Rapaz.... que coisa, heim!
A gente vai vivendo, envelhecendo e acreditando que o amanhã
será diferente, e é, nada permanecendo imutável, além, é claro, da rigidez com
certas pessoas imprimem em suas
disposições afetivas, tornando-se espadas afiadas que desembainhadas em
permanente agressividade, reproduzem nos
seus cotidianos o bailado descompassado de suas próprias dores interiores.
Como chegar a compreendê-las sem, no entanto, justificá-las?
Como aceitá-las, tal como são, sem o risco de julgá-las sob
nossas próprias óticas, correndo assim o risco quase que absolutamente certo de
nos tornarmos um pouco como elas em seus egoísmos existenciais?
Vamos, então, estruturando uma indiferença mesmo que
inconscientemente e, sem nos darmos
conta, fazemos de nossas posturas armas
mais que poderosas, mais que cruéis, capazes de ceifar de improviso, podando
precocemente afetividades geradoras de relacionamentos básicos à preservação de
um bem comum, que afinal ampara e
sustenta o individual.
E a gente vai vivendo,
envelhecendo, sem entender bem o porquê, nos desviando dos efeitos que cremos sempre
danosos que estas pessoas possam nos emanar, mesmo que a elas só tenhamos dirigido,
pensamos egoisticamente, o nosso silêncio oportuno e aparentemente conciliador,
envolto em uma enorme indiferença, frente a qualquer interesse maior em relação
aos seus vazios e dores.
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