Estou aqui
pensando na Mega da virada e na decepção de não estar entre os vencedores, mas
aí, também penso que apesar de jogar e querer ganhar, sempre que pensava no
prêmio, ele me parecia uma miragem, pois não conseguia mensurar o valor real de
tanto dinheiro e nem ao menos conseguia penar no que eu faria se o tivesse,
pois fugia da minha compreensão.
Percebi que
o mesmo acontecia com outras pessoas, quando as televisões entrevistavam nas portas
das lotéricas e aí, lembrei de repente de Ricardo Pessoa, Cunha, os irmãos da
JBS e das dezenas de condenados que devolveram valores iguais e até muitas
vezes superiores em seus acordos com a Lava-Jato e então, compreendi o porquê de
ainda existirem pessoas que não acreditam que esses roubos, elegantemente
chamados de corrupção, verdadeiramente ocorreram.
Afinal, para
essas pessoas devolverem é porque tinham e se tinham, como justificar em nossas
singelas mentes, toda uma máquina governamental que nada viu e a tudo
consentiu, se comparado a um nosso IPVA não pago e com o qual, somos punidos
numa simples Blitz, ou aquela despesa que deixamos escapar na declaração de
rendas e logo em seguida somos pescados pela malha fina?
Como temos
limites de saques diários e com horários determinados, enquanto, os ilustres
sacam até pelas madrugadas, quantias fabulosas?
Tudo é tão
surreal para nossas mentes de pessoas trabalhadoras que precisam medir a água e
o fubá para que o angu renda até o final do mês, que tudo que resta é a
incompreensão e em seguida a negação, reforçados pelas insistentes declarações
de “inocente “que todos os larápios convictos decoram e recitam como um mantra.
Penso então,
que a ganância e a estupidez andam de mãos dadas, indo ao encontro constante
com a ignorância que os alimenta e os mantém.
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