E como uma flecha afiada, corto os céus, atravesso as nuvens,
me aproximo das estrelas, aqueço-me junto ao sol.
E como uma flecha afiada, desço do espaço, atinjo a terra,
apenas para senti-la na diversidade energética, na complexidade amorosa, no
apogeu de tão somente ser.
E como uma flecha, já não tão afiada, busco repouso junto ao
mar; busco paixão junto às florestas, busco o amor, olhando pro céu.
Incoerência, pois como flecha afiada que vem justo de lá.
Como flecha afiada, cortei os céus e vim por aqui pousar, buscando por um amor
que certamente não encontrei por lá, nem cá e tão pouco acolá.
Como poeta sempre fui um fracasso, mas e daí?
Ainda assim faço meus arremedos e, dessa forma, também
estremeço com minhas próprias emoções.
Melhor mesmo é não ser um disfarce, uma cópia ou uma página sem
escritos. Então, mesmo sendo um fracasso, faço aqui e ali meus arremedos
poéticos e, de alguma forma, crio formas com minha alma que, mesmo como uma
flecha afiada, percorre o imaginário, o real, o tangível do meu sentir.
Em parceria com:
Carlos Frederico Siemanfield
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