E aí, sentada em minha velha e aconchegante cadeira de balanço na varanda, logo bem cedinho, e olhando a natureza que totalmente despudorada se exibe para mim, deixo-me voar em minhas considerações a respeito da natureza humana e, mais uma vez, constato o quanto ainda nada sei a respeito e no quanto já não me surpreendo, ficando tão somente um pouco triste, pelo natural desencanto que me invade.
Olho então para as copas das mangueiras e dos coqueiros em uma
silenciosa busca de amparo, tentando extrair dessas fortalezas, subsídios
inspiradores que me façam compreender sem tantas tristezas a pequenez que ainda
nos assola, enfraquecendo a vida em seu gigantismo que persistente, resiste em
nós.
E aí, penso neste instante no quanto me abasteço, me amparo e
me socorro, porque busco com admiração e com certezas, o sempre presente
carinho que disponível se encontra em meus momentos de profunda reflexão,
fazendo-me, assim, enxergar, sentindo um certo “Deus” em sua mais ingênua e palpável
expressabilidade.
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