segunda-feira, 30 de março de 2015

PENSANDO


Neste final de segunda-feira santa, sentadinha em minha sala, tendo como cenário diante de mim o entardecer, penso no meu Brasil, em minha Itaparica, penso principalmente, na imensa incapacidade de comunicação, mesmo em uma época em que não faltam os meios para que ela seja, rápida, precisa e extremamente rica de conteúdo e, no entanto, a cada dia, estamos abreviando as relações, tal qual, fazemos com nossas escritas online.
Venho percebendo e confesso um pouco assustada com os futuros resultados que se delineiam tenebrosos, que a cada instante, menos somos capazes de interpretar as falas e intenções do outro e naturalmente, menos nos fazemos entender, como se nossa língua fosse se alterando e se tornando estrangeira ou coisa parecida.
Concomitantemente, também venho percebendo um distanciamento, como se houvesse uma linha fina, invisível, mas resistente e que não permite um maior aconchego de emoções, permanecendo todos meio que isolados em seus mundinhos fragilizados, num medo silencioso de uma maior aproximação.
Olho lá fora, porque algo está me fazendo falta e então, percebo que são os cantos dos passarinhos que neste horário, deveriam estar se despedindo de mim com uma deslumbrante sinfonia de boa noite, que me faz querer que um novo amanhecer chegue logo, só para novamente, poder revê-los em uma sempre surpreendente, sinfonia de bom dia.
Volto a pousar os meus olhos nas teclas do computador e posso ouvir uma estridente cigarra, que prefiro acreditar que veio em meu socorro, trazendo consigo, alguns pássaros que possivelmente estivessem encantando à outros pelo caminho, atrasando assim, suas tão por mim, desejadas presenças.
Vez por outra ela se cala, deixando aos pássaros a tarefa de encantar-me e quando retorna, absorve o espaço, tornando-se solo perfeito deste colóquio amoroso, entre eu e a natureza, num bailado emocional de vida, amor e liberdade.
Penso que estamos mais pobres, menos inteligentes, mais arrogantes e mais absurdamente desconectados com a vida que, afinal, renasce a cada instante à partir de cada um de nós, na medida em que somos capazes de interagir com o tudo do todo, num ciclo ininterrupto de vida e é preciso que consigamos estreitar a nossa comunicação, para que o nosso universo pessoal se torne também a cada instante, uma sinfonia universal.



domingo, 29 de março de 2015

REFLEXÃO


Senhor, fazei de mim um instrumento de sua paz
A cada instante, ouço, leio e convivo com pessoas que esperam mudanças em todas as áreas sistêmicas humanas e, para tanto, contam com a ajuda extra do divino, porque, afinal, sem a transcendência com os recursos de Deus, fica difícil pensar-se em maiores alterações de intenções e muito menos de ações que, também a cada instante, vem moldando uma nova imagem humana e um sem número de posturas, totalmente contrárias a todos os conceitos  que se pensou até então, como meios norteadores de convivência social em quaisquer de seus níveis.
Refletindo nesta complexidade existencial, mergulho um pouquinho a cada dia, no interior de mim mesma, tentando entender minhas próprias ações e reações frente a convivência com a vida no tudo que ela se encontra representada, acreditando que somente no meu reconhecimento pessoal, serei capaz de encontrar entendimento, quanto as ligações capazes de fundamentarem a correlação em espaço adequado ou não que minhas ações, são capazes de estimular ao meu universo pessoal e então, a partir daí, sentir-me absolutamente menos frágil ou impiedosamente vaidosa, e também desnecessárias em me dar ao luxo de pensar em querer corrigir outras criaturas humanas em suas expressabilidades sistêmicas.
E aí, um mar de posturas sistêmicas sem qualquer lógica ou necessariedade se apresenta e nós, criaturinhas soberbas em nossos egocentrismos, saímos pela vida como Spartacus, na liderança de nossos desequilíbrios, nos dando ao luxo de criticarmos isto, aquilo ou aquele, mas absolutamente, prontos a agirmos como cegos, loucos ou simplesmente, abestalhados, mas em todas as hipóteses, totalmente desconhecedores da potencialidade do bendito Deus que reside em cada um de nós.


