.
Lamentamos
pelo carro, o celular e as bugigangas materiais que um incauto ladrão nos levou.
Discutimos
em reuniões, seminários e Congressos, mil fórmulas de enfrentamento de uma
violência que há muito saiu das ruas e invadiu nossos espaços privados.
Sentimo-nos
afrontados pelos jovens que morrem de forma estúpida a cada segundo em nosso
país, adentrando em números alarmantes que ultrapassam as guerras que se
perpetuam pelo mundo
Nos
horrorizamos com as penitenciárias, quando das suas rebeliões, principalmente,
quando acontecem decapitações e dias depois, nos esquecemos das vergonhosas
condições em que sobrevivem.
E por aí, eu
iria até a próxima edição lembrando de cada mazela que oferece Ibope a Mídia e
alimenta a nossa infinita ignorância existencial, mas creio que já basta para
fazer alguns de nós refletir sobre uma velha frase que ouvimos de nossos pais,
quando ainda existia educação doméstica, princípio norteador de vida e
liberdade.
“ O NOSSO
DIREITO TERMINA, ONDE COMEÇA O DIREITO DO OUTRO”
quinta-feira, 4 de junho de 2015
AONDE?
Esta é a
segunda lauda que me proponho a escrever neste feriado. Hoje, me parece inútil escrever sobre qualquer coisa.
Após uma
pausa, respiro fundo, e ao fazê-lo, ofereço descanso aos meus dedos sem, no
entanto, tirar os estímulos dos meus neurônios que continuam tentando entender
o porquê de tudo isto que estamos vivenciando e que, de tão absurdo, chega em
alguns momentos a doer, sem que façamos verdadeiramente algo para reverter
pequenas, médias ou enormes distorções que nos rodeiam.
Por que,
apesar de estarmos sofrendo agressões contínuas, seja no nosso particular ou em
grupo, nada fazemos de concreto?
Por que
fechamos os olhos da razão e da lógica para hábitos e costumes que nos ferem de
forma grosseira por todo o tempo?
Por que
fingimos que está tudo bem, quando o mundo moderno traz consigo molduras de
aprisionamento, onde a necessidade em ser a gente mesmo, está a cada dia mais
impossível, já que o politicamente correto está também a cada momento mais
opressivo?
Achava que
havia vivido anos de grandes transformações nas décadas de sessenta e setenta,
mas pensando hoje, apenas foram décadas que escancararam as portas para um
futuro que tinha pressa de chegar para que pudessem novos costumes adentrarem
sem qualquer cerimônia, matando, principalmente, uma doce e singela ingenuidade
que nutria sonhos, ilusões que inspiravam um bendito romantismo, que mesmo
tendo na sua constituição, preconceitos e hipocrisias, ainda eram capazes de
manter intactos, infância, adolescência, família, religião, tradição cultural e,
principalmente, o mínimo de respeito pelo outro, pela vida.
Desculpe a
franqueza, mas sinto muita falta desta hipocrisia dos tempos passados, pois só
leio e ouço, na maioria das vezes, uma nova e assustadora hipocrisia do “está
tudo bem”, porque se assim eu não agir, no mínimo serei sacrificada até mesmo
por quem no silêncio de seu íntimo, concorda comigo.
Falamos e
vivemos o que a minoria determina de forma arrogante e, como uma maioria
desgovernada, avançamos a cada instante para o vazio de nós mesmos.
É assim
invadidos em nossas caminhadas existenciais que nos sentimos, mesmo que não
tenhamos coragem ou consciência de admitir, enquanto um modernismo cruel
transforma tudo a seu bel prazer, matando etapas e valores que trouxeram o
mundo e a humanidade até pouco tempo atrás.
Modernismo
de valores, tecnologias avançadas, ciências de ponta, que em nada contribuem
para que nos tornemos pessoas melhores, justo para que não fechemos os olhos,
numa covardia sistêmica, fingindo que tudo é normal, enquanto enxergamos com os
olhos medrosos de nossas consciências etapas de vida sendo destroçadas, através
de nossas crianças e jovens, numa jornada de vida que não leva a nada de bom,
além da grosseria da violação de direitos.
Pergunto a
cada um de nós:
Onde se
encontra a infância que nos amparou?
Onde se
encontra a adolescência que nos induziu aos sonhos?
Onde se
encontra a família que nos estruturou?
Onde se
encontra o convívio respeitoso que nos ensinou a amar?
Onde estão
as nossas instituições, ética e deveres?
Se abrimos
mão de tudo isto, como podemos esperar, direitos?
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