Para melhor
compreender a política que nos cerca, um dos caminhos é ler o cortiço de
Aluísio Azevedo, pois, atendo-se basicamente na vaidade e ganância dos personagens,
poder-se-á inserir na narrativa os espetáculos tristes e mambembes de cada
recanto de nosso país varonil, onde rusgas e ameaças se confundem, jamais
chegando a uma conclusão que se transforme em benécias ao povo, tão somente
para os paladinos de um suposto bem contra o mal.
E aí, todo e
qualquer olhar apaixonado de defesa ou posição partidária se desfaz na absoluta
constatação que em se tratando de política e políticos, não há ingênuos ou
fracos e que todos, sem exceção, transformam-se em déspotas tão logo chegam ao
poder, mesmo tendo a aparência mansa e rótulos de bondade, abrindo espaço para
uma reduzida, mas ferrenha, tribo de fiéis escudeiros.
E então,
perceberás que política é como uma peça teatral sobre um “cortiço”, onde o pior
da natureza humana se escancara e se camufla, portanto, não havendo lugar para
principiantes, afinal, na plateia, existem vários especialistas em artes
cênicas com os mesmos objetivos, além de infinitos atores frustrados.
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