sábado, 28 de março de 2015

JANE ADDAMS

Na busca dos precursores e pioneiros do Serviço Social, destaco Jane Addams pela obra que desenvolveu em prol dos mais necessitados e pela relevante obra que deixou para o fortalecimento da profissão.
Natural do Estado de Illinois, no seio de uma família de classe média, desde cedo demonstrou vontade em contribuir com os mais carentes. Estudou até o secundário e por problemas de saúde de seu pai, precisou abortar o seu desejo de estudar medicina.
Ao viajar para a Europa em 1882, a industrialização se incrementava devido a política econômica praticada, pois não se cobravam impostos, o mercado abria suas portas para uma diversidade de produtos, as vias terrestre boas de comunicação e uma prolífera mão de obra, oriunda de outros países. Tudo parecia muito promissor, todavia, milhares de imigrantes, vindos da Europa, fugindo da miséria, estavam em situação similar da qual haviam fugido, aglomerando-se em bairros populosos, sem a necessária infraestrutura, não tendo disponibilização de escolas e assistência médica.
Esta época a Igreja e obras privadas, atuavam paliativamente, oferecendo esmolas que não resolviam os problemas e o governo americano, permanecia alheio à crescente situação de miséria e consequente degradação humana.
Jane Addams, inspirada nos exemplos ingleses que visitou quando de sua viagem a Europa em 1882, voltou a “Toynber Hall” e conversou com cientistas sociais, escritores, jornalistas, inclusive Tolstói, colhendo subsídios e fundou em 1889, juntamente com duas amigas, a “Hull House”, que mais adiante, serviu de modelo para os” Centros de Vizinhança”, que tiveram como fundamento, proporcionar e estimular a cooperação entre pessoas com o fim de incrementar a integração social.
Jane Addams em tudo que pensava e fazia, existia sempre uma grande preocupação ao meio ambiente. Uma de suas lutas era a do recolhimento do lixo que era precária e não se justificava, já que eram atribuições de empresas particulares que eram contratadas pelo governo e que nem sempre cumpriam com suas tarefas. De tal importância foi sua luta neste setor que acabou sendo nomeada inspetora desta atividade.
Também lutou para conscientizar as pessoas em relação aos serviços básicos a que tinham direito, justo por serem de utilidade pública, como banhos públicos, jardins- de- infância, entre outros, que ela já disponibilizava através da sua Hull House, aliás, foi na sede desta importante obra que nasceram os primeiros sindicatos; pois na época ocorriam inúmeras dispensas masculinas para serem substituídos por mulheres sem qualificação para os cargos com salários menores.
O conjunto de sua importante obra social que serviu e ainda serve de referência, pode ser vista através de seus escritos e pelos testemunhos de seus contemporâneos.
Dentre seus escritos, ressalto a obra” O Espírito da Juventude” e as “Ruas da Cidade (1893), onde suas ideias em relação aos perigos que os jovens estavam expostos, referindo-se ao apoio efetivo que as residências poderiam oferecer.
Hull House, mapas e documentos (1895), Vinte anos de Hull House (1920) e Os segundos Vinte Anos de Hull House (1930).

