E aí, depois de ler todas as mensagens no face, passar os olhos pelo meu e-mail e preparar um tempero gostoso para o lombo de porco que o forno esperto está cuidando para que possamos ter um almoço saboroso, lembro do passado sem saudosismo, apenas como forma de não deixar que lugares, vidas e histórias sejam esquecidos como é comum acontecer no nosso dia-a-dia de pessoas atarefadas deste mundo moderno, repleto de ocupações e distrações.
De onde
estou, posso ouvir e ver a chuva pesada que não dá trégua e que tinge o céu de
cinza escuro, escondendo por horas o solzinho maroto, gostoso e alegre que insistiu no seu direito de fazer brilhar este domingo
de festa.
E por falar
em festa, apesar de por aqui em casa não estar acontecendo, pois meus filhos
com seus afazeres por aqui ainda não apareceram, busco então consolo nas
recordações de dias passados, onde neste horário, lá estava eu na cozinha,
preparando um almoço com imenso carinho para a minha sogra, Dona Zizita, mulher
forte e resistente que também solitária dos atrasos dos filhos, deleitava-se
comigo na aceitação dos meus carinhos que, por
estar carente da presença de minha falecida mãe Dona Hilda, dedicava-me
a ela que com amorosa atenção, envolveu toda a minha vida em um cobertor de
afetividade.
Se dei a ela presentes? Não lembro
sinceramente, mas com certeza lhe dei os beijos mais afetuosos, os abraços mais
apertados e minha presença como companhia, nos vinte anos em que vivemos bem
juntinhas.
Que na segunda, na terça e por todos
os dias de todas as semanas do resto das vidas, o dia das mães seja comemorado
com a atenção, o respeito e a dedicação, para que ao ouvir e ver a chuva
caindo, vocês possam lembrar que o sol, insistente quis aparecer e vocês
conseguiram notar, mesmo que estejam sozinhos, como estou agora.
Que o
domingo de cada um, com mãe ou sem mãe, com filhos ou sem eles, seja de paz e
harmonia no coração.
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