quarta-feira, 9 de maio de 2012

INDIFERENÇA


Rapaz.... que coisa, heim!

A gente vai vivendo, envelhecendo e acreditando que o amanhã será diferente, e é, nada permanecendo imutável, além, é claro, da rigidez com certas pessoas imprimem  em suas disposições afetivas, tornando-se espadas afiadas que desembainhadas em permanente  agressividade, reproduzem nos seus cotidianos o bailado descompassado de suas próprias dores interiores.

Como chegar a compreendê-las sem, no entanto, justificá-las?

Como aceitá-las, tal como são, sem o risco de julgá-las sob nossas próprias óticas, correndo assim o risco quase que absolutamente certo de nos tornarmos um pouco como elas em seus egoísmos existenciais?

Vamos, então, estruturando uma indiferença mesmo que inconscientemente e, sem  nos darmos conta,  fazemos de nossas posturas armas mais que poderosas, mais que cruéis, capazes de ceifar de improviso, podando precocemente afetividades geradoras de relacionamentos básicos à preservação de um bem comum, que afinal ampara  e sustenta o individual.

E a gente vai vivendo, envelhecendo, sem entender bem o porquê, nos desviando dos efeitos que cremos sempre danosos que estas pessoas possam nos emanar, mesmo que a elas só tenhamos dirigido, pensamos egoisticamente, o nosso silêncio oportuno e aparentemente conciliador, envolto em uma enorme indiferença, frente a qualquer interesse maior em relação aos seus vazios e dores.

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