REFLEXÃO

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa, os Estados Unidos e a América Latina, já contavam com mais de 200 escolas de serviço Social e já atuava em diversos segmentos, subsidiados pelo setor público, privado como: médico, educacional, jurídico, comunitário, laboral, etc.
A partir das definições criadas na Europa através de textos e precursores, o serviço social encontrou parâmetros norteadores para a sua militância no continente Americano.
Entre 1925 e 1940, o serviço social Latino Americano, principalmente sob influência Belga, Francês e Alemão, foi tributária da Europa e a partir de 1940, passou a ter influência americana e foi  somente a partir daí que a profissão, começa a colocar seus próprios limites, delineando suas particularidades de modo mais sistemático.
Brasil- 1936
Perú-   1937
Em 1965, foi fundada no Chile a primeira Escola de serviço Social que se tem notícias no nosso continente.
Nesta época o sistema capitalista chileno, desenvolveu-se rapidamente e, consequentemente, muitas mazelas deste processo marcaram a sociedade. Portanto, miséria, crescimento urbano caótico, migrações de camponeses expulsos de suas terras e etc., criaram as emergências e a proliferação de agentes encarregados que, naturalmente, contavam-se os assistentes sociais, pois as premências exigiam dedicação exclusiva e assim, os modelos europeu de ideias e posturas, significavam referências fortes e dominantes, portanto, se lá a Igreja exercia um papel fundamental, não seria diferente nas Repúblicas jovens latino americanas.
O início do século XX, as organizações operárias, lutavam na busca de respeito aos direitos dos trabalhadores, repudiando a exploração e então, os mesmos passaram a ser assistidos, discretamente, por mecanismos emanados da burguesia que manipulavam a sua combatividade, intervindo diretamente na defesa e ampliação do capital.
A forte influência Cristã, se revelou como instrumento de suma importância para o processo de intermediação entre o Estado Burguês e a classe trabalhadora e fornecedora de mão de obra como mercadoria, o proletariado. A religião, portanto, era uma forma de controlar as reclamações e demandas da classe operária e ambições do estado, eminentemente burguês.
A intenção primordial do Papa Leão XIII na encíclica de 15/04/1891, era trabalhar o assistencialismo sob o prisma da convivência pacífica das classes sociais, materializando, não o amor ao próximo e sim os ideais políticos e o crescimento social, assim visando renovar a sua concepção de mundo e instaurar-se como novo guia de orientação intelectual e, nesta medida, introduzia elementos de conflito no seio de sua própria estrutura interna.
Desta forma, a igreja se posicionava de modo a confirmar o seu poder junto à sociedade.
A segunda encíclica de 1931, foi denominada de “Quadragésimo Ano” e foi redigida pelo papa Pio XI e, trazia as propostas à Ação Católica que consistia em um acervo de princípios e perícias de valor indispensável para a organização e desenvolvimento da sociedade, através dos quais, eruditos e leigos, poderiam trabalhar a doutrinária da igreja, influenciando na formação de seus outros filhos.
Esta encíclica, incentivou entre vários dispositivos norteadores, o aperfeiçoamento do serviço Social, como profissão a ser amparada em técnicas especializadas e peculiares, estimulando expressamente a criação de escolas de nível superior, para a formação de profissionais, devendo converter o assistencialismo artesanal em profissão manuseadora de instrumentos próprios de ação.
No Brasil, a fundação das Escolas de Serviço Social do Rio de Janeiro e São Paulo, se deu em meio a revolução de 30.

Bibliografias
http://solidariedad 2010.blogia.com
www.Stgite. Org, lek/ media/cos.html

terça-feira, 24 de março de 2015

PENSANDO


Atravessamos a vida sistêmica, reivindicando isto ou aquilo nas posturas das outras pessoas, na maioria das vezes criticando-as e enxergando nelas defeitos e comportamentos que julgamos errados, sem conseguirmos relacionar as nossas atitudes às delas.
Queremos que as pessoas cuidem com responsabilidade de seus lixos domésticos, que economizem a bendita água, que não poluam os mananciais, praias e avenidas, que não destruam a natureza de um modo geral, inclusive, respeitando o próximo e citando como exemplo, um tal de “Jesus” que tornou-se figurinha fácil nas bocas de todos nós, sem qualquer correlação com o cotidiano de nossas atitudes pessoais.
Pensando nisto e em mais algumas coisas, como por exemplo, no maldito preconceito, assim como a intolerância que exercemos cotidianamente sem sequer nos darmos conta é que, rogo a este universo poderoso, que me atinja no dia de hoje, com apenas uma fagulha de suas correntes energéticas de poderes regeneradores, transformando-me em um serzinho menos egoísta e mais amoroso com a vida que generosamente me foi ofertada.
Começando neste instante presente, apenas agradecendo por cada um de você, pelo simples fato de existirem e de alguma forma, estarem interagindo em minha vida.

