Por que alguns gestores realizam muito e
outros não?
Por que o
dinheiro público aparece em obras sem prejudicar as demais demandas
corriqueiras das cidades e, em outras, tudo é pífio ou, no mínimo, difícil de
aparecer?
Há de se
pensar e medir os valores recebidos, afinal, cada município tem sua própria
receita e sua lista de despesas, todavia, na somatória os valores recebidos
sempre são altos em ambos os casos.
Penso então,
que a chave da caixa preta das explicações só pode ser a bendita prioridade ao
povo, razão que justifica a competência de um gestor em privilegiar gastos que
tragam resultados práticos a um maior número de cidadãos.
Quando se
promove uma Feira Popular fixa de agricultura, todos ganham, seja a cidade no
seu ordenamento, seja o feirante na melhor exposição de seu produto, seja o
povo no acesso livre às mercadorias mais variadas e frescas, sem contar com a
adição possível de um artesanato local.
Quando se
pavimentam vias públicas, além de colocar a cidade mais bonita e ordenada, com
certeza, promove-se economia não só na manutenção das mesmas, como nas áreas da
saúde, educação e social, também oferecendo melhores condições no ir e vir de
cada cidadão, ampliando sua autoestima e abrindo espaço para que ele queira também
cuidar de sua cidade, levando de forma sutil, mas absolutamente indiscutível,
educação ambiental e senso de pertencimento a cada um, apenas com o exemplo da
eficiência da máquina pública.
O tempo de
fazer administração pautada em migalhas está se esvaindo e tem certos políticos
que ainda não se deram conta, acreditando numa miopia induzida de que “como
sempre foi assim, assim sempre o será”, esquecendo que o povo, já há algum
tempo, do mais pobre e simples ao mais rico e letrado, também tem acesso à todos
os meios de comunicação e que, aos poucos, estão mudando suas mentes
avaliativas.
Nos dias
atuais, o cidadão já sabe compreender o que são obras e ações produzidas com recursos
próprios e as que são aplicadas com recursos dos governos do estado ou federal,
assim como as emendas parlamentares.
Com estas
observações, não estou afirmando que em alguns lugares, nada está sendo feito, até
porque, com máquinas administrativas dispendiosas, no mínimo o arroz com ovo é
feito diariamente, apenas, reconheço consternada de que poder-se-ia estar
fazendo bem mais.
Concluo que mesmo
em áreas de culturas submissas, lentamente a premissa do “me engana que eu
gosto”, está perdendo terreno para a conscientização de direitos e deveres.
“Venha a nós
e ao vosso reino nada”, tem se mostrado um pesadelo para muitos políticos,
dantes poderosos, e a coisa só tende a piorar.
Venho com
esta cantilena há muito tempo, afinal eu e muitos outros já vimos muitos barcos
afundarem ou no mínimo ficarem presos nos arrecifes de suas próprias
improbidades cognitivas.
A convicção de
que “comigo nada acontece” precisa ser revista cuidadosamente por alguns velhos
e também jovens coronéis do atraso e da ignorância.
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