sábado, 26 de maio de 2012

CONTABILIZANDO

Ah!... Como é difícil, nesta vida onde o sistema malcriado, desaforado e muitas vezes cruel, não só não nos deixa livres para exercitarmos o amor, como ainda, nos sufoca com a presença alheia da rudeza de sentimentos que aflora sem pedir licença, vindo à maioria das vezes, donde jamais deveria ter sequer brotado.

E aí, teimosa como sempre, insisto na manutenção da crença, da esperança, do querer encontrar nem que seja uma única fagulha de um fogo que parece ter se extinguido, mas que para românticos como eu, sempre existirão, resistindo aos ventos e as tempestades dos vícios corrompidos de um sistema decadente, mantido pela desesperança e pela solidão.

O tempo e a vivência, sempre foram inestimáveis parceiros, fazendo desta senhora, uma tenaz apaixonada do belo, do limpo, do encantado que emociona e que faz sorrir, mas que vez por outra, também faz chorar, criando assim um fantástico antagonismo que me apraz por todo o tempo desvendar, não dando tréguas, não deixando enfadar.

E, com a palha molhada pelas constantes tempestades, abrigo-me no calor do quase nada da ínfima fagulha resistente, na qual, emocionada e ao mesmo tempo agradecida, me aqueço, me fascino e, então, me entrego, porque afinal, na fagulha, sou capaz de encontrar o meu tudo e nesta parceria aparentemente inusitada, exercito o amor, me fazendo feliz.  

Um lindo dia, com  muitas fagulhas para aquecê-los.

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