quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

EU SÓ QUERIA ENTENDER.



 Por que alguns gestores realizam muito e outros não?
Por que o dinheiro público aparece em obras sem prejudicar as demais demandas corriqueiras das cidades e, em outras, tudo é pífio ou, no mínimo, difícil de aparecer?
Há de se pensar e medir os valores recebidos, afinal, cada município tem sua própria receita e sua lista de despesas, todavia, na somatória os valores recebidos sempre são altos em ambos os casos.
Penso então, que a chave da caixa preta das explicações só pode ser a bendita prioridade ao povo, razão que justifica a competência de um gestor em privilegiar gastos que tragam resultados práticos a um maior número de cidadãos.
Quando se promove uma Feira Popular fixa de agricultura, todos ganham, seja a cidade no seu ordenamento, seja o feirante na melhor exposição de seu produto, seja o povo no acesso livre às mercadorias mais variadas e frescas, sem contar com a adição possível de um artesanato local.
Quando se pavimentam vias públicas, além de colocar a cidade mais bonita e ordenada, com certeza, promove-se economia não só na manutenção das mesmas, como nas áreas da saúde, educação e social, também oferecendo melhores condições no ir e vir de cada cidadão, ampliando sua autoestima e abrindo espaço para que ele queira também cuidar de sua cidade, levando de forma sutil, mas absolutamente indiscutível, educação ambiental e senso de pertencimento a cada um, apenas com o exemplo da eficiência da máquina pública.
O tempo de fazer administração pautada em migalhas está se esvaindo e tem certos políticos que ainda não se deram conta, acreditando numa miopia induzida de que “como sempre foi assim, assim sempre o será”, esquecendo que o povo, já há algum tempo, do mais pobre e simples ao mais rico e letrado, também tem acesso à todos os meios de comunicação e que, aos poucos, estão mudando suas mentes avaliativas.
Nos dias atuais, o cidadão já sabe compreender o que são obras e ações produzidas com recursos próprios e as que são aplicadas com recursos dos governos do estado ou federal, assim como as emendas parlamentares.
Com estas observações, não estou afirmando que em alguns lugares, nada está sendo feito, até porque, com máquinas administrativas dispendiosas, no mínimo o arroz com ovo é feito diariamente, apenas, reconheço consternada de que poder-se-ia estar fazendo bem mais.
Concluo que mesmo em áreas de culturas submissas, lentamente a premissa do “me engana que eu gosto”, está perdendo terreno para a conscientização de direitos e deveres.
“Venha a nós e ao vosso reino nada”, tem se mostrado um pesadelo para muitos políticos, dantes poderosos, e a coisa só tende a piorar.
Venho com esta cantilena há muito tempo, afinal eu e muitos outros já vimos muitos barcos afundarem ou no mínimo ficarem presos nos arrecifes de suas próprias improbidades cognitivas.
A convicção de que “comigo nada acontece” precisa ser revista cuidadosamente por alguns velhos e também jovens coronéis do atraso e da ignorância.

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