Um beijo em seus corações e Bom Dia!!!!!!!

domingo, 22 de março de 2015

SEM PALAVRAS


Como de hábito, estou ao pé da mangueira, conversando com o universo e sentindo toda a força energética que ela possui e que generosamente me oferece e, inevitavelmente, aliso uma das folhas do cipó-Imbé que, não menos poderoso, serpenteia pelo seu grosso caule se perdendo entre os muitos galhos ao ponto de não mais vê-lo, embuçado à copa gigantescamente espessa.
Neste encontro sem hora marcada, mas pelo menos semanal, peço socorro quando preciso, explano minhas mais recentes ideias, relembro velhos episódios, ora desejando repeti-los, ora tentando esquecê-los, num exercício contínuo desta sólida parceria que, aos olhos desconhecedores, pode até parecer loucura, mas para nós, já tão integradas, são conversas amenas de apenas grandes amigas.
Neste momento, como em tantos outros, tento abraçar minha velha mangueira, num impulso alegre por me sentir feliz, percebo sorrindo que me é impossível e, então, fecho os meus olhos e te sinto em meus braços robusta e faceira.
Sem palavras que possam definir tamanho prazer, olho ao redor como mil vezes já o fiz e me sinto em casa, acolhida e amparada. Bendita mangueira que ouve o que falo, bendito senso de pertencimento que se reforça em mim.

Que neste início de Outono, o calor do verão permaneça e os aromas da primavera os invadam para quando o inverno chegar, as lareiras da esperança se acendam e, assim, não dar espaço à solidão...

quarta-feira, 18 de março de 2015

DESABAFANDO

Vendo apenas um filme do Projeto Cinema Verdade, sobre a luta armada contra a ditadura, ajoelho e peço a Deus que me cale, afinal, estive no Araguaia em 1974, fui proprietária de fazenda em Conceição do Araguaia, próximo de Redenção no Pará e sinceramente, só calando em respeito a ignorância dos fatos de alguns e a convicção de que não mudarei as posturas alheias. Todavia é preciso lembrar que toda história tem dois lados de interesses, geralmente contrários ou no mínimo diferentes e com certeza, uma verdade que pode ser manipulada aos interesses pontuais.

sábado, 7 de março de 2015

O MEU DEUS...


