terça-feira, 29 de janeiro de 2019
SIMPLES ASSIM ...
Quando a dor alheia já não é capaz de causar-te empatia, sinal maior não há da perda de tua empatia, e isto, te reduz à um animal sem qualquer traço de humanidade, conservando em ti, talvez a beleza e força de um tigre, a leveza de um beija-flor, a expertise de uma águia, mas jamais a completude de um ser humano.
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
“O CORTIÇO”
Para melhor
compreender a política que nos cerca, um dos caminhos é ler o cortiço de
Aluísio Azevedo, pois, atendo-se basicamente na vaidade e ganância dos personagens,
poder-se-á inserir na narrativa os espetáculos tristes e mambembes de cada
recanto de nosso país varonil, onde rusgas e ameaças se confundem, jamais
chegando a uma conclusão que se transforme em benécias ao povo, tão somente
para os paladinos de um suposto bem contra o mal.
E aí, todo e
qualquer olhar apaixonado de defesa ou posição partidária se desfaz na absoluta
constatação que em se tratando de política e políticos, não há ingênuos ou
fracos e que todos, sem exceção, transformam-se em déspotas tão logo chegam ao
poder, mesmo tendo a aparência mansa e rótulos de bondade, abrindo espaço para
uma reduzida, mas ferrenha, tribo de fiéis escudeiros.
E então,
perceberás que política é como uma peça teatral sobre um “cortiço”, onde o pior
da natureza humana se escancara e se camufla, portanto, não havendo lugar para
principiantes, afinal, na plateia, existem vários especialistas em artes
cênicas com os mesmos objetivos, além de infinitos atores frustrados.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
ACORDEI
Não são
sequer cinco horas da manhã e minhas emoções já pululam, como se fossem
pererecas no brejo, sorvendo ruídos e aromas que bem sei, serem sempre
diferentes a cada amanhecer.
Um bom dia
para você também.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
EU SÓ QUERIA ENTENDER.
Por que alguns gestores realizam muito e
outros não?
Por que o
dinheiro público aparece em obras sem prejudicar as demais demandas
corriqueiras das cidades e, em outras, tudo é pífio ou, no mínimo, difícil de
aparecer?
Há de se
pensar e medir os valores recebidos, afinal, cada município tem sua própria
receita e sua lista de despesas, todavia, na somatória os valores recebidos
sempre são altos em ambos os casos.
Penso então,
que a chave da caixa preta das explicações só pode ser a bendita prioridade ao
povo, razão que justifica a competência de um gestor em privilegiar gastos que
tragam resultados práticos a um maior número de cidadãos.
Quando se
promove uma Feira Popular fixa de agricultura, todos ganham, seja a cidade no
seu ordenamento, seja o feirante na melhor exposição de seu produto, seja o
povo no acesso livre às mercadorias mais variadas e frescas, sem contar com a
adição possível de um artesanato local.
Quando se
pavimentam vias públicas, além de colocar a cidade mais bonita e ordenada, com
certeza, promove-se economia não só na manutenção das mesmas, como nas áreas da
saúde, educação e social, também oferecendo melhores condições no ir e vir de
cada cidadão, ampliando sua autoestima e abrindo espaço para que ele queira também
cuidar de sua cidade, levando de forma sutil, mas absolutamente indiscutível,
educação ambiental e senso de pertencimento a cada um, apenas com o exemplo da
eficiência da máquina pública.
O tempo de
fazer administração pautada em migalhas está se esvaindo e tem certos políticos
que ainda não se deram conta, acreditando numa miopia induzida de que “como
sempre foi assim, assim sempre o será”, esquecendo que o povo, já há algum
tempo, do mais pobre e simples ao mais rico e letrado, também tem acesso à todos
os meios de comunicação e que, aos poucos, estão mudando suas mentes
avaliativas.
Nos dias
atuais, o cidadão já sabe compreender o que são obras e ações produzidas com recursos
próprios e as que são aplicadas com recursos dos governos do estado ou federal,
assim como as emendas parlamentares.
Com estas
observações, não estou afirmando que em alguns lugares, nada está sendo feito, até
porque, com máquinas administrativas dispendiosas, no mínimo o arroz com ovo é
feito diariamente, apenas, reconheço consternada de que poder-se-ia estar
fazendo bem mais.
Concluo que mesmo
em áreas de culturas submissas, lentamente a premissa do “me engana que eu
gosto”, está perdendo terreno para a conscientização de direitos e deveres.
“Venha a nós
e ao vosso reino nada”, tem se mostrado um pesadelo para muitos políticos,
dantes poderosos, e a coisa só tende a piorar.
Venho com
esta cantilena há muito tempo, afinal eu e muitos outros já vimos muitos barcos
afundarem ou no mínimo ficarem presos nos arrecifes de suas próprias
improbidades cognitivas.
A convicção de
que “comigo nada acontece” precisa ser revista cuidadosamente por alguns velhos
e também jovens coronéis do atraso e da ignorância.
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
SILÊNCIO GLOBAL
Para um povo
que tem uma seleção de especialistas como os jornalistas da Rede Globo,
sinceramente não vejo o motivo para que o país mantenha os Três Poderes da
República.
Afinal, eles
sabem tudo, entendem de tudo e sabem como ninguém como fazer tudo.
Lamentável é
que só passaram a mostrar para nós, nos mínimos didáticos detalhes e de forma
repetitiva, seus profundos conhecimentos de uns tempos para cá, pois, até
então, os mestres do jornalismo nacional pouco enxergavam e menos ainda
comentavam os esquemas sórdidos, que suas sabedorias e expertises investigativas
eram capazes de observar e registrar nestes mesmos Três Poderes.
