E aí, em meio aos devaneios oriundos dos relacionamentos
sociais, eis que surge o bom senso de apenas ouvir e ponderar.
Como dizer a alguém que ele está equivocado a respeito disso
ou daquilo sem que ele no mínimo se revolte, resguardado pelo seu próprio ego
que, teimoso e irritadiço, viciado e sem ética, arrebata do âmago de uma
essência imaginária, subsídios necessários a toda e qualquer justificativa em
prol de reações adversas a quem ousou desafiar em suas idéias e ideais.
Daí, todas as omissões que testemunhamos incluindo a nossa
própria impotência que, como uma foice afiada, ceifa sonhos, despedaça ideais,
corrompe planos, enterra decências.
Pensando a respeito disso tudo, pondero sobre a eficiência,
senso comum, ao aceitar o imponderável como admissível à uma realidade incapaz
de rebelar-se contra os já constatados pelo racional.
Estou falando das vergonhas com as quais convivemos como se
imutáveis fossem e verdadeiramente nos pertencessem, sem os quais não podemos
prescindir.
Isto sim é um horror perante aos céus?
A que céu devemos nos curvar se nem a vida na terra, com a
qual convivemos somos capazes de respeitar.
A que Deus devemos venerar se sequer somos capazes de reconhecê-lo
em nós e nos demais?
Lamentável, você não acha?
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