sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mensagem


E como uma flecha afiada, corto os céus, atravesso as nuvens, me aproximo das estrelas, aqueço-me junto ao sol.

E como uma flecha afiada, desço do espaço, atinjo a terra, apenas para senti-la na diversidade energética, na complexidade amorosa, no apogeu de tão somente ser.

E como uma flecha, já não tão afiada, busco repouso junto ao mar; busco paixão junto às florestas, busco o amor, olhando pro céu.

Incoerência, pois como flecha afiada que vem justo de lá. Como flecha afiada, cortei os céus e vim por aqui pousar, buscando por um amor que certamente não encontrei por lá, nem cá e tão pouco acolá.

Como poeta sempre fui um fracasso, mas e daí?

Ainda assim faço meus arremedos e, dessa forma, também estremeço com minhas próprias emoções.

Melhor mesmo é não ser um disfarce, uma cópia ou uma página sem escritos. Então, mesmo sendo um fracasso, faço aqui e ali meus arremedos poéticos e, de alguma forma, crio formas com minha alma que, mesmo como uma flecha afiada, percorre o imaginário, o real, o tangível do meu sentir.

Em parceria com:
Carlos Frederico Siemanfield

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