Incrível!! São
quase 24 horas depois e nenhuma dessas capacidades falou e analisou a respeito
do pronunciamento do Presidente Bolsonaro, na manhã de ontem, quando da posse
dos presidentes dos bancos públicos, onde elogiou o trabalho da imprensa e
reafirmou seu compromisso de não privilegiar este ou aquele órgão de
comunicação, estabelecendo verbas publicitarias, além de investigar a atuação
das ONGs.
Que coisa, viu!...
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
MILHÕES QUE ASSUSTAM
Estou aqui
pensando na Mega da virada e na decepção de não estar entre os vencedores, mas
aí, também penso que apesar de jogar e querer ganhar, sempre que pensava no
prêmio, ele me parecia uma miragem, pois não conseguia mensurar o valor real de
tanto dinheiro e nem ao menos conseguia penar no que eu faria se o tivesse,
pois fugia da minha compreensão.
Percebi que
o mesmo acontecia com outras pessoas, quando as televisões entrevistavam nas portas
das lotéricas e aí, lembrei de repente de Ricardo Pessoa, Cunha, os irmãos da
JBS e das dezenas de condenados que devolveram valores iguais e até muitas
vezes superiores em seus acordos com a Lava-Jato e então, compreendi o porquê de
ainda existirem pessoas que não acreditam que esses roubos, elegantemente
chamados de corrupção, verdadeiramente ocorreram.
Afinal, para
essas pessoas devolverem é porque tinham e se tinham, como justificar em nossas
singelas mentes, toda uma máquina governamental que nada viu e a tudo
consentiu, se comparado a um nosso IPVA não pago e com o qual, somos punidos
numa simples Blitz, ou aquela despesa que deixamos escapar na declaração de
rendas e logo em seguida somos pescados pela malha fina?
Como temos
limites de saques diários e com horários determinados, enquanto, os ilustres
sacam até pelas madrugadas, quantias fabulosas?
Tudo é tão
surreal para nossas mentes de pessoas trabalhadoras que precisam medir a água e
o fubá para que o angu renda até o final do mês, que tudo que resta é a
incompreensão e em seguida a negação, reforçados pelas insistentes declarações
de “inocente “que todos os larápios convictos decoram e recitam como um mantra.
Penso então,
que a ganância e a estupidez andam de mãos dadas, indo ao encontro constante
com a ignorância que os alimenta e os mantém.
QUEREMOS MAIS, MUITO MAIS.
A Fome e a miséria são mantidas pelos roubos explícitos que ocorrem em cada órgão do governo, começando com a nossa cumplicidade nas mais remotas, pequenas e pobres cidades brasileiras. Focamos o Rio de Janeiro , São Paulo e demais capitais e fechamos os olhos para os continuados abusos que ocorrem a meio palmo de nós.
A cara de pau, o deboche e o cinismo imperam com frases feitas e insólitas que encontram o aplauso que as mantém.
Que 2019 nos ofereça o discernimento necessário de pelo menos ficarmos calados e com as mãos nos bolsos, a fim de não defendermos ladrões, disfarçados de beneméritas criaturas e a aplaudir os abusivos ladrões de cartola.
Chega de migalhas, precisamos e queremos mais dignidade para nós e para todos aqueles que nas Igrejas, Templos e Terreiros chamamos hipocritamente de irmãos.
Pátria é para ser amada e cuidada, políticos para serem eleitos e dispensados se não corresponderem na íntegra, os anseios do povo que os elegeu.
Sinto vergonha pela fome de alimentos e de dignidade existencial que sou capaz de observar logo alí, bem pertinho de mim, como posso enxergar indignada o charlatanismo de nossos políticos, num reflexo duro e cruel da pequenez que nos tornamos.
Se queremos um Brasil com um plantel diferente, precisamos deixar de lado a preguiça e a acomodação, cuidando de nossos quintais, calçadas, bairros e cidade, pois a responsabilidade é nossa e de mais ninguém.
Os políticos que elegemos, precisam entender de uma vez por todas que nos cansamos de ser através de suas imagens distorcidas, um povo babaca, sem pulso e com um contingente horrendo de miseráveis.
Um político e uma sigla, não podem ser mais importantes que o bem-estar de um povo.
Seremos todos muito pobres e ignorantes, enquanto, houver uma pessoa miserável em nosso rico e prolífero país.
Que 2019 nos ofereça o discernimento necessário de pelo menos ficarmos calados e com as mãos nos bolsos, a fim de não defendermos ladrões, disfarçados de beneméritas criaturas e a aplaudir os abusivos ladrões de cartola.
Chega de migalhas, precisamos e queremos mais dignidade para nós e para todos aqueles que nas Igrejas, Templos e Terreiros chamamos hipocritamente de irmãos.
Pátria é para ser amada e cuidada, políticos para serem eleitos e dispensados se não corresponderem na íntegra, os anseios do povo que os elegeu.
Sinto vergonha pela fome de alimentos e de dignidade existencial que sou capaz de observar logo alí, bem pertinho de mim, como posso enxergar indignada o charlatanismo de nossos políticos, num reflexo duro e cruel da pequenez que nos tornamos.
Se queremos um Brasil com um plantel diferente, precisamos deixar de lado a preguiça e a acomodação, cuidando de nossos quintais, calçadas, bairros e cidade, pois a responsabilidade é nossa e de mais ninguém.
Os políticos que elegemos, precisam entender de uma vez por todas que nos cansamos de ser através de suas imagens distorcidas, um povo babaca, sem pulso e com um contingente horrendo de miseráveis.
Um político e uma sigla, não podem ser mais importantes que o bem-estar de um povo.
Seremos todos muito pobres e ignorantes, enquanto, houver uma pessoa miserável em nosso rico e prolífero país.
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