domingo, 9 de agosto de 2009

Reconhecendo o medo

foto: www.umtoquedemotivacao.com

A sensação do medo é muito mais que uma emoção poderosa, pois é capaz de gerar inúmeras outras altamente danosas ao sistema físico/emocional de qualquer criatura.

O medo é uma vibração sensitiva permanente, originada de uma lógica racional absolutamente natural, que a criatura humana ao longo de sua história vem distorcendo e adaptando-a à sua vivência social.

Por ser de origem natural, dificilmente é compreendida em sua essência e no controle que exerce sobre a criatura, tirando dela justo a naturalidade de suas reações frente ao espetáculo de si mesma, impedindo-a de enxergar-se de forma autêntica e levando-a a não proteger-se contra as não afinidades, mas tão somente colocando-a na defensiva sem que haja uma lógica que justifique todos os seus anseios, induzindo a criatura a desenvolver sentimentos absolutamente desnecessários, por serem exacerbados em suas expressabilidades, até mesmo quando os propósitos são para ela aparentemente justificáveis de serem experimentados e, portanto, vivenciados.

Através da emoção do medo, geramos a raiva, substituto do reconhecimento do inadequado frente a uma invasão, ou possível invasão, seja lá do que for.

A sensação de indignação faz a criatura alterar o seu sistema circulatório, da mesma forma que concomitantemente provoca uma tensão repentina no todo muscular, que pressiona contraindo o coração, o estômago e o fígado, provocando de imediato um sabor amargo no paladar, assim como uma taquicardia e uma sensação de buraco no estômago e inúmeras outras sensações danosas, que por sua vez são como descargas elétricas acompanhadas quase sempre de curtos-circuitos ao sistema global da criatura.

No decorrer de apenas um dia sistêmico é possível observar-se as inúmeras alterações que a criatura se permite, levando-a inevitavelmente a desenvolver uma pseuda-imunidade, escudada na desconsideração do fato concreto de que está se destruindo.

É preciso, portanto, que a criatura busque o entendimento de si mesma para, então, buscar qualquer outra proteção quanto as invasões externas, usando como meio eficaz exatamente suas experiências já vivenciadas, fazendo delas exemplos a serem desatados ou acolhidos em seus instantes presentes.

Este entendimento só acontecerá se houver um despertar amoroso em relação a si mesma, acompanhado de uma profunda boa vontade e paciência. E esta postura, que deverá ser constante, só ocorrerá se a criatura buscar reconhecer suas afinidades, descartando qualquer indício de invasão não afim. Basta que ela fique atenta a seus sentidos, não os desconsiderando. Portanto, a lógica consiste em:

“Se não me agradou, não tem porque ser invasivo.”

02/08/2009.

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