Senhor
Jesus, minha relação contigo é de extrema camaradagem, jamais consegui ser
formal em tua presença, justo porque, por todo o tempo, sinto-te em mim, numa
parceria de vida e liberdade, portanto, diante do estado enfraquecido de ânimo em
que me encontro, indago-te sem qualquer cerimônia, por que?
Por que
ainda me choco com a ignorância existencial, com a total cegueira, possível de
ser constatada nos mais variados relacionamentos do meu cotidiano.
Por que me ofereces
tantos entendimentos e me deixas solitária neste convívio absolutamente
desigual, onde por infinitos momentos, chego até mesmo a pensar que estou enlouquecendo,
abrindo espaço para as lágrimas que se por instantes aliviam, por outro, levam-me
a uma aceitação que beira ao conformismo de minha total incapacidade em alterar
meu entorno vivencial.
Querido
amigo Jesus, bem sabes que não reside tristezas em meus lamentos, tão somente,
a constante necessidade de desabafar contigo minhas incompreensões, fazendo de
ti, a cada momento, meu escudo e minha mais preciosa margem, onde repouso
minhas dúvidas, encontrando neste teu permanente abraço, um guia seguro para
esta minha longa caminhada.
Chove lá
fora, mas não no meu coração, porque, permaneces numa absoluta fidelidade,
garantindo-me por todo o tempo que a vida é simplesmente maravilhosa, mesmo na
convivência com o contrário ou, apenas, diferente.
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