Todos os dias, pelo menos nos últimos, tento escrever
sobre os acontecimentos políticos locais e nacionais e, simplesmente, não estou
conseguindo e ainda ficando com um sentimento de fastio enorme, como se nada
mais existisse para se escrever.
Sabedora de que isto não é verdade, insisto, mas nada tem
deslizado de minha mente e, então, passo a lamentar como uma velha rabugenta,
querendo a todo custo encontrar novos argumentos de convencimento pessoal,
frente ora a mesmice, ora o “interesseiro descaramento político” que
me cerca.
Como voltar a escrever sobre a influência que o poder exerce sobre
determinadas criaturas?
Tantos pensadores já o fizeram e na realidade sem uma conclusão à
respeito desta capacidade humana em ser egoista, insensível, arrogante, prepotente,
cruel na busca das glórias e benécias que os poderes oferecem e ao mesmo tempo
serem capazes de despertar admiração, paixão e extrema devoção.
Ah!... Meu pai...
Hoje é quinta-feira e o dia amanheceu ensolarado. Gosto de sentir este
calorzinho que vem chegando de mansinho,
secando as poças d’água, fazendo crescer o capim, aquecendo o meu coração, meu
corpo e impulsionando-me a querer voltar a escrever qualquer coisa, que não
seja sobre política e políticos, qualquer coisa, que não seja tão absurdamente
repetitivo.
Olho lá fora, e novamente respiro fundo, pensando no 7 de Setembro que
lá vem chegando.
O que será?
Que será!
Eu preciso escrever, mas o que, pelo amor de Deus?
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