sábado, 13 de julho de 2013

UM ABRAÇO APERTADO...


Ah!… cá estou eu novamente adentrando em áreas de difícil acesso, cujo interesse das pessoas só ocorre quando, de repente, se veem em situações das quais não conseguem driblar, como por exemplo, uma doença.
Pois é…, nos dias atuais de amizades e amores virtuais, o toque, o cheiro, a sensibilidade têm se afastado do convívio humano, e aí, penso em como será daqui a pouco, digo, cinco a dez anos, se hoje já está tão difícil em certas ocasiões interagir sem sentir a presença da banalidade e da individualidade serpenteando as nossas relações em qualquer nível em que nos encontremos.
É claro que compreendo que são e sempre serão novos tempos, mas a pergunta que faço a mim mesma a todo instante é se nós, criaturas humanas, seremos capazes de continuar nos diferenciando dos demais elementos, justo porque possuímos uma mente racional, e se esta poderá ser considerada humana sem que nela resida a sensibilidade afetiva, garantindo a razão saudável a mente ou nos tornaremos selvagens racionais, com emoções instintivas nos assemelhando a tigres e leões..
Por outro lado, somos tão inteligentes que poderemos, certamente, desenvolver novas capacidades sensitivas, mas até que isto ocorra e se prolifere, tornando-se hábito inerente às pessoas humanas, como sobreviverá à humanidade?
Quanta solidão será vivenciada?
Quantas novas síndromes surgirão, atrasando ainda mais as ciências psicológicas e, consequentemente, a busca do equilíbrio das emoções?
Ou, talvez, que também pelo caminho do faz de conta será o futuro das ciências psicológicas, sociológicas e todas as ógicas que envolvam o ser humano?
Reconheço que sequer posso arriscar um palpite, preferindo ficar, como estou agora neste instante de vida plena, apenas exercitando o meu direito sagrado em ser alguém que ainda gosta de um abraço apertado, ah!, de um beijo carinhoso e de um olhar fraternal, e muito feliz pois ainda encontro quem me queira oferecer toda esta maravilha que nós, pequenos seres notáveis, desenvolvemos ao longo de nossa história universal. Particularmente, tenho a impressão que seremos definitivamente frutos de árvores produzidas em laboratórios publicitários, agindo e pensando tão somente de acordo com o mercado consumidor.
E é com o espírito de um ser humano muito grato por estar vivo, cercado de amor, que eu desejo a você que está lendo meus pensamentos, um sábado repleto de intenções amorosas consigo e com todos que lhe cercam..

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BOROGODÓ e o tudo de bom...

Abro os olhos e algo assoprou em meus ouvidos BOROGODÓ e aí, como sei o que significa, questiono-me, afinal, como pensar nesta síntese absol...