 Comecei o meu dia exatamente como começo os anteriores, ou seja, acordando pela madrugada, abrindo as portas e janelas, e deixando a vida e os ruídos do silêncio quase que absoluto adentrarem, despertando em mim a gratidão continuada por estar viva, então, agradeço escrevendo, rezando e conversando com Deus.
E foi neste hábito disciplinar que, ao longo de minha vida, fui também percebendo, primeiro com imenso medo e aos poucos em um relacionamento íntimo que, este Deus, em mim residia e que ao contrário do que me ensinaram, ele era amigo, conciliador, estimulador e, acima de tudo, um professor incansável  que aplicava uma única matéria de forma simples, mas objetiva, abrindo para mim um poderoso espaço onde, então, eu poderia criar, desenhando e colorindo meu vivenciar, podendo inclusive corrigir meus erros, discutir minhas dúvidas, articular e projetar meus ideais.
Aos poucos fui relaxando e aprendendo a conviver com este mestre que, eu também descobri, não saia de perto, oferecendo a cada instante , subsídios para que eu pudesse extrair de mim mesma a compreensão, em primeiro lugar de minhas intenções, para, então, seguir meus rumos, mais consciente de meus objetivos.
Confesso que não foi fácil, existindo inclusive momentos de profundo terror, porque, afinal, tudo era consciente, sem subterfúgios, sem qualquer camuflagem, e nem sempre gostei do que vi em meu interior, que também a cada instante presente eu repassava aos demais e, consequentemente, recebia deles os efeitos de minhas próprias emanações, tipo, ação e reação.
Parece hoje, escrevendo sobre isto, que tudo foi assim, num estalar de dedos.
Qual nada... Foram precisos milhares de instantes onde a dor, o medo, a insegurança, os vícios comportamentais se faziam presentes, levando-me a   pensar que, afinal, eu estava era enlouquecendo.
E talvez eu estivesse, só que enlouquecendo por ter que lidar com minhas distorções e com um Deus com o qual eu estava habituada a só encontrar nas igrejas, citações e cartazes, e que de repente...
Será mesmo que foi assim de repente, ou apenas em algum momento, mesmo inconscientemente, abriu-se em minha mente uma brecha e, por lá, a vida adentrou e se mostrou na figura de um Deus universal de mim mesma?
Não sei bem quando, nem onde, mas que ele adentrou em mim, ou sempre esteve lá e eu é que não queria ou não podia vê-lo talvez seja a conclusão mais lógica.
E foi, isto tenho certeza, nas madrugadas na companhia do bendito silêncio que fui descobrindo a verdadeira morada deste Deus, tão falado, tão buscado, mas absolutamente desconhecido em sua originalidade e poder.
Fiz toda esta introdução porque eu precisaria registrar o descortinamento deste Deus meu interior que venho convivendo há décadas, mas que ontem se mostrou por inteiro, refletindo-se com uma clareza impensável a esta simples senhora no seu cotidiano vivencial.
Meu Deus, que também chamo de consciência ou lógica, ontem por algum smotivo deixou-se enxergar sem qualquer camuflagem e de tal forma que não houve tempo hábil para eu ir assimilando sua presença, afinal, meu Deus ontem estava com pressa em me fazer enxergar cada situação sem retoques ou firulas, e novamente confesso que fui tomada por um espanto que chegou a me paralisar fisicamente, o que liberou ainda mais minha capacidade assimiladora e pude finalmente enxergar com os olhos límpidos do meu Deus interior todas as nuances distorcidas que rodeiam e opacam os relacionamentos humanos, tirando de forma indelével a grandiosidade do potencial de cada criatura em ser a  cada instante presente, senhora de si mesma e consequente amparo para as demais.
Ontem, pude ainda compreender também sem quaisquer dúvidas a frase supostamente dita por Jesus: “Amai o teu próximo como a ti mesmo”.
E neste amor, torna-se imperioso a generosidade do perdão pelas falhas existentes, assim como a tenacidade em buscar-se o necessário entendimento entre o Deus e o Diabo que habitam a mesma morada chamada de interior humano, que na realidade se manifesta atuando por todo o tempo onde há vida.
São os sentidos e a mente, parafernálias complexas quais que interagem e se modelam, delineando os simbolismos do Deus e do Diabo, com as quais as criaturas se habilitam no convívio umas com as outras.
Ontem, esta realidade se mostrou tão clara, que a mim não coube qualquer dúvida, levando-me a um misto de excitação mental e paz existencial.
Como é possível isto acontecer? Como alguém pode descortinar seu Deus, recebendo-o em seu raciocínio lógico com tanta precisão e ao mesmo tempo não sentir qualquer mal-estar físico ou emocional? 
É possível somente quando os critérios avaliativos se consolidam e a criatura, como aconteceu no dia de ontem comigo, se vê frente a frente com o seu Deus e o abraça na certeza incontestável de que juntos, todo o resto do caminho se tornará mais suave, transformando a bagagem dos anos já vivenciados em um fardo que, de tão leve, não mais o impedirá e sequer pesará no seguir de sua própria jornada.
Este encontro torna-se extraordinariamente diferente, assim como sem quaisquer restrições, exatamente porque o nosso Deus se posiciona como um parceiro de tarefas sem qualquer inserção imaginativa, tão somente com a lógica do respeito ao entendimento das diferenças, fazendo com que, dali em diante, desapareçam as críticas ao não entendido, porque tudo passa a ser entendido dentro da visão de um Deus universal, que como ontem me transformou, fazendo-me não fugir ou temer a mim mesma e consequentemente ao reconhecimento dos demais.
Hoje o dia está começando a desabrochar, estou longe de meus pássaros e jardim, dos meus cães e dos meus aromas, mais ainda assim, sinto e agradeço ao meu Deus interior que generoso me acompanha como um fiel escudeiro, decodificador de minhas distorções, pai amigo para o meu sempre aprendizado.
Regina Carvalho/ 06 03/2015.
            SAJ- Ba.



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...