E aí,
teimosa como sempre, insisto na manutenção da crença, da esperança, do querer
encontrar nem que seja uma única fagulha de um fogo que parece ter se
extinguido, mas que para românticos como eu, sempre existirão, resistindo aos
ventos e as tempestades dos vícios corrompidos de um sistema decadente, mantido
pela desesperança e pela solidão.
O tempo e a
vivência, sempre foram inestimáveis parceiros, fazendo desta senhora, uma tenaz
apaixonada do belo, do limpo, do encantado que emociona e que faz sorrir, mas
que vez por outra, também faz chorar, criando assim um fantástico antagonismo
que me apraz por todo o tempo desvendar, não dando tréguas, não deixando
enfadar.
E, com a palha
molhada pelas constantes tempestades, abrigo-me no calor do quase nada da ínfima
fagulha resistente, na qual, emocionada e ao mesmo tempo agradecida, me aqueço,
me fascino e, então, me entrego, porque afinal, na fagulha, sou capaz de
encontrar o meu tudo e nesta parceria aparentemente inusitada, exercito o amor,
me fazendo feliz.
Um lindo dia,
com muitas fagulhas para aquecê-los.
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